*Capítulo 11*

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Maya

Levantei e fui caminhando até o banheiro parecendo uma pata.

Que isso, esse cara é de outro mundo não é possível.

Me olhei no espelho vendo o horror que eu tava, meu cabelo todo pro alto e minha maquiagem toda borrada. Tirando os roxos que ficaram no meu corpo.

Lavei o meu rosto e peguei uma escova de dentes nova que tinha ali no armário, escovei os dentes e peguei uma blusa do Madrugadão que tava jogada pelo chão pra vestir.

Peguei minha bolsa e vi que tinha algumas chamadas perdidas da Luísa e retornei.

📞Chamada

Maya: Feliz aniversário pra mim, primeiramente.

Luísa: Onde você tá? Eu te procurei ontem de noite, e o Laranjinha me disse que você tinha saído com um cara.

Maya: Feliz aniversário pra mim, né. - Ela suspirou. - Pode ficar calma, eu ainda tô aqui na casa dele.

Luísa: E você vai vir embora que horas?

Maya: Nem sei se vou embora hoje. É meu aniversário então vou aproveitar, tu podia vir pra cá também.

Luísa: O que? Maya, você tá na casa de um bandido, cara. Você nem sequer conhece esse cara, e se ele fizer alguma coisa com você?

Maya: Ele já fez, e foi bom. - Ri enquanto ela tava falando algumas coisas que eu nem prestei atenção.

Luísa: A mãe quer falar com você.

Maya: Mas eu não quero, valeu. E não fala pra ela onde eu tô.

Luísa: Ela já sabe onde você tá, eu tive que contar pra ela e...calma aí. - Ouvi ela dizendo algumas coisas e depois o celular sendo tomado dela.

Liz: Maya? Minha filha, por favor volta pra casa. Aí não é lugar pra você...- Desliguei.

Nem sei oque ela ia falar, mas provavelmente ia começar a fazer um teatro falando que eu tô me metendo com pessoas perigosas e afins.

Não que eu não esteja, mas eu sei me cuidar.

Voltei pro quarto e vi que o carinha ainda tava dormindo, preferi nem acordar ele.

Já dorme com a cara fechada, imagina se eu acordo ele? Credo.

Tava sem nada pra fazer, fiquei rondando aquela casa procurando comida. Procurei em tudo ali na cozinha, mas nem tinha nada então fui continuar a andar atoa pela casa.

No fundo do corredor tinha um quartinho, a porta tava um pouco aberta. Eu sou intrometida então só entrei lá mesmo.

Tinha várias armas encima de um sofá que tinha ali, umas mochilas aleatórias. Em cima da mesa tava cheio de dinheiro, alguns pacotes de drogas.

Enfim, nada que me interesse muito.

Fui em direção a uma cômoda que tinha ali do lado e abri as gavetas pra ver oque tinha, pura curiosidade mesmo.

Nas primeiras duas gavetas não tinha nada, mas quando abri a terceira me deparei com uma foto. Ela estava meio amassada e empoeirada, mas dava pra ver uma mulher (que tinha um cabelo lindo aliás) segurando um menininho no colo.

Antes que eu pudesse ver o menininho direito ouvi uma voz rouca atrás de mim e me assustei.

Madrugadão: Qual foi mina? Tá achando que ta onde pra ir metendo a mão nas coisas dos outros? - Veio até mim e tirou a foto da minha mão colocando de volta na gaveta e fechando com força.

Maya: É que eu tava caçando... Alguma coisa pra comer.- Ele me encarou com a cara fechada.

Madrugadão: Aqui parece ser uma cozinha pra tu?

Maya: Iih eu só tava andando pela casa, chatão você hein.

Madrugadão: Te dei intimidade não, garota. - Se aproximou de mim ainda com raiva. - Vaza.

Maya: Oi? Mas já? Eu tava querendo...- Fui interrompida.

Madrugadão: Não me interessa, porra. Mete o pé daqui.

Maya: Larga de ser insuportável caralho, eu nem fiz nada.

Madrugadão: Foda-se, vaza do meu barraco.

Ele me fuzilava com o olhar, oque já tava começando a me assustar.

Antes que eu pudesse responder alguém bateu na porta e ele foi até lá atender.

Dei um sorriso quando vi que era o Laranjinha.

...

Atração Fatal  [M] - L7NNONOnde histórias criam vida. Descubra agora