X- Última decisão

78 9 13
                                    

O vento tocou o rosto dela enquanto ela cavalgava, tinha prometido a Neji esperar por ele e o magistrado Itachi Uchiha. E só desta vez obedeceria o mais velho. Não que tivesse contado a ninguém, mas pretendia por fim naquela história nefasta começada com os desvarios de um viciado em tudo que de pior havia no mundo

Sua misericórdia tantos anos antes tinha permitido a essa pessoa uma série de comportamentos deploráveis, e no fundo de sentia cúmplice, se naquela ocasião, quando fora amarrada pelo próprio pai, e entregue ao homem, ela tivesse o matado na floresta, onde finalmente se viu livre das amarras. Nada das atrocidades cometidas por ele teriam sido feitas.

Ela era uma mulher justa, tinha em sua índole a bondade, mas aquele jovem rico como era, jamais seria pego pela justiça, esperava apenas que pudesse sair viva do que pretendia.

Não seria de todo mal, ficar presa, coração partido combinava melhor com a prisão. Mas esperava uma criança, e tentaria seu melhor pra que as coisas saíssem minimamente aceitáveis.

Deixou que seu amor por viajar a distraísse, gostava de cavalgar, vento no rosto e sensação ilusória de liberdade, olhou a paisagem belíssima apenas de relance, com a sensação de que deveria esquecer as recomendações de seu irmão e se apressar.

Mas só dessa vez, faria as coisas como o intricado código de regras exigia. Havia o decoro, havia o ser mal vista, o mal falada, tudo podia um homem, e tudo no final seria indubitavelmente culpa da mulher.

A viagem nem era tão longa, era sofrida, e grávida um tanto pior. Mas enfim avistou sua casa, e todos a esperavam. Naruto e Sai logo se aproximaram.

— Hina, eu sondei o que me pediu. — Afirmou. — E ao que parece ele tem mesmo um prisioneiro.

— Obrigada, meu amigo. E qual o curso de ação?

E foi a vez de Sai falar. — Precisamos de todos, homens e mulheres. E de dinheiro.

— Então seu curso de ação é suborno?

— Hina, eles estão, na cabana perto do rio, entramos pela propriedade vizinha. — Sai afirmou. — Precisamos apenas de suborno, para que o socorro não chegue pra ele na cabana. E garantir que não caiam na tentação de nos trair. Enquanto estivermos negociando, vocês atacam a cabana. Ele tem pouca guarda pra não chamar atenção. E os outros ficaram pela mata pra interceptar qualquer tentativa de socorro.

Lágrimas toldaram a visão da morena. — Eu os amo tanto, eu nunca poderei ser grata por tudo que todos tem feito por nós.

— Somos uma família. — Ino afirmou com o filho no colo. — Arriscaste tua vida por todos nós. Faremos o que necessitar.

— Entrem todos, preciso matar minhas saudades de vocês. E só podemos agir na chegada de meu irmão. — Hinata subiu a entrada da casa onde um farto.

E Naruto coçou a cabeça. — E desde quando passaste a obdecer Neji?

A morena abraçou o loiro sem reservas. — Sabe que eu te amo, não é seu bobo? Eu prometi, e precisamos de um magistrado.

— E por que? — o loiro temeu a resposta.

— Já chega, Naruto, tem o que ele quase me fez, o que fez a você. O que tem feito aos arrendatários e as moças da vila. — Arrastou o garoto trêmulo para uma sala de chá contigua.

— Seu não fosse…não fosse...

— Ele é o monstro aqui, ele gosta de ser ruim, de ver o sofrimento. Ele é um homem ruim. — Acalentou o loiro como um bebê. — Não você meu amigo.

— E seu casamento minha linda…— Ele desconversou.

— Eu o amo. Como sabes, e tivemos bons momentos, mas ele descobriu meus segredos e ficou tudo muito diferente. — Deu de ombros. — Estava sempre a me evitar, e quando estava comigo, basicamente fazíamos amor... — completou a frase completamente corada. — Ele não me quer meu amigo, ele quer Maeve Léa.

