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Shivani Paliwal

Desligo o vibrador e fico me roçando nele. Estou tão molhada que me surpreendo.

Bailey! O pequeno vibrador desliza em mim. Estou úmida e com as pernas abertas. Pronta para recebê-lo.

Ligo a potência 1. A vibração começa e eu fecho os olhos. Aumento para a 2. Com meus dedos, abro os lábios vaginais e deixo que o aparelho massageie a área ao redor do clitóris. Um calor irresistível toma conta de mim e eu começo a gemer. Retiro o vibrador e junto os joelhos. Estou ardendo de desejo. Mas quero mais.

Bailey! Separo de novo as pernas. Ligo o vibrador na potência 3 e o coloco bem na região em que o prazer está prestes a explodir. plodir. Penso em Bailey. Em seus olhos. Em sua boca. No jeito como me toca. Volto a fechar os olhos e penso na gravação a que assisti. Me excita lembrar a expressão de seu rosto, seu gesto, enquanto aquela mulher me possuía. Pensar de novo no que senti naquela tarde faz minha respiração acelerar. Aquilo foi a coisa mais insana que já me aconteceu na vida.

Eu, de pernas abertas em uma cama, enquanto uma desconhecida me chupava, eu me oferecendo toda e ele me olhando. Bailey! Estou ardendo de desejo. Muito desejo. Coloco o vibrador na potência 4. O calor fica insuportável. A vontade incontrolável de gozar começa a aflorar dentro de mim. O ardor vai subindo pelo meu corpo enquanto sinto que vou explodir e minha cabeça imagina todo tipo de brincadeira com ele.

Bailey! Fico me contorcendo na cama. Chego ao clímax e ouço meus próprios gemidos. Combustão. Suspiro aliviada e me convulsiono na cama. Abro os olhos, enquanto o calor vai se apoderando de mim, e sinto o pequeno vibrador encharcando meus dedos. Fecho as pernas com força e me deixo levar pelo momento. Ao mesmo tempo, sinto milhares de sensações novas e todas maravilhosas. Calor. Excitação. Fervor. Entusiasmo. Só falta Bailey!

Cinco minutos depois e com a respiração normalizada, me sento na cama. Olho com curiosidade aquele aparelhinho e sorrio. Ainda que eu nunca vá admitir, pensei nele. Em Bailey!

Às sete e meia, Riki chega à minha casa. Como sempre, está feliz e sorridente. Dá um selinho nos meus lábios e eu permito. É um amor.

Às oito, chegamos ao barzinho onde marquei com meus amigos de ver a final EspanhaItália. Temos que ganhar. O grupo se junta à gente, e eu começo a cantar e a me divertir como uma louca com minha bandeira da seleção espanhola no pescoço e as cores vermelho-amarelo-vermelho pintadas no meu rosto. Aparece Nacho, um amigo tatuador. É meu confidente.

Temos uma amizade muito especial e contamos tudo um ao outro. Quando vê Riki, Nacho ri. Sabe da relação que tenho com ele e acha isso tudo engraçado. Não entende como Riki ainda corre atrás de mim depois de todos os foras que já dei a ele.

Às 20h45, a partida começa. Estamos nervosos. O título está em jogo. Vamos, Espanha! Aos 14 minutos do primeiro tempo, Silva mete um golaço que nos faz pular de emoção. Fernando me abraça e eu o abraço. Estamos felizes. A Itália reage mas Jordi Alba, aos 41, mete outro golaço que nos faz gritar enlouquecidos. Fernando me beija no pescoço e eu, feliz, permito.

Chega o intervalo, e Riki me segura pela cintura. O segundo tempo começa e eu grito para que coloquem Torres.

Coloquem El Niño! E, quando vejo que o técnico Del Bosque o chama para o campo, grito, aplaudo e pulo feliz da vida! Fernando aproveita a situação e me puxa para sentar no seu colo. Eu me deixo guiar por ele.

Mas minha alegria se completa quando, na segunda metade do segundo tempo, Torres, meu querido Torres, faz o terceiro gol. Isso, garoto! Isso...! Riki, ao me ver tão envolvida com o jogo, me aperta entre seus braços e, de felicidade, me rouba um demorado beijo de vitória. Depois me solta e, quando, nos minutos finais, Mata faz um golaço após um passe do meu Torres, quase morro de alegria!

E desta vez sou eu quem se lança em seus braços e o beija com fúria espanhola. Quando a partida termina, meus amigos e eu brindamos ao título. Fernando não desgruda gruda e, num momento de confusão, entramos no banheiro masculino. Por alguns minutos deixo que me beije e me toque. Preciso disso. Suas mãos percorrem meu corpo e, caramba!, não consigo tirar meu chefe da cabeça. De repente, Riki não existe. Só Bailey!

Gostaria que ele fosse possessivo e provocativo, mas Riki é tudo menos isso. No fim das contas, consigo tirá-lo do banheiro sem terminarmos o que estávamos fazendo. Está irritado, mas nem assim ele me deixa excitada.Quando me chama pra ir a seu hotel e recuso o convite, ele vai embora e, sinceramente, fico aliviada com isso.

Ao chegar em casa, por volta das três da manhã, me jogo na cama e sorrio ao pensar que somos campeões! Eu me nego a pensar em qualquer outra coisa.

Um Passo Atrás De VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora