Capítulo 5

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A luz do sol aparecia aos poucos, entrando pelas frestas da cortina. Mitsuri acordou, se espreguiçando e dando bom dia para todos os objetos possíveis, caminhou até o banheiro e por lá começou seu dia. Não demorou muito para estar arrumada, no dia anterior deixou tudo preparado. A rosada encontraria Shinobu, dona da outra metade da floricultura, deveria estar no mínimo bem arrumada.

Rapidamente caminhou até sua garagem, entrou no carro e começou a dirigir. O trânsito se encontrava parado, para o seu azar, um acidente havia acontecido.

- Droga! Shinobu vai me matar! - reclamou. - não consigo pegar nenhum atalho com todos esses carros na frente...

Horas se passavam e nada do trânsito fluir normalmente, os carros estavam impacientes, buzinavam sem parar. Kanroji não suportava tanto barulho, sua cabeça começou a doer sem parar.

- Droga! Eu não trouxe nenhum remédio... quando preciso esqueço. - resmungou.

A serpente branca desceu do pescoço de sua humana, se rastejou até o banco ao lado e retornou a forma humana.

- Existe alguma forma de pararem essa barulheira? - Obanai acariciava a bochecha da rosada.

- Apenas se o trânsito voltar. - encostou seu rosto no volante.

Iguro olhou pela janela, gostaria de entender o motivo dessa demora. Resolveu sair do carro e caminhar em direção ao possível acidente.

- Obanai! - gritou de seu carro.

Foi em vão, o homem já estava longe.

- Como ele é rápido... - murmurou.

[...]

Obanai e a rosada já haviam chegado na floricultura, assim que o homem foi ver o que aconteceu o trânsito voltou, foi frustrante para o mesmo. Kanroji chegou vendo a cara de Shinobu, não era nada das boas.

- Você demorou! - gritou.

- O trânsito estava ruim! - respondeu no mesmo tom.

- Vou fingir que acredito. Esse é o seu namorado? - olhou maliciosamente para o homem ao lado da rosada.

- Bem... - Mitsuri corou.

- Sim, sou o namorado dela. - respondeu.

- O que? - se surpreendeu.

Shinobu nunca foi boba, percebeu do que se tratava o "namoro". Encarou os dois pensativa, mas logo balançou a cabeça e prosseguiu:

- Vamos ao que interessa, Mitsu. Me siga. - caminhou até o escritório, puxando a rosada.

Uzui estava afastado, viu toda a confusão atentamente, mas resolveu não intervir. Se aproximou de Iguro, puxando seu braço.

- Se eu descobrir que você tocou na minha rainha, eu te mato. - ameaçou.

- Não se preocupe, já fiz isso. - provocou.

- Você o que? - avançou no heterocromático.

Os dois iniciaram uma briga, nada amigável. Obanai acertou um soco em Uzui, que revidou com um belíssimo chute em seu estômago.

- Argh! - gritou de dor.

- Não me provoque, seus olhinhos bonitos não irão te salvar. - empurrou Iguro, caindo no chão.

O platinado se dirigiu até o escritório de suas patroas. As garotas olharam seus ferimentos, logo começaram a cuidar do mesmo.

- O que aconteceu, Uzui? - Mitsuri perguntava, estava muito preocupada. Seu rosto expressava isso.

- Seu amigo fez isso. - respondeu.

- O que? - a rosada ficou surpresa ao ouvir tal coisa. - ele não me parece violento...

- Tome cuidado com ele, minha rainha. - avisou, se passando por vítima.

Kanroji não escondeu sua preocupação em nenhum momento. Ela teria dormido com alguém tão ruim assim? Tal pensamento martelava sua cabeça, mas precisava esquecer isso por enquanto e ajudar Uzui.

- O garoto é forte. - Shinobu ria, enquanto colocava um curativo.

- Shinobu, eu poderia ter morrido! - exclamou.

- Não exagera.

[...]

Em outro cômodo. Obanai se tratava sozinho, havia alguns sinais de socos em seu corpo, aquilo doía... mas precisava fazer algo. Colocou gelo em tais hematomas e aguardou.

- Preciso falar com a Kanroji. - murmurou.

Minha Pequena Cobra Albina[EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora