Página 18 - Acidente

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"Cassino de propriedade da máfia dos Limas, brutalmente atacada. Matando milhares"

10 de setembro de 1866
Estados Unidos, Filadélfia

O cassino de propriedade do César Lima dono também de uma fábrica de cigarros, foi invadida por um homem armado. O autor dos disparos, como conta os sobreviventes, atirava em quem aparecia em sua frente, aleatoriamente, sem nenhum alvo aparente. O massacre na boate foi realizado dia 9, sexta feira. Deixando 32 feridos e 55 mortos. O homem foi morto em troca de tiros com seguranças da boate, a identidade do suspeito é Omar Ferreira, ele foi ex militar. De acordo com os policias, o atirador já tinha uma briga com o dono da boate, isso pode ter causado o massacre.

Olho para foto do homem no canto da folha. A foto em preto e branco. Seu rosto era magro. O cabelo curto preto. Nariz grande. E barba grande cheia Ele me dava arrepios. E pela notícia que li, me deixou ainda maiss arrepiada. Ele tinha uma feição séria. E um olhar assustador. Tiro os olhos da foto, ao ouvir meu celular vibrar na mesa. Deixo o jornal em cima da mesa de centro e pego o celular que tocava um número desconhecido.


- Alô?_Digo assim que atendo. Olho a lareira apagada me lembrando da noite de ontem_alô?__digo novamente. Não escutei nada_Alô? Está me ouvindo?_disse impaciente. Tiro o celular da orelha pra confirmar cê ainda estava na chamada_alô?_silêncio. Tiro da orelha desligando a chamada.

Um barulho forte foi ouvido. Olhei na direção arregalando os olhos ao ver a Day caída no chão consciente. Me levanto rapidamente do sofá indo até ela.

- Day?_A chamei me agachando perto dela. Ela me olhou franzindo de dor_está bem?_perguntei.

Olhei pra cima vendo um homem parado vestindo roupas de..militar. Imagem do homem no jornal passou pela meu passamento. Era ele. Seu rosto era similar ao homem da foto. O autor dos assassinatos.

- O que aconteceu?_Victor perguntou no alta da escada, olhei vendo ele passar pelo homem como se não o visse. Olhei pra Day vendo que ela me olhava.

- Ela, não sei eu ouvi o barulho e vi ela caída_Eu disse ainda meio atordoada pelo o que vi.

- Você está bem? sente alguma dor?_Victor perguntou. Me levantei do chão, vendo ele pegar ela no colo. Acompanhei até o sofá aonde ele deitou ela

- Eu estou bem_Day respondeu_sinto só um pouco de dor no tornozelo

- Provavelmente não quebrou, se não estaria tão calma_Victor disse, observei ele pegar o telefone_vou chamar um médico aqui pra examinar seu pé, ok?_Day concordou.

- Pega algo congelado, é bom pra por no pé_eu disse.

- OK vou pegar_Victor disse e saiu com o telefone na orelha.

Ele saiu indo pra cozinha. Olhei pra Day, vendo ela me olhar de volta. Eu não sabia o que fazer, não em relação ao seu pé. Mas sim ao homem. O homem que morreu em 1866. O cara que matou 55 inocentes. Me sentei na ponta do sofá passando a mão no seu rosto. Como iria estar no alto da escada.

- Você viu? certo?_Day perguntou calma.Me limitei em concordar_agora vê, que não sou doente

- Nunca achei que fosse doente_eu disse.

- O médico vai estar aqui em 10 minutos_Victor avisou entrando na sala. Com saco de ervilha congelado. Peguei o saco agradecendo ele_ como você caiu da escada?_perguntou olhando pra Day. Coloquei a embalagem congelada no seu tornozelo segurando.

- Eu não sei, devo ter tropeçado nos meus próprios pés_Day disse e deu de ombros.

[...]

- Foi apenas uma torção no tornozelo_O médico disse. O óbvio_vou te passar um antiinflamatório, tome ibuprofeno quando sentir dor, é uma lesão simples demora apenas 5 dias mais ou menos pra voltar aos trabalhos, está liberada pra usar estabilizador de tornozelo, é isso, as atividades físicas suspensas, não pode fazer muito esforço_dizia, eu e Victor prestávamos atenção.

Victor acompanhou ele pra fora da mansão. Enquanto eu fiquei com Day. Fazendo carinho na sua mão. Em alguns segundos Victor voltou.

- Eu vou na cidade comprar os antiinflamatório, e um estabilizador, tudo bem ficar com a Day?_Victor me perguntou.

- Pelo o que eu sei, eu tenho 29 anos_Day se pronunciou_não sou mais criança

- Mas está machucada_Victor disse_vou lá rápido, se cuidem meninas, qualquer coisa liga

- Ok_eu e Day dizemos juntas.

Ele se despediu e saiu.

- Eu ainda não consigo acreditar que eu vi ele_eu disse depois de um tempo_e o Victor não viu, ele passou literalmente por ele

- Eles só aparece pra quem deseja que os veja, mas não entendi por que dele aparecer pra você_day disse.

- isso é uma loucura_Eu disse me levantando no sofá_tudo isso é uma louca_disse e encarei o jornal.

- Não só histórias de terror pra criança ficar com medo_Day disse_eles existem

- Precisamos fazer alguma coisa_Eu disse.

- Tipo o que?

- Eles, não podem te manipular desse jeito_eu disse_eles estão sugando a sua energia baby, você entende isso, você é praticamente escrava deles, e outra eles estão te machucando

- Eu passei anos fazendo Carol, não é por que ele me empurrou da escada que vou para de fazer as telas, não tem jeito, é a maldição do sobrenome da minha família, esse é o meu destino_Day disse_Mas tem uma coisa, é difícil um espírito aparecer a essa hora do dia, ele é forte, ele pode me machucar fisicamente, e te machucar

- Você já fez quadro pra ele?_perguntei. Day concordou.

- Já fiz, por isso ele está forte_Day disse.

- Me mostre como você se comunica com eles_Eu pedi lhe olhando nos olhos_quero pelo menos, entender isso

A maldição do sobrenome LimaOnde histórias criam vida. Descubra agora