A maldição do sobrenome Lima

Página 9 - Número 13

Eu caminhava pela parte de fora da mansão. Observando os homens trabalhando, e o sol quente envolvendo com o vento frio. De longe eu vi Victor conversando com um dos trabalhadores. Me aproximei dele, que notou minha presença. 

- Boa tarde Carol_Victor desejou, o homem se retirou.

- Boa tarde Victor_Desejei. E encarei a enorme mansão_Posso lhe perguntar uma coisa?_indaguei ao Victor.

- Claro_Victor concordou.

- Por acaso você já viu algum desses..fantasmas que ela disse_eu disse, ele franziu a testa_ou ver algo que seja fora do normal, algo incompreensível

- Eu não vejo nada fora do normal nessa casa Carol, a única coisa incompreensível e essas construções de quartos vinte e quadro horas por dia, e as telas pintadas inultilmente, Day está desperdiçando o seu talento com arte, pensando nessa loucura de espíritos e trancada nessa casa vendo apenas eu os empregados

- Essa vocação dela pela..arte, pintar as telas, veio com esses "fantasmas"

- Não, desde criança ela dava muitos sinais de que seria muito talentosa na parte da arte, e com certeza não iria ser uma mulher atrás de uma mesa comando a empresa de cigarros da família, ela realmente tem o dom da arte, seus desenhos magníficos, e a forma como ela retrava eles de acordo com o seu estado emocional, ela realmente tem um dom

[...]

- Assim, assim está ótimo_Day disse para Victor.

Ele estava em cima de um banco de madeira, segurando a tela que ela desenhava pronta. Era uma casa, com apenas duas luzes acesas no andar de cima. A lua brilhava no céu escuro, além de árvores. Victor marcava os locais ia colocar os pregos para pendurar a tela.

- O que acontece quando você coloca as telas nos quartos?_Perguntei encostada na parede. Day me olhou.

- Eles ficam mais fortes_Day disse_Fica mais fácil de comunicar com eles

- Comunicar?

- Sim, eu posso lhe pedir perdão pela dor que a minha família causou a eles, a maioria deles aceitam e ficam em paz nos quartos, com as telas retratando o local que eram o seu ponto de paz, e eles pode podem seguir em frente

- Como assim, a maioria aceitam?

- Tem alguns que não querem deixar terra, eles querem realmente se vingar da morte deles, causando dor em mim ou me acabando com a minha energia,

- E como eles causam dor em você e a sua energia

- Eles costumam me cortar, e outros assim que acabo de pintar as telas, eles destroem todo trabalho

- E então tem que fazer de novo_Eu disse, Day concordou.

- Pronto, pendurei o quadro_Victor anunciou, com o martelo na mão, e o banco na outra da mão.

Dei uma breve olhada no quadro e todos saímos do quarto. Observei Victor deixar o banco no chão, e pegar um pedaço de maneira junto das outras duas.

- O que estão fazendo?

- Estou prendendo ele_Day explicou, observei Victor pegar quatro pregos começando a prega a madeira na porta_1 tábua, no céu, no meio, e no inferno_disse apontando com o dedo, para canto esquerdo, o meio e o canto direito da tábua de madeira_a tábua tem 4 nos cantos, 1 em cima e baixo, 3 no centro, totalizando 13 pregos

- O número não é um número de azar_Eu disse, Victor continuava a bater o martelo nos pregos.

- Sim, mas ele também tem boas vibrações, na carta 13 no tarô ele significa a morte, e nem sempre está associado a coisas ruins, pode estar ligada ao renascimento_Day explicou, Victor terminou de pregas as tábuas com 13 pregos_Vem quero te mostrar uma parte da casa