•1988•Batidas altas e repetitivas são ouvidas soando do outro lado da porta, Mark abre os olhos lentamente, sua visão permanece embaçada por alguns segundos até que pudesse ver claramente o teto de seu quarto, ele se levanta devagar sentando sobre a cama e observando seu reflexo no imenso espelho que existia na parede a sua frente.
Algum tempo depois, após tomar seu banho e se vestir como de costume com sua calça jeans azulada segurada por um cinto preto e sua camisa branca, ele abre a porta do quarto e caminha pelo corredor até descer os degraus da escada. Ao chegar ao andar de baixo avista a TV ligada onde passava um típico programa familiar daquele ano, a frente da mesma uma poltrona cor de vinho onde encontrava-se sentado uma imensa figura masculina vestindo uma regata agora amarelada pelas manchas de gordura, com a barba por fazer e que também resmungava a cada barulho de ouvia ao redor, o mesmo que havia distribuído socos em sua porta mais cedo.
Ao desviar a visão para o outro lado observa a mulher de pijama sentada à mesa, que observava cuidadosamente o jovem garoto sentado ao outro lado devorando desesperadamente seu café da manhã, enquanto dava alguns goles em sua xícara.
- Bom dia, mã...
- Onde você esteve ontem, caralh#? - a mulher interrompe Mark sem nem ao menos olhar em seu rosto.
Lee apenas anda em direção ao balcão pegando uma das torradas que estavam ali.
- Não vai me responder? - ela agora se levanta e vai em direção ao garoto.
- Ele devia estar transand# com alguém por aí, afinal, é oque ele gosta de fazer não é? - o garoto que era apenas três anos mais jovem que o mesmo indaga.
- CALA A BOCA, SEU MERDINH@. ISSO NÃO É DA SUA CONTA. - Mark altera a voz enquanto aponta o dedo para o menino que logo faz birra.
- CALEM A BOCA!! - o homem da poltrona agora é quem grita e aumenta o volume da TV.
- Já disse que não me importo com oque você faz por aí, só não me envolva nos seus problemas de merd@. - a mulher fala olhando nos olhos do mesmo que não esbanja reação alguma, afinal, já estava acostumado com aquele tipo de comportamento vindo de sua mãe.
- Não sei porque vocês ainda perdem o tempo de vocês com ele, a minha escola inteira já sabe que ele é um drogado cheio de problemas. - o mais novo fala enquanto deliciava mais uma colherada do seu cereal, quando assusta-se com o mais velho saltando em sua direção o fazendo cair da cadeira, em seguida subindo sobre seu corpo e distribuindo algumas pancadas.
- MALDITO FOI O DIA EM QUE ELA SE CASOU COM ESSE VERME GORDO E TROUXE VOCÊ PARA DENTRO DESSA CASA. - Mark é tirado rapidamente de cima do mais novo pelo padrasto que o joga contra o balcão, o fazendo bater as costas, então pegando a cadeira e distribuindo golpes em todo o seu corpo até que seu rosto começasse a sangra, a mãe olhava tudo atentamente, tragando o cigarro que agora havia em sua boca.
A agressão continua até que a campainha tocasse, só então a mulher impede que o espancamento continuasse, ela joga oque havia sobrado do cigarro dentro da pia e vai até a porta, olhando através do olho mágico ela nota a figura de dois policiais e então abre a porta.
- Bom dia, senhora Lee? - o policial mais baixo pergunta.
- Sim. Sou eu, algum problema? - ela agora mantém um sorriso inocente no rosto.
- Viemos relatar o ocorrido com seu filho, Lee MinHyung ontem a noite.
Os olhos da mulher vão em direção ao garoto que agora se levantava do chão com um pequeno sorriso entre os lábios.
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A Dose of Life || NCT DREAM
Fanfiction~ Anos oitenta, um instituto psiquiátrico e sete jovens problemáticos. Aquela não era bem uma época adequada para se falar sobre saúde mental, com isso, sete jovens taxados como "problemáticos" acabam se encontrando em um instituto para doentes me...