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A mandíbula da morena caiu quando o carro de Valentina parou na entrada da mansão.

– Wow! Você mora aqui? — estava maravilhada.

– Sim. — disse sem muita importância, pegando a mochila e material de estudo da morena.

– Sozinha? — tinha curiosidade.

– Sim.

– Que espécie de juíza mora numa mansão?

– Da espécie que não é só juíza.

– Wow! — não conseguia dizer mais que isso.

– Vamos entrar? 

A morena assentiu com a cabeça.

– Jason. — chamou o segurança — Por favor ajude a levar Juliana até o quarto de hóspedes.

– Sim, senhora Carvajal.

Claro que a médica olhou tudo a sua volta no caminho até o quarto. A casa de Valentina era sem dúvidas a casa mais linda que ela já viu antes. A mansão em que foi criada era grande também, mas nada comparada a casa de Valentina. 

Quando chegou no quarto que ficaria hospedada pelo próximo mês, ficou ainda mais impressionada. Seu quarto tinha vista para toda a cidade de Los Angeles, assim como toda a casa.

– Onde coloco as malas? — disse Zoey entrando com as malas da morena.

– Deixe aí mesmo. Depois eu peço a alguém para arrumar no closet.

– Eu posso fazer isso. — disse Juliana.

– Você não vai fazer nada. Você vai ficar nessa cama e fazer o que o médico mandou. — falou seriamente.

– Eu também sou médica. — brincou com uma sobrancelha elevada.

– Quase médica. Ainda falta alguns anos para isso acontecer.

– Na verdade não.

– Como assim?

– Eles dizem que meu nível de aprendizado é alto e que é um desperdício me manter em uma turma inferior a minha capacidade de aprendizado...

– Alto?

– Eu tenho QI elevado, Valentina. Por isso eu sempre faço uma prova para avançar, claro, se for da minha vontade.

– Você é superdotada?

– Não. Eu sou esforçada. Eu não tinha muito o que fazer nas férias, então estudava. 

– E você tem?

– Tenho o que?

– Vontade de estar mais elevada ao outros?

– Eu tenho dezenove anos e no terceiro período de medicina e faço estágio em um dos melhores hospitais da cidade. Eu realmente quero ir com calma. De qualquer forma vou me tornar uma médica jovem.

– 19? — alçou a voz

– Algum problema? — elevou uma sobrancelha.

– Sim. Na verdade tem sim. — a juíza estava um pouco irritada — Você pediu meu telefone, me perseguiu, foi atropelada no meu lugar, flertou comigo e só tem dezenove anos. Que merda Juliana!

– Então você assume que a gente flertou? — o sorriso presunçoso da morena, irritou ainda mais a castanha.

– Você não passa de uma menina que se acha! — grunhiu a juíza.

– E você de uma velha resmungona! — devolveu Juliana.

– Desculpa?

– Qual é o problema de eu ser mais nova que você, mulher!? — a voz a morena fez calar a Valentina.

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