4° Melissa

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Acordo no dia seguinte, dor de cabeça, pescoço marcado, corpo dolorido, cabelo todo bagunçado, olho pro lado e vejo o culpado dormindo.

Samuka, acorda po.- ele vira pra mim e me puxa colocando a perna por cima de mim.

Bom dia nega.

Porra samuka tu já acorda de pau duro po.- ele ri.

Culpa sua.- ele põe a mão entre minhas pernas.- tu tá toda preparada pro conflito.- ele me puxa pra cima dele.

Porra samuka e a camisinha? - ele nega.

Só esfrega tua buceta po, tô com preguiça de pegar.

Aah não samuka.- ele ri, em um movimento rápido ele me vira e começamos um 69 perfeito, eu rebolo na boca dele um tempo depois gozamos juntos.

Um bom dia desse, caramba tem nem como reclamar.- eu sorri.

Porra que hora que é? - olho no meu celular, nove e meia.- puta que pariu.- corri pro banheiro, tomei um banho, prendi o cabelo, sai e vi minha blusa rasgada.- porra samuka.

Tu tinha que reclamar ontem. - ele joga uma camiseta dele pra mim.-tu já percebeu que não tira a porra da boca? - ele caçoa colocando a calça. - bora lá po.- ele joga a camisa no ombro e sai.

Chegamos em casa, meu pai tava sentado, passei por ele e ele nem falou nada, comecei a me arrumar, ouvi uma conversa na sala, nem deu tempo pra bisbilhotar.

Peguei minhas malas e desci, tava todo mundo aqui, tia Lara e Laisa junto com o André, tio Guto com o João, torrada e alemão, a Bru, já comecei a chorar.

Tu vai pro aeroporto? - olhei pro Samuka.

Não, tenho uns corre aí.- sabia que era mentira, Samuka sempre disse que odiava despedidas, ele me abraça apertado.

Se cuida tá? - ele ri.

Tu que cuidava de mim maluca, vou causar com quem agora.- ele limpa meu rosto.

Ó ceis não vai arrumar puta em, tenho amoral de sair lá de Sampa e vim da na cara de vocês.- eles riram.

Cuida do meu pai Bru.- ela me abraça.

Relaxa gatinha, a gente cuida dele.- dei um último abraço nas meninas, Samuka já tinha saído, fui pro carro.

Descemos o morro Samuka tava na entrada do morro, fuzil nas costas postura de traficante com cara de mal, ele ascende um baseado traga e me olha.

Eu aceno, ele só balança a cabeça e vira as costas, fomos pro aeroporto em silêncio, meu pai cantarolando uma música baixinho, vez ou outra fazia carinho na minha coxa.

Bom chegamos.-  ele para o carro.

Já estou com saudades pai.- ele beija minha testa e sorri.

Vou tentar te visitar.- seco uma lágrima que caia sem permissão.

Promete? - ele sorri.

Claro minha princesa.- descemos do carro ele me ajudou com as malas, fiz o check-in e dei um abraço apertado nele.

Quando tu for, leva o Samuel.- ele me encara.

Tu e esse moleque não tem jeito né?- eu dou risada.

Somos amigos ué.- ele nega com a cabeça.

Eu e Dandara também, ó tu aqui.- escuto meu voo sendo chamado.

Mas eu tenho juízo papai.- abracei ele.

Qualquer coisa tu me grita, saio daqui com a tropa toda.- beijo a bochecha dele.

Sei me cuidar pai, tu me ensinou bem.- depois de mais um abraço apertado, vou pra fila de embarque.

Entro no avião antes da decolagem faço uma oração rápida coloco meus fones e tento cochilar, noite passada foi complicado dormir direito, São Paulo que me aguarde.

(Horas depois...)

Porra cara esse morro não muda mesmo, olho pela janela do taxi, solto um suspiro, saudade do Rio. Desço do carro e o sr tira minhas malas do carro.

Obrigado. - sorri e deu o dinheiro pra ele.- pode ficar com o troco.

Obrigado menina, boa sorte e tome cuidado por aqui.- sorri com o jeito dele falar, ele não fazia a menor ideia de quem sou eu.

Aí patricinha, quer o que aqui? - encarei o fulano com cara de mal.

Prazer, Melissa.- ele sorri.

Tu nem é daqui né.- um outro vem pra perto, me olha dos pés a cabeça e sai.

Agora eu sou, posso subir? - revirei os olhos,  irei as costas pro cara ali parado e os cinco patetas chegam.

Tu não disse que ia chegar hoje porque? - Pedrinho já vem cheio de raiva.

Abaixa a bola mlk, tenho mais 14 anos não.- passo por ele.- e aí tio dado.- Dado sorri.

Tá a cópia da sua mãe em menina.- sorri mais ainda, melhor elogio pra mim é me chamar de Dandara mirim.

Vlw tio.- abracei ele.

Qual foi baixinha.- Leandro me abraça.

Oi pestinha.- abraço o Douglas também.

Bora pra casa.- Murilo fala de longe.

Oi pra você também.- encaro ele, ele só balança a cabeça.- ele não muda né?

Até que mudou viu.- dado e o Pedro riram.

Pra pior né.- falo subindo na garupa do Dado.

Ae, manda levarem as coisas pra casa do chefe.

Já é Pedrin.- o vapor fala e nós subimos o morro.

Manhe a Mel chegou.- Ld grita, logo vem minha mãe e a tia Liz pra sala.

Vaquinha da vida da tia, não avisou que ia chegar hoje Porquê?

SURPRESA.- gritei e eles riram.

Almoço está pronto, vocês vão comer e tu vai tomar um banho.- ri.

Tô vendo que aqui todo mundo me enxerga como criança ainda né?- minha tia ri.

Só por enquanto.- Dodo aparece na sala.

Vai me dizer que tu não é? - Leandro pergunta e os meninos dão risada.

Claro que sou, mamo até hoje. - os meninos param de rir, eu gargalho junto com minha mãe e tia Liz.

Sem graça tu.- Pedro sai com raiva.

Voltei bebês, podem surta, prendam seus amiguinhos que a irmãzinha de vocês tá solta.- dou risada e vou pro quarto tomar meu banho mais que merecido.

Melissa (Livro 2) |Pausada|Onde histórias criam vida. Descubra agora