Rendição

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Sasuke

Eu fiquei com tanta raiva que não consegui assistir o resto das aulas. Simplesmente me levantei e saí sem falar nada. Fui até o meu quarto, tranquei a porta, e o primeiro impulso que eu tive foi de chutar uma cadeira pra longe. Eu vi aquele filho da puta sorrindo pra Sakura... Professorzinho de merda! E o pior foi que ela ficou toda derretida. Eu não entendo essa porra toda... Ela olha pra ele com cara de boba, parece até uma adolescente ingênua apaixonadinha pelo professor, enquanto que pra mim, ela sempre vem com o olhar de deboche provocativo. Por que?! Por que ela olha pra ele daquele jeito?? Ele é o cara de quem ela tá afim de verdade, então o que eu sou? Será que não passo mesmo de uma peça de jogo pra ela?

Passei o resto da tarde trancado, pensando. Quando cansei de me torturar sem nem entender o motivo de eu ficar assim, decidi ir procurar a Sakura. Ela teria que ceder, porque eu já não aguentava mais jogar. Achei que seria divertido porque achei que seria fácil, mas a cada dia eu fico mais consumido pelo desejo infernal que sinto por ela.

Bati algumas vezes na porta do quarto, mas ela não atendeu. Perdi a paciência e entrei, fechando a porta em seguida. Ouvi que o chuveiro estava ligado e tinha uma música tocando lá dentro, então decidi esperar ela terminar. Enquanto esperava, comecei a olhar em volta do quarto e reparei que ela é tão organizada quanto eu. Tudo estava no lugar, até mesmo as fotos no mural estavam datadas, colocadas em ordem cronológica. Vi que tinham várias fotos das três juntas desde pequenas... Quem esperaria que menininhas tão fofas se tornariam verdadeiros demônios quando crescessem?

Ela tava demorando muito, então acabei cedendo à tentação que me tomou de fuçar as coisas dela. Talvez eu encontrasse algo sobre ela que pudesse usar pra reverter o jogo. Não encontrei nada demais, infelizmente. Olhei no guarda roupa e nada também, até que parei nas gavetas. Abri uma gaveta grande e dei de cara com várias roupas íntimas dela... Pra mim foi o paraíso. Peguei alguns conjuntos pra olhar e fiquei imaginando ela vestida em cada uma daquelas lingeries, uma mais sexy do que a outra. Continuei fuçando, até achar uma peça que me fez congelar... Uma lingerie preta de látex, decorada com pequenas correntes, estilo gótico. Exatamente o que eu gosto! Ver uma garota vestida assim sempre foi uma fraqueza minha. Eu piro com uma mulher bonita se entregando pra mim usando roupas assim. Tenho essa tendência a ser dominador, mas o meu sonho mesmo sempre foi ser dominado. Sempre quis ser seduzido e "controlado" por uma mulher perfeita e intensa, mas infelizmente, nunca conheci nenhuma garota assim. Todas sempre preferiam ceder às minhas vontades, o que é gostoso também, mas nada tão excitante pra mim. Parando pra pensar, acho que minha vida sexual sempre foi meio morna comparada com a que eu queria ter. Só de imaginar uma mulher capaz de me fazer sucumbir às vontades dela, me "usando" pra dar prazer pra ela... Será que eu finalmente encontrei essa mulher? Logo no dia que conheci a Sakura, ela me deixou rendido, quando pegou no meu pau falando aquelas coisas. Desde aquela noite, eu não paro de pensar no olhar penetrante dela, na forma como ela falava, e no jeito que saiu dali, me deixando na mão. Fora o fato dela me deixar louco e depois sair por aí flertando com o sensei, como se não se importasse... Ela brinca comigo, mas de um jeito envolvente, de um jeito que eu gosto. Será que é essa a natureza dela? Será que ela gosta de dominar? Talvez seja isso mesmo, e por isso eu tenho subido pelas paredes e perdido a calma, como nunca aconteceu antes.

- Sasuke?? - eu tava viajando tanto nos meus pensamentos olhando aquela lingerie, que nem percebi que o chuveiro tinha sido desligado. Mas essa voz me chamando não é da Sakura.

- Hinata? - olhei confuso pra Hyuuga, que estava de toalha na minha frente - Cadê a Sakura? O que você tá fazendo no quarto dela?

- O chuveiro do meu quarto quebrou. E você, o que tá fazendo aqui?

- Vim falar com a Sakura. Onde ela tá?

- Não vou te contar. - ela sorriu e cruzou os braços.

Clube dos PerdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora