Capítulo 10

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- Você... Você promete que eu terei minha liberdade? – Ela falou baixinho, mudando totalmente sua postura de antes, parecendo apenas uma garota frágil se agarrando em um fio de esperança que eu estava dando. Senti novamente meu peito palpitar em alerta.

- Temos um trato, Hande, e não costumo quebrar minhas promessas.

Ela assentiu, abraçando seu próprio corpo, me encarando enquanto parecia travar uma batalha interna. Algo não me deixava sair, minha mão na maçaneta congelada.

Até que Hande andou até mim, surpreendendo-me ao segurar meu rosto e selar nossos lábios. Apesar da surpresa, meu corpo rapidamente respondeu ao seu toque e minhas mãos foram para sua cintura, acariciando em meio ao nosso lento beijo.

- Obrigada. – Ela disse baixinho, acariciando meu rosto enquanto parecia enxergar minha alma com aqueles olhos cor de mel.

Assenti, sabendo a importância disso para ela. Fosse qual fosse a missão, eu havia prometido sua lilberdade e faria de tudo para dar à ela.

Hande

Acordei sentindo meus músculos protestarem com meu movimento, como se há muito estivesse em uma mesma posição.

Abri meus olhos lentamente, levando minhas mãos à cabeça ao sentir uma leve dor e tontura. Olhei ao redor, percebendo estar sentada de mal jeito em um pequeno sofá de escritório.

"Onde está Kerem?", pensei.

- Olá, filha. – Olhei na direção da voz, percebendo a presença em uma grande cadeira de couro atrás de uma mesa de escritório. Como já havia visto. Ao seu lado, Diego e um dos seus guardas também me encaravam.

Forcei minha mente um pouco mais, lembrando do que havia acontecido.

Flashback

Cerca de 1 hora depois da saída de Kerem, estava distraída na varanda lendo uma revista qualquer que falava sobre fofocas de famosos. Estava lendo sobre o flagra de um casal famoso que protagonizava, ainda, uma série de grande sucesso. Assunto que somaria em nada na minha vida mas estava interessante ler a reportagem sobre o quanto eles haviam tentado esconder e falharam todas as vezes.

Ri. Queria que o maior problema da minha vida fosse lutar para esconder um namoro de paparazzis e não para sobreviver.

Escutei uma batida na porta e franzi o cenho. Kerem tinha as chaves e nem Ferit nem Selin sabiam onde ficava nosso quarto.

Deixei a revista de lado e levantei, pegando uma faca escondida na escrivaninha. Em caso de luta, seria mais silencioso do que uma arma.

Caminhei até a porta.

- Quem é? – Perguntei, não obtendo resposta. Observei através do olho mágico, não enxergando nada também. Respirei fundo e abri a porta.

Deparando-me com Diego.

O choque grande em meu rosto e sua expressão culpada e também assustada me desarmou, fazendo minha faca cair no chão por descuido. O próximo movimento foi de sua mão cobrindo meu rosto com um pano branco cheirando a clorofórmio, o que me apagaou imediatamente.

O homem à minha frente me olhava com uma expressão desconfiada. Eu estava em seu escritório, havia ido ao local poucas vezes quando criança mas nunca consegui gravar seu local. Normalmente, eu era levada até lá desacordada ou com os olhos vendados, assim como Diego também era. Obviamente não confiavam o bastante em duas crianças e, depois, dois jovens rebeldes para ter tal informação.

ŞAH MATOnde histórias criam vida. Descubra agora