Página 26 - me desculpe?

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dois dias depois

Análise da saúde mental e emocional da Dayane Lima

Dra Caroline Biazin

Aparência: Saudável

Entre os dias 13 e 21 de julho. A senhorita Lima teve uma grande evolução em seu tratamento. Isso foi possível por meio das consultas, ela se demostrou interessada em mudar seu comportamento.

Eu tirava minhas roupas do guarda-roupa e ia colocando na mala aberta. Quase totalmente concluída.

Na minha opinião profissional, após ter observado a senhorita Lima nesses dias, chega a conclusão que ela tem corpo e mente para cuidar da corporação de cigarros, ela está apta a gerenciar a companhia até o tempo que desejar tal posição.

- Quer ajuda?_Day perguntou. Olhei pra ela estava parada na porta.

- Não precisa, já estou terminando a mala_Eu disse. 

Assim sendo, eu tenho total confiança em dizer, que a Dayane Lima Nunes está em perfeito estado, assim podendo viver em sociedade, sem precisar de internação.

Continuei a por minhas roupas dobradas na mala, com ela me olhando guardar as roupas. Enquanto eu dobrava uma camisetas, vi Day suspirar. Coloquei a camiseta na mala e a olhei.

- O que foi?_Perguntei. 

- É estranho que no começo queria que fosse embora, e agora eu não quero isso_Day disse. Sorri de lado. Me sentei na cama. Ficamos de frente uma pra outra.

- Por que não vem comigo?_Eu sugeri, depis de alguns segundos_vamos conhecer Nova York, esses espíritos podem te dar uma folga por uma semaninha_disse divertida.

- Por mais, que eu queria falar sim para isso, medo do que pode acontecer quando estiver fora da mansão_Day disse.

- O que pode acontecer de ruim quando estiver fora?_perguntei_você tem que ter uma folga disso, viver um pouco, viajar, ou até mesmo pintar telas do seu jeito, com as suas expressões

- eu não sei_Day disse_eu fiquei anos nessa casa, ligada no modo rotina, não sei cê seria bom eu parar de fazer os quadros

- Pense, quero que pense no que eu te pedi _eu disse, e coloquei a mão no seu rosto_ia ser bom se você fosse, conhecer meus irmãos e minha mãe

- Vou pensar_Day disse_agora me dá o último beijo seu_pediu aproximando nossas bocas, mas sem tocar_deixa eu sentir pela última vez, seus lábios_disse a última frase em sussurro.

- Eu deixo_eu disse no mesmo tom_nunca vai ser o último

Day leva sua mão no meu rosto puxando levemente. Senti seus lábios nos meus fez eu sentir borboletas no estômago. Dou passagem a sua língua deixando que ela se junte a mim. Sua língua tocou a minha. Não sabia como explicar, mas era tão bom sentir seus lábios, sua língua. O ritmo era lento, estávamos querendo aproveitar o que seria o nosso último beijo. 

Day se afasta levemente eu e ela sorrimos uma para a outra. Day se aproxima novamente pra me beijar, abro meus lábios para deixar sua língua entrar. Ficamos nos beijos. Day morde meu lábio, aproximo lhe dando um selinho. Nos afastamos, ficamos nos olhamos. Eu notava seu olhar um pouco triste, nao por esse momento, mas sim por outro recente. Seu rosto enxado pelo chorro.

- Como você está ?_Perguntei tocando sua bochecha_ você sabe em relação ao Victor..

- Confusa, estou ainda processando tudo_Day disse_e meio dificil acreditar no que eu vi

- Devo imaginar como deve estar se sentindo_Eu disse. Day sorriu pequeno.

- Vou enterrar ele no mesmo lugar que minha irmã_Day disse depois de um silêncio curto_os dois eram próximos_suspirou_acho que ele vai gostar disso_comentou triste.

Eu observava o policial fechar o zíper tampando o Victor. Deixando seu corpo coberto pelo saco azul. Policias estavam por ali. Day estava ao meu lado, rosto inchado de chorar. Queria segurar sua mão. Abraçar ela, passar conforto. Um polícia veio até nós:

- Olá, qual das duas tem relação próxima com Victor Carvalho?_Perguntou.

- Eu_Day disse.

- Você é o que dele?_Perguntou.

- Éramos amigos, o considerava como irmã_Day disse.

- Ok, vou precisar conversar com voce_O policial disse.

A maldição do sobrenome LimaOnde histórias criam vida. Descubra agora