012

810 86 12
                                    

Shivani Paliwal

Após sair do restaurante, Bailey pega minha mão novamente de forma possessiva, e eu me deixo levar. Cada vez gosto mais das sensações que me provoca, apesar de eu estar meio perturbada com sua proposta. Uma parte de mim quer recusar; mas outra quer aceitar.

Gosto de Bailey. Gosto de seus beijos. Gosto do jeito como me toca e de seus joguinhos. Caminhamos em busca de sombra pelos jardins do Palacio Real, enquanto falamos sobre mil coisas, mas nada em profundidade.

— Topa ir ao meu hotel? — pergunta de repente.

— Agora?

Olha para mim. Percorre meu corpo com desejo e sussurra com voz rouca: — Sim. Agora. Estou hospedado no hotel Villa Magna.

Sinto um aperto no estômago. Entrar num quarto com Bailey significa... sexo. Sexo, sexo e mais sexo. E, após encará-lo por alguns segundos, balanço a cabeça concordando, certa de que é isso que quero dele. Sexo. Caminhamos de mãos dadas até o estacionamento.

— Vai me deixar dirigir?

Me olha com seus inquietantes olhos castanhos escuros e aproxima sua boca do meu ouvido.

— Você se comportou bem?

— Muitíssimo bem.

— E vai cantar de novo?

— Com certeza.

Eu o ouço rir, mas ele não me responde. Depois de pagarmos o estacionamento, ele olha de novo para mim e me entrega as chaves.

— Seu desejo é uma ordem, pequena.

Emocionada, dou um salto à Rocky Balboa que o faz sorrir de novo. Fico na ponta dos pés e beijo seus lábios. Desta vez sou eu quem o segura pela mão e o puxa para procurarmos a Ferrari.

— Uhuuuuu! — grito, empolgada.

Bailey entra no carro e coloca o cinto de segurança.

— Bem, Shiv — diz. — É todo seu.

Dito e feito. Ligo o motor e depois o rádio. A música de Maroon 5 preenche o interior do veículo e, antes que Bailey mecha  no volume, eu olho para ele e murmuro: — Nem pense em abaixar.

Faz cara de contrariado, mas sorri. Está de bom humor. Saímos do estacionamento e eu me sinto como uma amazona com esse carro incrível nas minhas mãos. Sei onde fica o hotel Villa Magna, mas antes decido dar uma voltinha pela rodovia M-30. Bailey não fala nada, apenas me observa e aguenta, imperturbável, o volume do rádio e minha cantoria.

Meia hora depois, quando me dou por satisfeita, diminuo a marcha e saio da M-30 para seguir até o hotel Villa Magna.

— Feliz com o passeio?

— Muito — respondo, emocionada por ter dirigido um carro desses.

Suas mãos fazem cosquinhas nas minhas pernas e acabam se detendo no meu púbis. Faz pequenos círculos sobre ele, e eu fico molhada no mesmo instante. Constrangida, quero fechar bem as pernas.

Um Passo Atrás De VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora