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No dia seguinte quando chegou na casa de Valentina depois da aula para pegar algumas coisas que iria precisar para passar a noite na casa que dividia com suas amigas, Juliana procurou por Valentina. Queria passar um tempo com sua namorada antes de ir para a casa da sua amiga ruiva. 

Procurou pela sala, banheiros, área externa, cozinha, até em seu quarto no qual a dias não dormia mais.

Foi até o quarto de Valentina na esperança de encontrá-la e nada, a castanha não estava alí, o que era estranho, já que ficou até mais tarde na universidade se preparando para a prova que faria em algumas semanas. Frustrada por não encontrar a mulher que ocupava seus pensamentos, Juliana se deitou na cama e olhou o teto, mas não demorou muito nessa posição, porque logo ouviu a porta principal ser fechada e sorriu esperançosa.

– Valentina. — murmurou com um sorriso.

Esquecendo todas a recomendações médicas, a morena correu pelo corredor e desceu as escadas correndo para encontrar…

– Eva? — disse com desânimo.

A morena de olhos verdes estava de pé na sala, se servindo uma taça de vinho.

– Oi cunhadinha. — cumprimentou a de olhos verdes dando-lhe um beijo em cada bochecha — Decepcionada em me ver?

– Não! — Eva elevou uma sobrancelha — Não, não é isso. Eu pensei que fosse a Val. Ela não veio com você?

– Não. Disse que trabalharia até mais tarde hoje.

– Ah… — a decepção ao ouvir tal notícia atingiu em cheio a morena.

– Não era hoje que você iria dormir na casa da sua amiga?

– Sim, eu vou. Só vim buscar umas coisas e passar um tempo com a Valentina antes de ir. — respondeu — Bom, então vou buscar minhas coisas…

– Juliana espere. — pediu Eva quando a morena se virou para ir em direção ao quarto.

– O que foi?

– Sente aqui. Vamos conversar um pouco.

Se a morena dissesse que não estava nem um pouco curiosa sobre o que queria sua cunhada, seria uma completa mentira, ainda mais sabendo que seria uma conversa séria. Eva nunca havia chamado sua cunhada pelo nome, sempre era um apelido relacionado a sua idade, então, achou melhor se sentar no sofá de frente para a de olhos de cor esmeraldas e ouvir o que ela tinha a dizer.

– E então?

Eva buscou em sua bolsa um pacote com um laço vermelho e jogou para a mas nova que o pegou.

– Pra você.

– O que é isso? — perguntou analisando o embrulho bem feito.

– Depois você abre, mas isso é o meu jeito de te agradecer por fazer a minha irmã feliz.

– Eva…

– Juliana é sério. Obrigada. Tem anos que não vejo um brilho nos olhos da Valen…

– Anos? Ela não era assim antes?

Eva abaixou a cabeça e negou.

– Não. Quero dizer sim, ela foi, mas então…

– O que? — Juliana queria entender o que havia acontecido com sua namorada.

– Nada. Vamos esquecer o passado. — sorriu — O que eu quero dizer é que eu estou realmente feliz por a minha irmã ter encontrado alguém como você. 

– Eva, você não…

– Eu só te peço que cuide dela, Juliana. Valentina é toda uma muralha, mas não é uma má pessoa. Quando está com você eu consigo ver a linda e delicada Valen de quando éramos crianças. — Eva sentiu-se nostálgica ao recordar a infância com Valentina — Você sabe o quanto ela te ama, né!?

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