— Então, o bobo é ele. — Afirmou o loiro beijando-le a bochecha corada. — Vá descansar.

Ela tinha voltado ao salão para se inteirar de toda a situação, e para sua surpresa, mal tinha se assentado para o farto jantar, Neji e os irmãos Uchihas tinham chego.

— Mas olha que milagre, meu precioso irmão, a chegar mais cedo que o previsto. — Ela o abraçou forte.

— Sabes como estes malucos Uchihas cavalgam? Não sei como ainda tenho um pescoço a segurar minha tola cabeça. — Sendo abraçado pela esposa.

E como estamos. — Itachi questionou, sem tirar os olhos de Sakura, enquanto o irmão mais novo fazia o mesmo.

— Bom tínhamos tudo planejado para o dia, já que chegariam por volta do meio dia, mas creio que as madrugada, nos será mais alvissareira. — Hinata afirmou.

— De certo que as coisas mudam, Kiba estará na mansão e não na cabana. — Naruto pontuou.

— E como faremos, sem um flagrante? Não será possível liga-lo definitivamente ao crime pois ficaremos sem provas. — Itachi esclareceu. — Mas com Gaara a salvo, de certo que encontraremos uma solução.

— Busquem meu marido. — Hinata pontuou. — Eu irei a mansão Inuzuca, e porei fim nesta história.

— Não vais...

Os olhos prateados encararam o irmão. — Sou eu que tenho de ir... Saky e Tenten que são mais rápidas a cavalo vem comigo. E Você, meu lorde Sasuke Uchiha. Seu testemunho e autoridade pode nos ser necessário. Porém só se movam ao meu sinal.

E então todo o plano fora repassado, e organizado para a aquela madrugada mesmo. E logo os grupos de dividiram e seguiram para as suas missões. Hinata orou para que nada de mal acontecesse a todos, acarinhou o pescoço do garanhão negro. — Vamos salva-lo Rosco. Eu prometo.

E cavalgou seguida de perto por Sakura, Tenten, e Sasuke. Que ficaram na mata pouco antes da gigantesca fazenda Inuzuca. Logo os portões foram abertos para ela e o moreno a recebeu com a galhofa de sempre.

— Olha que veio pra mim, sozinha. — A gargalhada jocosa dele escoando.

— Raptou meu marido, Kiba. — Andou enojada pela sala ampla e bem iluminada.

— Ele te levou de mim. —Tentou se aproximar para ela logo se afastar. — Primeiro sumiu, e quando voltou já vinha com o futuro marido... vagabunda...seu pai me deu você…

Foi a vez dela gargalhar. — Eu não era dele, para que pudesse proceder tamanha falta de caráter.

— Mas agora o será. Minha, toda minha. Veio para mim com essas pernas lindas...

— Você continua a ser um tolo, fico me perguntando quem pode me odiar tanto a ponto de ajudá-lo. — Empurrou lentamente o vaso de cristal até a borda pra enfim derruba-lo. — Por que você é um completo estúpido.

— Eu fiz tudo sozinho. — Berrou avançando para a garota que sacou uma espada. — Sou homem vadia, vou lhe fazer um talho para aprender a me obedecer.

Ela era muito melhor que ele, mas o queria cansado furioso, desnorteado, era um homem descontrolado, incapaz de pensar com clareza.

As espadas se chocaram a primeira vez com estampido seco, e faíscas, ela tinha levado além da arma de fogo a espada, Kiba, era orgulhoso, se gabava da formação de cavaleiro inglês. A humilhação de perder para ela com uma espada seria demais.

E a cada choque e defesa seguido de um contra ataque dela, ele bufava avançava errático e com se soubesse que ia perder, ele manteve na mão a espada frouxa, permitindo que o ataque dela fizesse a sua espada cair. Avançando contra ela que pega de surpresa, se viu perdendo a espada, e sendo presa por ele.

— Vagabunda, achou mesmo que poderia vencer um cavaleiro da sua magestade...agora vou te ensinar a respeitar seu homem...

Mistério reveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora