- Tudo bem. Como desculpas pelo furo, quero convidá-los para uma festa amanhã, que tal? Meu pai fechou um negócio importante aqui, é uma comemoração pequena da alta sociedade. Vocês são meu convidados VIPs – olhei para Kerem, recebendo seu olhar de entendimento de volta. Nesse momento, deixamos de lado a situação do ringue para focar na oportunidade.
- Claro, Ferit! Serkan e eu estaremos lá com certeza.
Depois de tudo combinado com Ferit, voltamos para a suíte em silêncio. Naquela noite, eu dormiria na cama e Kerem no sofá. Evitamos ao máximo qualquer tipo de contato, parecia que estávamos temerosos do que teria acontecido de Ferit não tivesse interrompido. Eu usava uma calca e uma camisa de moletom, evitando qualquer pedaço de pele aparecendo para não receber aquele olhar novamente.
Jantávamos comida japonesa, trocando palavras apenas sobre a missão. O importante é que agora tinhamos uma festa para ir e avançariamos na missão. Quanto mais rápido acabasse, mais rápido eu poderia ter minha liberdade e começar do zero.
Kerem
Ajustei a gravata em meu pescoço, buscando afrouxá-la um pouco para diminuir o incômodo que sentia. Eu detestava usar essas coisas e esse tipo de roupa, mas era o que a ocasião pedia.
Depois de um dia entre silêncio e respostas curtas sobre os nomes que buscaríamos, Hande se arrumava para assumir o papel de minha namorada na festa de gala de um dos nomes de nossa lista.
As coisas haviam ficado um pouco estranhas depois do episódio da academia, quando percebemos que, se não fôssemos interrompidos, o limite das provocações seria ultrapassado.
Eu entendia que para ela, e da mesma forma para mim, isso se tornara uma distração e uma diversão, visto que estávamos convivendo juntos há uma semana e, no momento, éramos a companhia confiável um do outro. Ela provavelmente, também, estava querendo mascarar suas dores e decepções, substituir os sentimentos por outros, os quais ela podia ditar e controlar, mas parecia não estar funcionando também.
O jogo estava ficando perigoso e intenso demais. Não havia sentimento, isso é impossível em poucos dias, mas o desejo estava se mostrando latente. Já não era capaz de negar para mim mesmo que ela me atraia como o inferno e eu apostava que ela sentia o mesmo pela forma que havia me olhado no ringue.
Peguei minha arma e escondi em minha roupa, torcendo para não me revistarem na entrada.
- Podemos ir? – escutei Hande anunciar ao sair do quarto.
Inevitavelmente, meu olhar passeou por cada centímetro do corpo da mulher na minha frente.
Ela usava um vestido longo na cor branca com uma enorme fenda no início de sua coxa, a expondo com o movimento de seu andar. Em cima, o tecido abraçava seu corpo desenhando suas curvas e deixando seus seios firmes. Absolutamente linda.
- Hm... É... Você está linda. – limpei a garganta, tentanto fazer minha voz retornar. – Quero dizer, o vestido. Bela escolha.
Chutei-me mentalmente por ter aberto a boca, mas já era. Recebi um sorriso tímido e um "obrigada" em resposta.
Estendi uma arma para ela, a olhando sério.
- Você precisa estar armada também. Não faça nenhuma besteira. Sabe usar? – perguntei, sabendo que a resposta.
Iríamos apenas fazer uma investigação superficial, sem intenção de abordar ninguém, mas manter nossas armas por perto era sempre necessário.
- Quer pagar pra ver? – respondeu, sorrindo e me desafiando com o olhar.
Hande pegou a pistola de minha mão, suspendendo um pouco seu vestido na minha frente, a prendendo no suporte da cinta liga. Colocou o cartucho em sua bolsa de maquiagem, checou seu vestido e me olhou, sorrindo ao perceber o que eu estava fazendo.
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ŞAH MAT
FanficEla, uma mulher atrás de vingança ao descobrir que teve sua vida roubada e seus pais assassinados por mafiosos. Ele, um agente especial do FBI que lidera uma grande investigação de tráfico humano no México. Eles não imaginavam que juntos seriam melh...