A morena estava sentada na área externa da mansão, sob o estrelado céu da Flórida. A lua cheia em nada melhorava seu semblante preocupado. Sua mente se questionava o tempo inteiro e a pergunta que costumava a fazer anos atrás, voltou a atormenta-lá; Por que agia dessa forma? Por que não podia simplesmente não ficou de boca fechada?
– Te dou a lua se em troca você me disser o que passa por essa linda e pervertida cabeça.
Bárbara em nenhum momento notou a presença de sua esposa. Sentindo-se culpada e até mesmo triste pelo que fez a jovem Juliana, forçou um meio sorriso e se deixou envolver no abraço protetor de Macarena.
– Só estava pensando.
– Quer dividir comigo seus pensamentos? Quem sabe eu possa ajudar. — perguntou Maca dando um beijo no cabelo castanho escuro de Bárbara.
– Estou me sentindo mal pelo o que eu fiz. Quero dizer, não foi premeditado, é só que eu pensei…
– Que a Juliana fosse alguma interesseira que iria destruir o coração da nossa filha? — concluiu a de olhos azuis — Barb, nossas filhas já não é mais umas menininhas.
– Eu sei. É só que é difícil pra mim. Com Eva nem tanto porque sempre como eu, mas Valentina nunca demonstrou interesse por ninguém. É normal que eu me preocupe.
– O que não é normal é você ter julgado a namorada da nossa filha sem nem ao menos dar a ela uma oportunidade de conhecê-la. — disse Macarena.
– Eu sei. — disse inquieta esfregando o rosto — Não sei o que fazer…
– Eu que a mulher com a qual eu me casei não é uma pessoa má. Tem uma personalidade forte, mas é uma das mulheres mais incríveis e bondosas que eu já conheci. — acariciou o rosto da morena — Conversa com a Juliana, peça desculpas. Deixa que ela e Lucia vejam o ser humano lindo que você é.
– Tem razão. — juntou seus lábios com os da de olhos azuis — Amanhã mesmo, eu faço isso. Só espero que ela me perdoe.
– Juliana parece ser uma boa menina, a julgar pela forma que nossas filhas a defenderam, eu também não tenho dúvidas. — sorriu Maca.
Os pensamentos escuros que rondavam os pensamentos de Bárbara se esfumaçou com as palavras de Macarrão. Sua mulher e seu incrível dom de fazê-la ver tudo de forma mais clara, no final sempre tinha razão; não adiantava se atormentar pelo que já havia feito, já tinha dado a primeira impressão de sogra bruxa para suas noras, mas nada que um pedido de desculpas sincero não pudesse mudar essa situação.
Entre beijos ternos e cheios de amor, um barulho vindo de dentro da casa, chamou a atenção de ambas.
– O que foi isso? — perguntou Barb.
– Não sei. Espere aqui que eu vou ver.
– Não! Eu vou com você.
Macarena assentiu com a cabeça.
– Vamos então.
O condomínio de luxo em que viviam, era bastante seguro, assim que, ao contrário de Valentina, Bárbara e Macarena não tinha uma equipe de segurança vigiando a mansão, e tendo em conta que suas filhas já estavam em seus quartos, se assustaram pelo barulho.
Já dentro de casa, outro barulho de algo caindo veio da cozinha. Com cautela, Macarena colocou Bárbara atrás dela e foi se aproximando silenciosamente até a cozinha.
A cena que presenciaram as deixaram praticamente em choque. Bom, bem mais Bárbara do que Macarena. Se não fosse porque estava presenciando a sua filha num momento de intimidade com a namorada, Bárbara poderia se deixar levar pelo seu lado mórbido, deixando o voyeurismo falar mais alto, mas neste caso não era um casal qualquer em jogo, era sua filha, sua menina quem estava sendo praticamente engolida.
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Secret
FanfictionValentina Carvajal é uma juíza criminal de vinte e cinco anos e que carrega um grande trauma do passado. Séria e conhecida por ser a juíza mais ameaçada do país, têm sua vida completamente revirada ao conhecer Juliana Valdés, uma jovem superdotada d...