Capítulo 2

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O dia continuou normalmente, algumas pessoas viam a cobra no pescoço de Mitsuri e se assustavam, mas a rosada os acalmava. Acariciava a cobra que demonstrava gostar de receber carinho, mostrando que ela não trazia perigo.

- Eu achei que ela era venenosa,mas é uma graça - uma mulher sorriu simpática - A propósito, eu gostaria de tulipas.

- Claro, irei pegar as mais bonitas - sorriu e adentrou novamente no jardim principal, pegando as flores com delicadeza.

A cobra prestava atenção em cada movimento da Mitsuri, e de vez em quando pedia carinho.

- Você ama receber atenção - sorriu - não é,pequena? - acariciou a cobra - vou te levar para a minha casa, amanhã irei correr atrás de uma licença para te manter comigo.

A rosada voltou com as tulipas e as deu para a mulher. Olhou para o relógio na parede, faltavam apenas cinco minutos para a loja fechar, ela não se conteu e deixou um suspiro aliviado escapar.

- Hoje foi mais movimentado que o normal - disse Uzui, extremamente cansado.

- Nem me fale...vamos fechar agora, os cinco minutos não irão fazer falta - disse a rosada, Uzui apenas concordou.

Ambos foram fechar as janelas,grades e tudo mais,assim que saíram Mitsuri trancou a porta de entrada e abaixou a metalizada para deixar a loja segurança enquanto estaria fora.

- Tenha uma boa noite,minha rosada! - se despediu Uzui.

- Você também, meu rei - retribuiu a brincadeira.

Kanroji caminhou até o estacionamento, não muito longe da floricultura, entrou no carro com a cobra em seu pescoço.

- Você gosta mesmo de ficar aí - disse Mitsuri que sorriu - Logo estaremos em casa.

Ligou o carro e começou o caminho até em casa,o trânsito estava tranquilo, quase não tinha carros. Então chegaram em casa rapidamente.

A rosada estacionou o carro em sua garagem, desceu do mesmo o trancando.

- Chegamos! - Exclamou sem perceber que a cobra tinha descido um pouco de seu pescoço.

Entrou na espaçosa casa indo direto para seu quarto.

- Eu vou tomar um banho,pequena - deixou a cobra em cima da cama - eu já volto-sorriu caminhando até o banheiro.

Kanroji nunca fechava a porta por estar sozinha na casa, e não seria a cobra o motivo dela a fechar agora.

Começou a tirar sua blusa dando visão ao seu sutiã preto de renda, de frente para o espelho a garota deu uma voltinha.

- Minha nossa,mas eu estou precisando de ir a academia - se referiu a pouquíssima gordurinha que existia em seu corpo.

A cobra olhava atenciosamente para o corpo de Kanroji. A pequena albina começou a passear pela cama em busca de um cantinho quente para descansar.

Mitsuri se despiu por completo e entrou na banheira, seus músculos relaxaram com a água quente.Um suspiro aliviado escapou.

- Acho que hoje foi o dia mais cansativo que já tive na floricultura... - murmurou.

Ficou por volta de trinta minutos na banheira, quando saiu enrolada na toalha não achou a cobra que estava em cima da sua cama.

- Pequena? - a chamou.

A rosada preferiu chamar ela de pequena por não ser muito grande e porque seria mais carinhoso chamar assim.

- Você está aqui? - perguntou a garota levantando os travesseiros e achando a cobrinha totalmente encolhida.

A garota sorriu para a cobra que a olhou timidamente. Kanroji deixou os travesseiros de maneira que a cobra ficasse confortável e foi vestir alguma roupa - vestiu um vestido de camisola preto meio transparente com detalhes de renda - em seguida se deitou na cama.

- Você está mesmo confortável ai,pequenina? - perguntou preocupada.

A cobra se rastejou até a humana,ficando próxima de seus seios e logo adentrando entre eles.

- Ah! - a rosada se assustou com a cobra em seus seios.

A pequenina estava "passeando" Pelos seios da garota a fazendo soltar alguns gemidos baixos, que parecia deixar a cobrinha contente. A albina passou a sua língua nos mesmos, o que fez a rosada se assustar.

- S-saía daí,pequena...por favor - disse Mitsuri com o rosto levemente corado.

Kanroji teve que tirar a cobra dalí por conta própria, colocou o animal do seu lado e o cobriu com o cobertor.

[...]

A rosada acordou abraçando um homem, piscou várias vezes para se acostumar com a claridade.

- Mas o que... - olhou para o homem ao seu lado - Ah! - se afastou bruscamente do homem.

Mitsuri se levantou assustada, pegou seu celular e começou a discar o número da polícia quando o cara acordou.

O mesmo ficou sentado na cama olhando para a rosada que estava pálida de medo, acabou deixando o celular cair no chão.

- O que fez com a minha cobra!? - peguntou, se dando por falta da cobra.

O homem cujos olhos eram fascinantes, apenas a olhou fixamente e abriu a boca depois de alguns instantes mostrando os caninos.

- Eu por acaso bebi ontem?.. .- sussurrou para si mesma.

- Eu sou o animal que você salvou ontem... - o homem respondeu desajeitado.

-Hein?!-a rosada ficou confusa.

-Eu me chamo Obanai Iguro,e você me salvou em forma de cobra...-desviou o olhar.

A garota estava se chamando de doida em sua cabeça,uma parte de si acreditava no homem a outra não.

-Isso é impossível,ninguém se transforma em um animal-a garota tentou sair do cômodo mas Obanai segurou seu braço.

O mesmo a derrubou na cama ficando por cima da mesma segurando seus braços acima de sua cabeça.

-M-me solta!-Mitsuri estava com muito medo.

-Você me achou no jardim da sua floricultura,eu estava com medo das pessoas ao meu redor que tentavam até mesmo me matar-suspirou-você me disse que ae fizesse algo comigo o seu amigo de cabelos platinados iria te bater.

A rosada arregalou os olhos,apenas ela e Uzui saberiam desse diálogo,então ela por incrível que pareça estava começando a acreditar em Obanai.

-Você me salvou,então você é minha mestre agora-corou um pouco-eu queria agradece-la por ter me salvado de alguma forma.

-Está bem...pode agradecer saindo de cima-foi interrompida pelo homem que a beijou.

Obanai roubou um beijo de Mitsuri e a garota não conseguia recusar,o toque dele a trazia paz então retribuiu o beijo e passou os braços por seu pescoço.

Pararam apenas por falta de ar,Iguro estava levemente corado,diferente de Kanroji que parecia uma tomate.

-O-Obanai,por que fez isso?-perguntou surpresa,mas não teve resposta.

Mitsuri empurrou o mesmo que pegou em sua mão e com a presa fez um desenho de anel em um dos seus dedos.

-Ai!-gritou ao sentir um dos caninos marcar seu dedo.

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Minha Pequena Cobra Albina[EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora