O lago congelado

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~~Anne~~~

  De manhã cedo eu já estava de pé, ansiosa para saber o que faríamos hoje. Levantei, tomei banho, café e dei bom dia pra minha mãe.

Sarah: - Bom dia filha! Acordou cedo em pleno fim de semana?

Anne: - Sim haha, talvez eu faça alguma coisa hoje...

Sarah: - Humm, tá bom.

  Andei até a porta e dei uma espiadinha pra ver se Henry tinha chegado, mas meu carro não estava lá.

Sarah: - Aquele garoto de ontem... gostei dele, muito simpático.

Anne: - É... ele é.

Sarah: - Convide ele mais vezes pra vir aqui.

  Ela me disse subindo as escadas pra terminar de se arrumar. Fiquei aliviada por saber que ela tinha gostado dele e que ele seria bem-vindo, isso melhorava as coisas. Uma hora depois ela desceu de volta e se despediu de mim me dando um beijo no rosto. Sozinha a ansiedade aumentava, fui até a varanda ver se ele estava lá e nada, voltei pra sala pra esperar e logo ouvi o carro chegando. A campainha tocou e eu já estava na porta, abri tão rápido que Henry riu impressionado. "Bom dia, Anne" ele me disse doce, dei bom dia e o convidei pra entrar. Não aguentei esperar e já fui logo perguntando:

Anne: - Eai, o que vamos fazer hoje?

Henry: - Eu estava pensando em te levar pra conhecer um lugar onde eu gosto muito ir... Mas podemos fazer outra coisa se quiser.

Anne: - Não, eu quero ir!

Henry: - Tá bom haha, mas você vai precisar de roupas mais quentes.

  Franzi o rosto e ri pra ele mas segui seu conselho, mesmo que pelo jeito que ele estava vestido não parecia estar muito frio lá fora. Corri até o quarto e vesti outra blusa em um casaco quentinho. Desci e fui em direção a porta.

Anne: - Vamos?

Henry: - Por aí não...

  Ele falou rindo e virando a cabeça em direção ao corredor que leva á varanda. Franzi novamente pra ele, agora ainda mais curiosa pra saber onde iríamos, assenti e caminhamos até lá. Saímos em direção a floresta, Henry estava sorridente porém quieto.

 Saímos em direção a floresta, Henry estava sorridente porém quieto

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Anne: - Achei que era pra eu ficar longe da floresta...

Henry: - Sem mim, sim!

  Eu ri e revirei os olhos. Então continuamos a entrar mais e mais na floresta, eu já não sabia onde estava e se quer como voltar pra casa, mas ele parecia conhecer cada canto. As pedras e os galhos cobertos de neve me fizeram tropeçar várias vezes e todas Henry me segurou como se eu fosse tão leve quanto uma folha. Em umas dessas seguradas ele pegou a minha mão e não soltou, eu também deixei ela lá, então continuamos o caminho de mãos dadas. Paramos de repente, acho que ele ouviu alguma coisa, direcionou seu olhar pra dentro das árvores e vi suas narinas se movimentarem, eu fiquei observando ele calada sem entender nada. Até que ele soltou minha mão, me empurrando um pouco para trás dele e deixando seu braço ao meu redor, só aí percebi o que estava acontecendo.

Patas sobre a neveOnde histórias criam vida. Descubra agora