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CHAPTER FIFTEEN

CONFUSION

SKYLER KINGSTON

Mas é claro que eu não iria contar a ninguém, e Bruno sabia disso. Afinal, eu não queria que Louis ficasse sabendo que eu tomava remédios. Bruno estava certo, eu era fraca, e Louis saber que eu era fraca não ia me ajudar em nada.

Após uma noite de sono pesado, minha primeira aula era de Física. Eu estava ignorando White com todos os meus esforços, mas percebia seus olhares pra mim.

- Me desculpa, Sky – ele insistiu.

Me arrependi de ter chegado cinco minutos mais cedo na sala, vazia exceto por Tyler, que havia me seguido desde os armários.

Eu o ignorei, olhando firmemente para o quadro negro. Ele me cutucou.

Outro problema dessa aula é que Tyler era minha dupla, então ele estava próximo o bastante pra me encher o saco o quanto quisesse.

Meus pedidos para troca de lugar não haviam surtido efeitos, pois os professores não entendiam meu motivo repentino, já que a diretoria não havia tomado conhecimento da briga.

A escola inteira ainda comentava da briga, mas a diretoria parecia nem sonhar com ela. E se sabiam, não fizeram nada quanto a isso, o que eu achei um absurdo, apesar de estar feliz por Louis não ter se ferrado.

- Sky – ele me cutucou novamente. – Por favor, meu Arco-íris. Eu só estava tentando te proteger.

Olhei-o irritada. "Proteger?"

- É, Sky – ele disse, aproveitando a brecha. – Eu só queria que você enxergasse o que estava fazendo.

- Ele gosta de mim, Tyler – eu disse devagar, olhando o quadro novamente.

- Eu sei disso – ele disse e olhei-o totalmente confusa. – Agora eu sei disso. Andamos conversando.

- Ah, que coisa linda – ironizei.

Ótimo saber que andaram conversando pelas minhas costas, Tylerzinho.

- Ele parece ser legal.

- Ele é.

- Desculpa mesmo por aquele dia. Eu não devia ter pegado tão pesado. Não deveria ter me metido – eu vi seus olhos marejarem por um instante.

- Tudo bem – eu disse, me encostando em seu ombro. – Você só estava tomando conta de mim. Como um irmão mais velho.

- Você é nojenta – ele reclamou.

- Por quê? – perguntei, me afastando um pouco.

- Você agarra seu próprio irmão? Isso é doentio – ele disse, fazendo cara séria.

Soquei seu braço.

- Cala boca – eu disse rindo.

- Você sabe que eu não posso viver sem você, não sabe? – ele perguntou e eu repousei minha cabeça em seu ombro novamente, sorrindo.

O sinal bateu e aos poucos a classe foi se enchendo.
Na aula de história, eu não encarei Bruno. Nem por um segundo. Mas ele não podia simplesmente me deixar em paz.

Assim que o sinal de término bateu, ele largou um papel dobrado em cima de minha carteira a caminho da porta.

"Se você tiver coragem, mesmo horário e lugar hoje."
Se eu tiver coragem. Ha, quem ele estava pensando que era?

until the end for you ➾ Louis PartridgeOnde histórias criam vida. Descubra agora