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CHAPTER TWENTY TWO

BURNED

SKYLER KINGSTON

Instintivamente olhei para Louis. Não havia sangue em nenhum lugar, mas eu continuava a espera dele.

- Você errou – Louis desafiou, agora mais próximo do que antes.

Olhei para Jack com um ódio tão intenso que parecia ser maior do que eu. Sem raciocinar, e antes que me desse conta, eu o havia socado, e continuei socando. Ele virou a arma para mim reflexivamente e eu tentei alcançar seu braço para torcê-lo. Foi quando ele atirou novamente. Meu braço queimou violentamente, me fazendo berrar de dor.

Jack pareceu confuso por um instante como se não acreditasse no que tinha acabado de fazer. Louis parecia no mesmo estado de choque enquanto encarávamos o sangue começar a brotar em meu braço.

- Droga, alguém deve ter ouvido isso – com a mão um tanto trêmula ele voltou a apontar a arma para Louis, que agora estava realmente próximo. – Você fica quietinho aí!

Jack voltou a segurar meu braço com força, me puxando para a porta de trás do vestiário, ainda a arma para Louis. Assim que a porta se fechou, eu ouvi os passos rápidos vindos de dentro do vestiário. Ele abriu a portinha da mangueira de incêndio, já arrombada por algum aluno vândalo, e a enrolou no puxador da porta, prendendo-a. Louis tentava abri-la pelo outro lado, mas não conseguia. Eu ainda podia ouvir seus gritos enquanto corria pelo corredor escuro com Jack, a arma sempre apontada para mim.

Ele tinha conseguido sair do colégio comigo com uma facilidade inacreditável. Mas também, eu não podia simplesmente envolver outra pessoa nisso. Eu sabia que precisava pegar aquela arma de algum jeito, mesmo ainda não fazendo idéia de como iria conseguir essa façanha.

Caminhamos pela rua, e ele entrelaçou nossos braços, a arma apontada para mim por debaixo do casaco.

- E agora, para onde vamos? – perguntei, tentando bolar alguma coisa para me livrar dele.

- Eu aluguei uma casa, mas vamos ter que andar um bocado até lá – ele disse. – Não posso arriscar pegar um ônibus com você.

Eu pensei em sugerir um táxi, mas apressar as coisas para ficar em uma casa sozinha com ele não era exatamente o que eu estava querendo.

- Eu sei que pra você parece que eu sou maluco, me desculpe – ele disse, e eu franzi a testa. Parece? Há. – Mas você só não me entende. Ainda. Eu sei que você só precisa de um tempo pra...

- Jack, cale a boca – retruquei irritada. Meu braço esquerdo estava doendo pra caralho, será que ninguém percebia que ele estava sangrando? Ninguém se importava? Certo, o porteiro da escola perguntou sobre isso, mas eu tive que dizer que estava tudo bem, que estávamos indo cuidar disso. Jack não estava nem ai por eu estar machucada. – Cada vez que você abre a boca só fica mais ridículo.

- Você tem muita sorte por seu namoradinho ter escapado de mim. Assim que nós conversarmos, eu volto pra cuidar dele.

- Não ouse encostar em um fio de cabelo dele – eu rosnei.

- Own, ela fica bravinha quando fala dele – ele disse cinicamente. – Não percebe o que ele fez com você? Ele te convenceu que o ama.

- Você já prestou atenção no que fala? – perguntei incrédula. – Eu não faço idéia de como pude namorar com você. Ainda bem que eu cresci.

Ele apertou meu braço com mais força e me virou bruscamente de frente para ele.

- Sua vadia...

until the end for you ➾ Louis PartridgeOnde histórias criam vida. Descubra agora