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CHAPTER TWENTY NINE

SKYLER KINGSTON

Louis continuou adiando minha visita à sua casa até que eu comecei a gritar no telefone e assustá-lo. Era como se eu estivesse sofrendo de abstinência de alguma droga, como se nada mais tivesse graça. Eu sentia falta de seu perfume, do calor que emanava de seu corpo, de como a sua voz soava grossa e me arrepiava por inteiro quanto mais perto estivesse de meu ouvido e de seu silêncio confortador quando me abraçava carinhosamente e beijava meu cabelo.

Eu sentia falta de seus beijos e de como nós nos entendíamos com facilidade em quase tudo, mesmo sem palavras. Eu sentia falta de tudo o que tivesse a ver com ele e, só para ajudar, eu não tinha nada que me distraísse de verdade.

Mas também, provavelmente, se tivesse, não conseguia pensar em nada eficaz o bastante para manter meus pensamentos longe dele.

E se ele estivesse com medo de me apresentar à mãe dele? Quero dizer, ela provavelmente estaria por lá, já que estava cuidando dele. E se ele estivesse com vergonha? Não me aguentando, perguntei a ele isso no telefone; ele riu e disse que nunca deixaria de ter orgulho ao me apresentar pra qualquer um, principalmente sua mãe.

Eu me sentia como uma estrela solitária em uma noite gelada. Minha única vantagem era que dormia a maior parte do tempo, provavelmente por causa da gravidez somada ao tédio contínuo daquela casa vazia. Eu passava a maior parte do tempo deitada na cama, dormindo, mexendo no laptop ou estudando, e na sala, assistindo TV. À noite era melhor, quando Rachel e Eric chegavam em casa e eu tinha companhia, mas não me sentia bem dando tanto trabalho a eles.

Quero dizer, eu não podia lavar minhas próprias roupas ou lavar muita louça sem que Rachel me enxotasse da cozinha dizendo que eu deveria estar deitada. Eu tinha a impressão de que ela sabia sobre meu real motivo de ter que estar de repouso, apesar de eu ter sido bem explícita com o médico para não contar a ninguém sobre minha gravidez. Talvez ela tivesse adivinhado e estivesse apenas me esperando contar, ou eu poderia apenas estar imaginando coisa.

Poder ver a cidade já enfeitada para o Natal – mesmo que por trás dos vidros do carro de Bruno – me dava a impressão de estar em liberdade de novo. Era tão bom poder sentir o frio de Londres contra minha pele novamente que eu podia dizer que estava viva novamente, principalmente sabendo que em poucos minutos estaria com Louis mais uma vez.

- Você tá meio pálida – Bruno disse, me acordando dos pesadelos. – Quero dizer, mais do que o normal.

- É, acho que preciso tomar mais Sol – desviei, tentando não lhe mostrar o medo involuntário que sentia.

- Sabe, está sendo difícil para todos nós – Bruno havia encaixado seu carro entre outros dois perfeitamente e já desligava o motor. – Quero dizer, lógico que não tanto quanto pra vocês dois, mas as coisas andam meio diferentes.

- O que você quer dizer? – perguntei batendo a porta.

- Bom, todos criamos um senso de realidade agora – nossos passos ecoavam pela garagem fria e silenciosa. – Ali até parou de brigar com o Tyler, se dando conta do que estava fazendo. Apesar de eu achar que ele curte quando ela fica nervosa

Nós rimos.

- Vocês vivem falando sobre eles sempre brigarem, mas eu quase nunca os vi brigados, desde que estão juntos.

- Porque você estava distraída com o Louis e suas próprias coisas para prestar atenção nas pequenas coisas – Bruno continuou. – E provavelmente não estava por perto quando ela dava seus escândalos. Mas, voltando o assunto... ah, esquece, Jesse me mata se eu te contar.

until the end for you ➾ Louis PartridgeOnde histórias criam vida. Descubra agora