Arrependimento

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~~Anne~~~

  Afundada na minha profunda tristeza eu passei o meus últimos dia.  Sem poder compartilhar com a minha mãe pensando no quão arrasada ela ficaria, me isolei de tudo e aguentei sozinha. Uma hora eu teria que contar, mas eu ainda não estava pronta para pensar em uma boa história sem que contasse todos os detalhes que ela não precisava saber. Confesso que tive medo de como ela reagiria​ quando soubesse o que os lobos fizeram, isso me preocupava já que eu não​ parei de me importa com Henry e o que podia acontecer com ele.

  Agora que a raiva tinha passado eu me sentia ainda mais péssima por como o tratei enquanto ele só queria ajudar, estava muito confuso decidir como eu me sentia em relação a ele e aos outros. De uma coisa eu tinha certeza, eu queria que eles pagassem mas isso não significava que eu queria a vida deles. Essa confusão toda circulava pela minha cabeça enquanto eu lutava comigo mesma pra não fazer nenhuma besteira, e se tratando do que passava na minha cabeça, o principal era Henry. Sentia raiva de mim mesma por depois de tudo ainda sentir algo, comecei a me conformar de que ele realmente não teve nada a ver com isso e o arrependimento cresceu em mim.

  Ao final de mais um dia de aula que eu não prestei atenção em 1 palavra se quer, entrei no meu carro e comecei a pensar. As pessoas estavam me olhavam torto, talvez pelo meu rosto vermelho por chorar, talvez pelo que Sabina andava comentando sobre mim. E por falar nela, acho que ela percebeu que eu não estava bem, eu vi como ela se segurou pra não vim até mim graças ao seu orgulho ou melhor, o nosso. Eu simplesmente ignorei, não era novidade pra mim os olhares das pessoas desde que Hel... Eu tinha esquecido desses sentimentos ruins desde quando Henry apareceu na minha casa, foi como se ele trouxesse a cor de volta pra minha vida cinza, e agora ela estava cinza de novo. 

  Foi pensar nisso que me fez tomar a decisão a qual talvez eu não deveria ter tomado: Ir até ele, me desculpar e ouvir o que ele tinha pra falar. Eu não podia ficar brava pra sempre, isso não traria Hel de volta. Sem pensar muito nos risco que minha decisão podia trazer, eu segui o caminho sem saber como exatamente chegar lá. "Moro numa casa do fundo dessa floresta" lembrei do que ele tinha me dito, não devia ser difícil encontrar. Dei a volta por ela já que considerando os riscos, ir andando pela floresta seria o pior deles.

  Parei de frente para umas árvores, dava pra ver uma grande casa ao fundo, tinha que​ ser ali

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  Parei de frente para umas árvores, dava pra ver uma grande casa ao fundo, tinha que​ ser ali. Respirei fundo sem dar tempo de me arrepender, desci do carro e hesitei de frente pra porta, um tremor passou pelo meu corpo. Toquei a campainha e esperei, nesse momento eu tinha quase certeza de até quem não tinha uma audição como a dos lobos poderia ouvir o meu coração​ batendo. Então ele abriu a porta, assumimos a mesma posição quando travamos um de frente pro outro. "Anne?" sua voz saiu fraca e trêmula, meus olhos encheram de lágrimas, não pensei em nada só me atirei nos braços dele. "Me desculpa" eu falei entre os soluços e pude sentir ele descongelando pra me abraçar também. "Eu achei que você nunca mais fosse querer me ver" ele sussurrou com o rosto no meu pescoço. Me afastei dele, levei uma mão ao seu rosto e tentei controlar as lágrimas.

Patas sobre a neveOnde histórias criam vida. Descubra agora