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CHAPTER TWENTY SEVEN

TIME AFTER TIME

SKYLER KINGSTON

- Sky? – a voz repetiu, fraca, mas alta o bastante para fazer com que meu coração disparasse.

Eu me levantei da cadeira de um pulo, arrancando a agulha da minha mão e empurrando a enfermeira para fora do meu caminho em meio à confusão.
Eu corri até a maca dele, segurando sua mão com firmeza.

- Eu estou aqui – eu sussurrei, chorando com uma alegria indescritível me invadindo.

- Senhorita Kingston, o que pensa que está fazendo? – a enfermeira ralhou comigo. – Ele só deve estar tendo um sonho.

Por um instante a alegria começou a se esvair de mim, mas então ela voltou com força total ao sentir a mão dele responder ao meu aperto.

- Sky – ele repetiu em um sussurro, os cantos de seu lábio subindo em um sorriso fraco.

- Estou bem aqui, Louis – eu respondi, mantendo o aperto com minha mão boa e fazendo um carinho desajeitado em sua bochecha com a outra.

Seu sorriso subiu mais um pouco, fazendo cada célula do meu corpo reagir com êxtase, e o ruído agudo pulsante soou mais rápido pelo cômodo.

- Está tudo bem, meu amor – eu lhe dei um selinho longo. – Eu te amo.

- Eu te amo – ele sussurrou.

Enxuguei as lágrimas de meu rosto e olhos com as costas da mão ferida para poder olhá-lo melhor. Seu rosto tinha vida novamente.

- Temos um milagre aqui! – uma voz grossa me sobressaltou.

Eu olhei. Não era o médico que estava me tratando, mas sim o cirurgião que havia operado Louis.
Louis abriu os olhos, mas seu olhar era totalmente confuso e desorientado. "Onde estamos, Sky?"

- No hospital, Louis – eu respondi.

- Mas por que tá tudo escuro? – ele não focava o olhar em mim, apenas continuava confuso.

- Você é um sobrevivente, hein? – o Doutor "Richard", pelo que eu li no crachá, continuou, se aproximando de Louis. – Com licença – ele me pediu, e eu soltei a mão de Louis para que ele o examinasse.

Fui para mais perto do pé da cama e fiquei com a mão sobre sua perna, a acariciando para mostrar-lhe que estava ali.

- Siga a luz – o doutor pediu após um momento com a lanterna nos olhos dele, agora abertos.

- Está tudo escuro – Louis resmungou.
Eu o olhei assustada.

- Você não está vendo nada? – o doutor perguntou um tanto alarmado.

- Estou, a escuridão – sussurrou Louis, como se aquilo fosse óbvio.

Eu dei a volta na maca e coloquei as mãos nas laterais de seu rosto, virando com cuidado sua cabeça para mim.

- Você não me vê? – eu perguntei, alarmada.
Mas a resposta já estava em seus olhos desfocados antes de chegar a sua boca. "Não."

- Doutor, faça alguma coisa! – eu exigi, o encarando avidamente.

- O que está havendo? – Louis perguntou confuso e com a voz um pouco mais forte agora.

- Vou ver o que posso fazer, agora a senhorita deve sair daqui.

Eu respirei fundo, me segurando para não surtar novamente.

- Vamos – a enfermeira trouxe a cadeira de rodas até mim.

until the end for you ➾ Louis PartridgeOnde histórias criam vida. Descubra agora