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HAPTER TWENTY THREE

SKYLER KINGSTON

DANGEROUS TO KNOW

Tudo o que eu queria era que ele estivesse comigo novamente, mas a cada dia as coisas pareciam ficar cada vez piores. Já haviam se passado o que eu tinha quase certeza de serem três ou quatro dias desde que Jack se fora, e a solidão me assolava de forma desoladora.

Não que a companhia dele me agradasse, mas eu não tinha nem mais em quem descontar minha raiva e nervosismo. Aquele lugar estava me enlouquecendo, e ninguém me falava quando eu sairia dali. Se eu sairia, pra começar.

A falta que Louis me fazia era acima do que eu podia suportar. E eu ainda tinha que conviver com os insetos. Da última vez fora uma barata, e eu simplesmente pirei quando senti aquele negócio na minha perna. A mulher que me trazia comida achou que eu estava tendo um infarto ou coisa do gênero, mas eu estava somente tendo mais uma das minhas sessões sufocamento.

Até que tinha demorado bastante pra isso acontecer com toda essa situação. Quando eu bati na porta dizendo que havia um barulho de rato, eles ignoraram. Então eu bati, bati, e continuei batendo, mas só quando eu comecei a xingar e quebrei o copo que ainda estava ali da última refeição contra a porta, foi que o armário – que este eu reparei contra a luz que tinha um rosto mais fino que o outro e o cabelo mais escuro – abriu a porta e foi procurar o rato. Eu o achei em um canto e ele atirou. É, atirou no rato. Eu soltei um grito agudo, e me calei ao receber aquele olhar frio dele, temendo ser o próximo alvo.

A imagem do rato destroçado ainda vinha a minha mente, me fazendo estremecer toda vez. Aquele lugar era terrível, e eu só me movia do meu colchonete agora para pegar a comida na escada ou ir para o banheiro.

Preciso dizer que ir ao banheiro com aquela mulher apontando uma arma pra mim não era nada confortável e que a comida que eles me davam – além de ruim – nunca me satisfazia? Eu acho que não. Mas isso era irrelevante em comparação com o nervosismo que toda a situação me causava.

A luz adentrou a escuridão mais uma vez, mas dessa vez não era a silhueta da mulher contra a sombra, mas do motorista. Ele deixou a bandeja com um prato de comida e um copo com água em um dos degraus.

- Reze para o seu namorado fazer a coisa certa hoje – ele disse com a voz fria, e eu estremeci. – Ou você vai acabar junto com seu amiguinho. – ele se virou e começou a subir a escada.

- Jack? O que você fizeram com ele?! – eu gritei assustada, mas ele ignorou e continuou a subir. – O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE?! – eu gritei histérica.

Ele se virou. "Se você não calar a boca, eu não vou nem esperar a decisão do seu namorado."

Eu me levantei. "Vocês o mataram?" ele voltou a subir os degraus. "Por quê? Vocês disseram que iriam o libertar!"

Ele se virou de volta para mim e desceu as escadas apressado, tirando algo do bolso no caminho.

- Eu nunca disse isso – ele falou sínico.

Ele me segurou e me colocou contra a parede. Eu senti algo frio encostar na minha garganta e o pavor tomou conta de mim.

- Não aja como se você não quisesse isso, você estava louca para se livrar dele – eu senti aquelas palavras me atingirem profundamente e ele estava certo.– Eu quero saber exatamente o que o Louis te falou sobre nós – ele exigiu, com o rosto a centímetros do meu.

- Nada – eu disse, tentando passar a maior segurança naquilo possível, enquanto o medo me contorcia por dentro.

- Ah, certo, você acha que vou acreditar que ele não te falou nada? Vai ser pior pra você se eu cortar sua garganta – ele ameaçou, e eu não conseguia mais respirar.

until the end for you ➾ Louis PartridgeOnde histórias criam vida. Descubra agora