XIII- Mistério revelado

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Será que ele viria?

Ou ela tinha sido maluca?

Olhou as paisagens novamente a passar, sabia agora na própria pele como ele se sentia, quando não lhe era possível, se conter. Ela sabia disso, ela sempre soube que não era capaz de se negar a ele, mas aquele mal estar com a qual acordou, por algo que já era sabido e natural, desarmou-a.

Sentia que ele merecia sofrer um pouco, sentia, por isso o obrigava a mais uma vez ir em busca dela, só que fora bem mais ajuizada desta vez.

Se hospedaria ao anoitecer, nas muitas estalagens que o marido tinha cotas, e esperaria para ver quando seria alcançada.

Rosco definitivamente gostava de Hinata o ruivo admitiu, e conversar com ele tinha sido o único modo de não quebrar o pescoço na velocidade que ele ia.

Na primeira troca de cavalos, tomou notícias dela, e estava acompanhada de criados e bem alimentada, a jovem cozinheira estava feliz da moça não comer feito um passarinho.

E antes do anoitecer, já tinha divisado a carruagem, mas deixou que seguisse. Queria que ela se instalasse, e só então, a surpreenderia.

Hinata calculara pela hora que o marido acordava, que ele os alcançaria antes do anoitecer. Mas de banho tomado, já vestida para dormir, sentiu-se melancólica.

Uma batida se fez ouvir, arrancando-a da auto piedade. - Sim? - o coração aos pulos.

- Ceia senhora. - Ela murchou decepcionada. - Sua criada pediu. - A moça que tinha trazido o jantar, apareceu com tartar de maçã, e chá de melissa.

- Obrigada! - Agradeceu.

Sentou-se na cama ignorando a comida. Um barulho atrás de si, fez com que ela agisse rapidamente.

E antes que pudesse entender como tinha acontecido, o duque se viu com as costas contra o chão.

- Assim nosso pequeno nascerá desnutrido. - fez uma careta de dor. - Meu Deus que rapidez! - Exclamou admirado.

Ela o encarou debochada - Querias morrer? Tenho estado em alerta desde a outra fatídica viagem.

O duque ergueu-se esfregando as costas. - Que perigosa!

- Senhor meu marido, o que faz sorrateiramente aqui? - a respiração entrecortada pelo desejo.

- Soube que minha senhora não tinha fugido. Mas que dessa vez ela tinha ido para casa... - Segurou-a em seus braços. - É no Hampshire que queres criar nosso filho?

Ela balançou a cabeça em afirmação. - Fui a sua casa como criada, houve uma dama aqui que pagou e muito bem, para ter um condessa, futura duquesa a lavar seus pés, precisavamos do dinheiro para os processos, e de um pouco mais para a casa...

- Sinto me remoer as entranhas quando me conta tais coisas. Fui tão covarde para com você meu amor. - Beijou-a ternamente.

- Foste mesmo. Um completo canalha. - Arfou, as mãos dele apertando sua bunda moldando ao seu corpo, mostrando a masculinidade dura por ela.

-Eras mesmo da tua intenção que eu te encotrasse? - Encarou-a ainda com medo de tudo.

- Tens dúvidas senhor meu marido. Despiu-se sem abandonar os olhos dele.

Gaara ajoelhara-se diante dela, beijando a barriga que a deixava mais linda ainda se é que isto era possível. - Oi meu amorzinho, papai, está com saudades da mamãe, será que pode cobrir os olhos?

Hinata gargalhou, adorava quando o senso de humor dele aflorava. Como naquele momento. - Por que ainda não cortou o cabelo? - Segurou a farta cabeleira ruiva.

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