Capítulo 8

1.4K 150 68
                                    

Mitsuri estava preparando o jantar em sua casa, Obanai estava tentando seguir o ritmo avançado da cozinheira, mas era difícil.

– Obanai! Você quer tentar pegar o macarrão com uma concha? – perguntou rindo.

– Não é certo? Eu vi você usando isso no macarrão outro dia. – disse confuso olhando para o utensílio em sua mão.

– Mas foi para tirar o excesso da água. – riu. – guarde isso. – a garota não continha o riso.

Terminaram de preparar o jantar e Obanai, com a ajuda de Mitsuri arrumou a mesa, por último colocou a jarra de suco.

– Agora podemos conversar. – a mesma sorriu. – você quer começar ou eu posso?

– Vai em frente. – o mesmo se serviu de um copo de suco.

– Então... Como uma serpente, você, foi parar na minha floricultura? – as esmeraldas da rosada estavam fixadas em Obanai.

– Certo. Vamos começar pela minha origem. – suspirou. – existem vários seres como eu nesse mundo, podem até se transformar em outros animais. – colocou o copo de suco na mesa. – no dia em que me encontrou, eu estava fugindo de uma pessoa que vive caçando esses seres. Aquela floricultura foi o único lugar em que pude me esconder em paz, antes de me verem. – sorriu envergonhado.

– Eu achei que só você poderia se transformar. – disse confusa. – esses seres moram tão perto assim?

– Alguns moram entre os humanos, outros, como eu, vivem na forma de um animal em florestas. Mas no dia do ocorrido eu havia me perdido... Acabei me rastejando demais. – respirou fundo. – quando uma mulher de cabelos cor de rosa chegou furiosa para espantar todo o pessoal no jardim, pensei que era uma caçadora. – riu. – mas então você me ajudou... E seres como eu procuram agradecer de alguma forma a pessoa que os ajuda.

– Que fofura! – sorriu. – foi por isso que estava dando em cima de mim em todas as madrugadas possíveis? – perguntou usando seu tom zombeteiro.

– E-Eu não fiz isso. – tentava disfarçar. – e você é uma pessoa amável e muito bonita. – corou. – e meu coração parece que vai explodir perto de você.

A rosada se surpreendeu com sua fala, para ela aquilo foi uma declaração, mesmo sem querer.

– Isso não é uma coisa que se fale para qualquer um humano... – Iguro a interrompeu.

– Falo apenas para você, meu coração não samba para todo mundo. – o mesmo explicou, tirando risadas de Mitsuri.

– Nunca esteve com outro humano antes? – perguntou curiosa.

– Apenas com caçadores. Agora, se você está citando os momentos em que nos relacionamos... – a rosada o interrompeu corada.

– Er.... Não precisa dizer sobre! – riu constrangida.

– Enfim, eu não tinha nenhuma intenção de ficar nesse lugar, mas meu coração parece se sentir muito bem perto de você, Kanroji. – sorriu. – quero aprender mais sobre esse mundo, quero fazer essas coisas com esses baldes de alumínio. – se referia as panelas. – e se possível... Eu gostaria de fazer aquelas cerimônias bonitas entre dois humanos. – corou.

– Cerimônias bonitas? – murmurou confusa. – como são essas cerimônias?

– Aquelas em que dois humanos sobem em um altar, a pessoa atrás começa a dizer palavras bonitas. – tentava explicar.

– Ah, sim! Um casamento. – riu.

– Casamento... Isso! Eu gostaria de fazer um. – corou ainda mais.

– Ah, por falar em casamento... Quer ser minha companhia em um? Assim você pode ver de perto a cerimônia. – sorriu.

Os olhos da serpente, ou melhor, de Obanai se iluminaram, tanto pelo sorriso de Mitsuri, quanto pelo convite.

– Sim! – respondeu confiante. – agora... Voltando ao outro assunto. – se recompôs. – por que me salvou?

– Bom, havia uma serpente em minha floricultura... Aparentemente assustada e era inofensiva, então meu coração me guiou a isso. – sorriu.

– Eu não sei se é correto perguntar isso, mas foi bom quando nos relacionamos? – perguntou em um tom malicioso, no qual não passou despercebido por Mitsuri.

– Foi sim, safadinho. – riu. – não é um problema me perguntar sobre isso. – tomou um gole de seu suco. – e aparentemente algo desse nível está passando por sua mente, posso saber o que seria?

– Eu gostei bastente... – corou. – poderíamos fazer novamente?

– Podemos, mas tem certeza disso? Seu coração quer isso também? – Mitsuri perguntou de maneira gentil. – o meu coração também fica agitado quando você está poe perto, e também me apaguei bastente. Não quero que faça algo se sentindo na obrigação, entende?

– Entendo. – sorriu. – meu coração está mais do que bem com tudo isso, já que farei com alguém que ele goste.

Minha Pequena Cobra Albina[EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora