Capítulo 11

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– Iguro, venha. Nós vamos visitar alguém. – a rosada pegou sua mão e o "arrastou" para o carro. – iremos ver a mãe do Uzui, se comporte. – pediu.

– Por acaso ela seria insuportável como o filho... – ao terminar de falar Obanai sentiu um arrepio em sua espinha, a rosada estava o encarando com fogo nos olhos. – ah, ok! Eu entendi. – se calou.

– Obrigada. – se referiu ao silêncio. – tente não arrumar nenhuma confusão no hospital.

O heterocromático olhou pela janela do carro desanimado, mas logo outro sentimento veio a tona: o medo.

Do outro lado da rua se encontrava o homem causador de todos os seus problemas, o caçador que o expulsou da floresta em que vivia.

– P-Por favor, vamos rápido. – pediu entrando em pânico.

Mitsuri não entendeu o pedido, mas concordou. Quando ligou o carro, pegando a estrada, Obanai encarou o homem que também não tirava os olhos do mesmo.

"Aí está você". Foi o que o caçador disse, mas que somente poderia se entendido por leitura labial.

As mãos de Iguro tremiam, isso preocupou Kanroji. A rosada colocou uma de suas mãos sobre a do mesmo, sem tirar a outra do volante.

– O que aconteceu? Eu disse algo extremamente errado? – perguntou enquanto olhava para a direção em que dirigia.

– Não... Eu só vi uma pessoa que não gostaria de ver tão cedo. – respondeu, acalmando a rosada.

– Entendo, mas não se deve deixar essas coisas te abalarem. – sorriu. – a vida é curta demais para tanta decepção, mesmo que pareça impossível ser feliz.

Iguro apenas concordou, e o resto do caminho até o hospital foi em silêncio. Uma vez ou outra trocavam olhares e sorriam para o outro, mas era por um curto período.

Quando Mitsuri estacionou o carro ambos desceram, caminhando a recepção do hospital. A mulher que os receberam era simpática, resolveram tudo e foram guiados até o respectivo quarto por ela.

– Obrigada. – Kanroji agradecia sorrindo, enquanto entrava na sala acompanhada de Obanai. – Boa tarde. – sorria para a mãe de Uzui.

– Minha querida, quanto tempo! Está linda. – um sorriso largo se formou em seu rosto, mas desaparaceu ao notar Obanai. – está casada, querida?

– Hã? Não. – riu. – digamos... Somos namorados, de certo modo. – mentiu, mas nem a própria rosada sabia o que de fato eles eram.

– Não senti confiança. – a olhava desconfiada. – está mentindo, Kanroji?

– Por que eu mentiria? – perguntou confusa. – mas enfim, não viemos falar de mim e sim sobre você. Como está sua saúde? – sentou na cadeira ao lado da cama que a senhora se encontrava.

– Piorou mais cedo, mas agora está melhor. Por favor, não quero falar sobre mim... – a mulher sorriu. – coml está o meu amado Uzui?

– Uma pessoa que vive arrumando briga. – respondeu Obanai por impulso, Kanroji ficou trêmula com tal resposta.

– O que ele quis dizer... É que seu filho não deixa ninguém ofender as pessoaa próximas. – tentava acalmar a senhora antes que fosse tarde.

– Fico feliz em saber disso. – suspirou aliviada. – por favor, chegue mais perto. – pedia para a rosada que obedeceu. – tem certeza que prefere esse homem do que meu filho?

– Mas que pergunta é essa, senhora? Nunca tive interesse em seu filho, sempre deixei isso claro. – encarava a mulher profundamente chocada.

– Eu sei, mas meu filho sempre gostou de você. E vocês formam um belo casal, Kanroji. – a mulher falava imaginando ambos juntos. – imagine meus netinhos com cabelos platinados e coloridos, seriam adoráveis.

– S-Senhora, por favor... Eu não pretendendo me relacionar com seu filho, não me entenda mal. – falava desconcertada. – aposto que a mulher que se casar com ele será muito feliz e dará muitos netos a senhora, mas eu não serei essa mulher. – afirmou.

– Não vai realizar o último desejo de uma pobre alma prestes a partir? – encarava a rosada triste.

– A senhora não morrerá, pelo contrário, viverá muitos anos pela frente. – afirmou. – seu filho trabalha duro para pagar o hospital, então não fale besteiras.

– Esse homem ao seu lado só trará problemas, não te dará futuro algum... Kanroji, minha querida, case com meu filho. – suspirou. – ele poderá te dar uma vida feliz.

– Não tenho dúvidas disso, mas não irei me casar com ele. – a rosada estava começando a perder a paciência que restava, aquele assunto estava deixando-a agitada.

– Como pode ver ela possui namorado e não tem interesse em seu filho. – Obanai tomou a frente. – estamos felizes juntos, senhora.

– Eu não te perguntei nada, olhos danificados! – o encarava com nojo. – deveria ter vergonha desses olhos, são podres. – cuspia as palavras.

Mitsuri se assustou com a fala da senhora, então se afastou e pegou o braço de Iguro, passando o mesmo por sua cintura.

– Vamos ir embora. – levou as mãos para o rosto do mesmo, virando-o para suas duas esmeraldas. – não ligue para o que ela disse, seus olhos são os mais lindos que eu já vi. – um sorriso sincero se formou em seu rosto, e a expressão de Obanai suavizou. – foi uma gisita desagradável, senhora. Espero não ter que ouvir as mesmas coisas novamente. – caminhou até a porta seguida de seu "namorado".

[...]

Enquanto isso a floricultura estava movimentada, Tomioka estava ajudando devida tanta agitação.

– Boa tarde, gostaria de uma sugestão... Qual seriam as flores indicadas para uma pessoa amada. – um homem, que aos olhos de Tomioka seria suspeito, se aproximou.

– Geralmente as pessoas preferem rosas, para essas ocasiões. – respondeu, ainda intrigado. – gostaria de um buquê?

– Sim, por favor. – aceitou. – por acaso a dona do estabelecimento está por aqui?

– Uma delas está, a Shinobu, a outra saiu faz um tempo. – colhia as rosas próximas do cliente.

– Estou procurando uma jovem de cabelos rosados. – explicou. – creio que as pontas sejam verdes.

– Essa é a segunda proprietária desse lugar, se chama Mitsuri Kanroji. – virou-se com aa rosas em mãos. – me siga, preciso que escolha o papel do buquê, e se quiser, escreva um cartão.

– Irei. – seguiu o mesmo e fez tudo que Tomioka pedia. Escreveu o cartão formalmente e em seguida entregou para o mesmo colocar no buquê. – Pode entregar para a jovem Kanroji? Esse buquê é para ela.

– Oh, posso sim. Ela ficará grata.

Eu também ficarei grato. Em breve aquela serpente estará em minhas mãos.

Minha Pequena Cobra Albina[EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora