Viagem..

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Magnus Bane point of view 

Uma semana depois..

Uma semana se passou, desde a minha conversa com o Alexander, e as coisas não estão boas, mas também não estão mais tão ruins como antes..

Temos trocado mensagens curtas do tipo: "Boa noite! ", "Tudo bem?", essas coisas, mas nenhum de nós tocou no assunto da conversa ainda.. 

Nos vemos poucas vezes na empresa, Alec está sempre ocupado, nem almoçando fora ele está, para a minha tristeza, pois sempre almoçavamos no mesmo lugar, sinto que ele só está se afundando em trabalho para me evitar..

Eu sei que Isabelle me disse que ele precisa de tempo e que não adianta forçar as coisas, mas está sendo muito difícil estar tão perto dele e ao mesmo tempo estar tão longe, a única coisa que me deixa aliviado, é saber que ele não me odeia mais..

Aquele olhar de dor e raiva que ele lançou-me no altar, antes de fugir, me assombrou todos os dias em que ele esteve longe..

Eu estava pensando em chamá-lo para jantar ou sei lá, eu até pensei em levá-lo no mesmo lugar onde ele me pediu em namoro há oito anos, mas isso seria o mesmo que "forçar a barra".

Eu só quero ficar perto dele, nem que seja como amigo, coisa que eu acho meio improvável de acontecer, jamais conseguiremos ser somente "amigos". Porém, eu não sei se ele aceitaria e também eu não quero ser inconveniente. 

Eu nunca achei que seria tão difícil achar formas de me aproximar daquele homem, a minha vontade mesmo era de me jogar nos braços dele e só sair de lá quando ele decidir voltar para mim. 

Não sei o que eu faria se ele decidisse que o melhor, — se é que isso pode ser considerado "melhor" —, para nós  é cada um ir para um lado e seguir suas vidas separadamente, imploro a Raziel para que isso não aconteça. 

— Senhor Bane?  —  Ouço Maia me tirar de meus devaneios. — O senhor está bem? Estou lhe chamando há uns dez minutos e o senhor parecia estar em outra galáxia.   —  Disse ela.

 — Oh, desculpe! — Dou uma risada envergonhada. — Eu não estou bem, mas eu vou ficar, o que deseja? — Perguntei-lhe.

— O Senhor Lightwood está lhe chamando na sala dele.  — Disse ela.

—  Alec? — Perguntei-lhe, esperançoso.

— Não, o Senhor Robert...  — Disse ela, jogando um balde de água fria nas minhas esperanças. 

 — Certo, Maia. Diga que eu já vou.

Respirei fundo e levantei-me para ir até Robert, ele só me chama a sala dele quando é alguma coisa muito importante. Andei pelos corredores e passei na frente da sala de Alexander que estava meia aberta.

Dou uma espiada e o vejo concentrado em algum projeto, eu sentia o meu rosto começando a esquentar ao lembrar de todas as vezes que atrapalhamos o trabalho um do outro somente para dar uns amassos dentro daquela sala. 

Cheguei até a sala de Robert e bati na porta, até ouvir um "entre".

— Diga, Sr. Lightwood, mandou me chamar? — Perguntei ao homem à minha frente. 

— Me chame de Robert, Magnus, ainda somos praticamente família! — Disse o homem.

 — Certo.  — Dou um sorriso tímido. 

— Enfim, eu mandei chamar você aqui porque precisam da sua presença e a de Alec no projeto do Museu em Nova Orleans, se possível para hoje mesmo.

Back To You  (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora