- Aposto que meu filho te ensinou muito bem. - referia-se ao cheiro da comida. - deve estar divina.
- Obrigado. - respondeu de maneira curta para não prolongar assunto.
- Não seja sem educação, Obanai! - o pai virou-se para o mesmo e fez um sinal para que deixasse ambos a sós. - quero conhecer seus amigos, Uzui. Sua mãe não está mais aqui então é meu dever.
O platinado encolheu os ombros e subiu para seu quarto, seu pai encarava Iguro com ódio, vulgo como sempre olhou para o mesmo não importa em qual estado, seja cobra ou humano.
- Eu te odeio, serpente. - o mesmo tinha a voz embargada de lágrimas. - se eu tivesse pegado você antes, minha esposa não teria que passar por tal sofrimento. - lágrimas escorriam lentamente por seu rosto.
[...]
- Ali está ela! - avisara para sua mulher, ao seu lado. - assim que o coelho pular pegue-o.
O homem caminhou com cautela até o coelho que ao perceber a aproximação do humano tentou correr, mas ao invés do plano do caçador funcionar, sua esposa foi picada por uma serpente.
- Meu amor! - correu até a mesma largando seus equipamentos. Olhava para ambas cobras, uma albina e a outra colorida, as culpadas por tal sofrimento.
[...]
- Sua amiguinha deve estar por aí, envenenando mais pessoas. - riu nervoso. - eu não tinha nenhuma rixa com você, serpente branca, mas minha mulher partiu desse mundo por sua causa.
- Meus amigos apenas se defenderam! - exclamou. - não entendo o por quê caçam seres inocentes.
- Nem todos podem seguir em um trabalho normal, cobra. - suspirou. - você e sua espécie destruíram o que era mais precioso na minha vida.
O platinado ouvia tudo da escada próxima, não sabia de que lado deveria estar, entender aquela conversa era complicado, mas sabia que ambos haviam errado em alguma parte. Sua cabeça balançava negativamente, conforme ouvia as palavras do pai. Assim que o tom do mais velho aumentou notou o início da briga e só uma pessoa conseguiria controlar Obanai; Mitsuri. Pegou seu celular e discou o número da mesma.
O pai de Uzui estava por cima de Obanai, o mesmo mostrava suas presas enquanto debatia-se tentando se soltar. Correndo para ajudar o convidado, puxou a blusa de seu pai, jogando seu próprio celular com a rosada na ligação.
- Uzui! - gritou do outro lado da ligação.
O platinado foi jogado ao chão pelo próprio pai, que corria na direção de Obanai. A serpente humana tentava a qualquer custo atrasar os passos do mais velho, mas parecia impossível.
Horas se passavam, todos na casa estavam exaustos pela briga. Mitsuri nem pensou em bater, somente abriu a porta.
– Obanai! Uzui! – corria até ambos. – ai, meu Deus! – exclamou ao ver o rosto de Iguro repleto de hematomas, causados por socos.
– Se afaste dessa aberração, minha jovem! – o caçador gritou.
Para a alegria de uns e tristeza de outros, Mitsuri havia ligado para a polícia assim que ouviu os gritos na ligação para Uzui.
Os policiais entraram sem hesitar, prenderam o caçador e o platinado não podia acreditar que presenciava tal cena.
– Quem é seu chefe? – Obanai aproximava-se do mesmo, já algemado.
– Meu chefe sou eu mesmo. – respondeu. – conseguiu o que queria, Serpente Branca. – suspirou. – seus amigos não serão caçados tão cedo.
– Fico feliz pela notícia. – Mitsuri correu assim que Iguro estava prestes a cair no chão, segurando-o.
[...]
Meses se passaram, Obanai havia se tornado melhor amigo de Uzui, para ser mais precisa, um irmão. E estava preparando algo para sua amada, Mitsuri.
Agora já tinha adquirido a maioria dos conhecidos humanos, até mesmo arrumou um bom trabalho, poderia pedir a rosada em namoro oficialmente.
– Seja sincero, Obanai. Nada mais. – aconselhava o platinado. – tenho certeza que ela te ama, vai em frente.
– Se ela me rejeitar... Você fará o jantar pelo resto do ano. – depositou um tapa no ombro do mesmo e saiu ao encontro de Kanroji.
A rosada estava com um vestido rodado branco, com perolas na borda do decote. Seus brincos eram pequenas pedrinhas brilhantes, seu cabelo encontrava-se solto. Digna de uma Deusa.
– Mitsuri... Você está linda. – Obanai disse, assim que a viu.
– Você também está lindo, Iguro. – sorriu. – admito que estou nervosa com esse encontro. – suas bochechas encontravam-se vermelhas.
– Eu pretendo ser breve, Kanroji. – sorriu gentilmente. – eu não quero ser apenas um amigo.
– Os costumes continham os mesmos. Sempre direto. – riu. – eu também não quero ser apenas sua amiga, Iguro. – levou suas mãos até seu rosto.
– Kanroji, aceitaria ser minha namorada? – sorriu. – dessa vez um oficialmente. – riu.
– Aceito. – selou seus lábios com o do mesmo.
Bônus em breve.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha Pequena Cobra Albina[EM REVISÃO]
FanfictionMitsuri Kanroji é apenas mais uma jovem determinada a subir na vida.Em apenas mais um dia em seu trabalho se depara com uma pequena cobra indefesa rodeada de pessoas querendo captura-la.O que ela não imaginava é que tudo iria mudar.