Clube dos Perdidos

Um que Volta, Outro que Vai

Sakura

Eu estava sozinha com a Hina no quarto, estávamos dormindo, e de repente acordamos com um barulho na porta. Dois caras encapuzados entraram e nos renderam muito rápido. Um deles deu um golpe na cabeça da Hina, enquanto o outro tapava minha boca pra que eu não gritasse. Logo o maldito levou ela, e quando dei por mim, estava caída no chão, zonza por uma pancada que recebi do outro capanga. 

Quando acordei, me veio um soco de desespero na hora. Chamei os meninos imediatamente, e ligamos pro Naruto. Vesti só um casaco, e nós pegamos um táxi pra casa do Hyuuga. 

- E se não foi ele?? - perguntei, com medo de estarmos perdendo tempo indo até lá. 

- Só pode ter sido ele. - Sasuke respondeu, tentando se manter o mais calmo possível. 

- Ele é um dos poucos que conseguiria dar um jeito de passar pela segurança da Kage com tanta facilidade. Além disso, é o único interessado em sumir com a Hinata desse jeito. - Sai completou. Dava pra ver que estava agoniado. 

- Temos que chamar a polícia! - eu estava com o coração na mão. 

- Sakura, tenta se acalmar! - Sasuke segurou meu rosto, tentando me fazer despertar - Raciocina... Acha mesmo que podemos confiar na polícia? 

- S-Sasuke-kun, e se ele... - pensei no pior e nem consegui falar.

- Isso não vai acontecer. - Sasuke me abraçou e eu consegui encontrar o mínimo de paz que eu precisava pra achar equilíbrio. 

- Você é cego, surdo e mudo, entendeu? - Sai avisou, dando uma gorjeta generosa pro taxista, que assentiu e continuou dirigindo. 

O lugar era extremamente longe, então demorou uma eternidade pra chegar. Se não fosse madrugada e tivesse trânsito, com certeza teria demorado bem mais. Aquela casa estava parecendo até uma mansão mal assombrada. Estranhamente, não tinham guardas, o jardim estava vazio, e ainda por cima, a porta estava destrancada. Obviamente, era uma armadilha. Mas entramos mesmo assim.

Como já estávamos na boca do lobo, não nos importamos em fazer barulho e chamar pela Hinata na esperança de que ela desse algum sinal. Não nos separamos nem por um segundo, o ar estava até pesado de tão assustadora que era a atmosfera. Pelo menos não estava escuro. Logo nossa agonia foi substituída por um susto quando o Hyuuga apareceu com a Hinata.

- Vieram rápido. - ele disse com um sorriso sarcástico, enquanto puxava a Hina pelo braço. Tive que me segurar pra não chorar... Ela estava visivelmente apavorada, com a boca amordaçada e os braços amarrados pra trás.

- O que tá fazendo, desgraçado...? - Sasuke falou entredentes, com um olhar que assustou até eu.

- Solta ela! - eu avancei na direção do maldito, mas recuei quando ele puxou a Hinata pra perto, apontando uma arma pra ela... Fiquei em choque.

- Nem mais um passo ou eu atiro. - ele disse com frieza.

- Teria coragem de fazer isso com sua própria filha?! - Sai perguntou.

- Filha? - o velho riu, tirando a mordaça dela - Essa inútil não é minha filha.

- O que...? - era um baque atrás do outro, mal consegui falar.

- É v-verdade... - Hina confirmou aos prantos. Ver ela daquele jeito foi uma tortura - E-Ele não é meu pai...

- Como assim? - Sai quis saber mais.

- Não tenho que me explicar pra um bando de pirralhos. - o maldito mantinha a mira na Hinata e eu me sentia impotente. Tive que respirar bem fundo pra não entrar em pânico.