Capítulo 14

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No fim do dia Obanai caminhou até Uzui, o mesmo estava escorado na parede perto da saída. Olhava para a rua de forma sonolenta, estava visivelmente cansado, a rotina do expediente e de visita a sua mãe estava mais do que cansativa.

- Vamos? - perguntou Uzui, virando-se para Obanai. O mesmo apenas confirmou balançando a cabeça.

Seguiram até o carro do platinado, em algumas horas chegaram em sua devida residência. Tratava-se de uma casa pequena, para uma pessoa, mas bem limpa.

Obanai sentia uma queimação nas costas, parecia que alguém o vigiava. Olhou para trás, mas não viu nada e ninguém.

– O que foi? – perguntou Uzui.

– Nada demais. – adentraram na casa, indo para a cozinha.

A sensação não parou, Uzui pegava os devidos ingredientes e dizia o que Obanai deveria fazer, mas sua inquietação era visível.

– Está passando mal? – perguntou o platinadi cruzando os braços.

– Me sinto vigiado. – disse virando-se para a janela próxima. – posso estar delirando.

– Tenho certeza que está delirando. – afirmou. – pare de criar desculpas e pegue o sal, na prateleira de cima.

Iguro fez tudo que o platinado pedia, mas o sentimento de ser vigiado permanecia. Olhava para as janelas e não via ninguém.

– Eu atendo. – referia-se a campainha. Caminhou até a porta e abriu, encontrando um senhor parecido com o mesmo. – boa noite, pai.

– Boa noite.

Iguro virou-se na direção da porta com seus olhos arregalados, reconheceria essa voz em qualquer lugar, era ninguém menos que o caçador e possivelmente a causa do sentimento de ser vigiado.

– Esse é meu colega, Obanai, estou o ensinando a cozinhar. – aproximou-se. – espero que o senhor não se incomode, na verdade, eu não sabia que voltaria hoje. – coçava sua nuca.

– Conheço seu colega. – afirmou. – é uma pessima pessoa com os mais, me envergonha saber que meu filho sai com pessoas assim. – olhava o mesmo com reprovação.

Um modo de defesa instalou-se na seperte humana. Uzui não entendeu, achava que seu colega estava delirando.

– Ele deve estar febril, meu pai. – explicou. – como está a mamãe? O senhoe vou visitá-la, certo? – perguntava ao homem que não tirava os olhos de Obanai.

– Ela não resistiu. – avisou. – sinto muito. – colocava a mão no ombro do filho e em seguida caminhou até Iguro.

Minha Pequena Cobra Albina[EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora