Depoimentos

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Pov. América

O sol já estava se pondo, me fazendo lembrar de todos os momentos que tivemos juntos. Será que esse é mesmo o fim? Todas as risadas, brincadeiras e lembranças, tudo foi jogado no lixo...
Suspirei enquanto continuava olhando o fim do dia chegar. A brisa fresca do fim da tarde batendo no meu rosto, podia sentir as marcas das lágrimas que desciam pelas bochechas alguns minutos atrás. Me levantei do telhado e voltei pra dentro de casa. Estar lá me lembrava de quando éramos crianças. Com esses pensamentos meu peito apertou e pude sertir o líquido quente descer pela minha face novamente.

Me joguei na cama, enterrei o rosto no travesseiro e deixei as lágrimas saírem livremente. Me sinto tão inútil... Não consegui nem proteger a pessoa que eu mais amava daquele monstro! Meu celular tocou e eu levantei da cama para pega-lo. Fui até a escrivaninha e vi que era a Japão me ligando. Peguei o telefone e atendi, ainda choroso.

Chamada On

Jap: oi América! Tenho boas notícias!

Ame: s-sério japinha? Q-que ótimo! - falei tentando disfarçar minha voz trêmula.

Jap: América, você está bem? -a asiática   perguntou preocupada.

Ame: ahh, é c-claro que e-eu tô! -falei tentando ao máximo segurar as lágrimas.

Jap: para de mentir! Eu vou ir pra sua casa agora mesmo! - a japonesa falou e desligou.

Chamada Off

Deixei que as lágrimas caíssem. Já não me importo mais com nada, só quero tirar esse peso do peito. Me joguei na cama mais uma vez. Agora não tinha mais nada pra fazer além de esperar a garota de olhos puxados chegar.

Depois de um certo tempo eu ouvi a campainha tocar. Eu estava sozinho em casa então não tinha alguém pra atender por mim. Ainda com o rosto molhado me levantei e desci as escadas. Abri a porta e a nação asiática começou a me encher de perguntas.

Jap: Ame! Você tá legal? Aconteceu algo? Foi o Itália não foi?!

Ame: calma... - a japonesa concordou com a cabeça e nos sentamos no sofá da sala.

Jap: agora pode me explicar o que aconteceu!

Ame: bem... é sim por causa do Itália. Depois da aula ele veio me provocar. Eu não me aguentei e acabei perdendo as estribeiras, quase dei um soco no rosto dele. - meus olhos se encheram denovo. - o Brasil chegou e viu a cena... - eu começei a soluçar. - ele entendeu tudo errado! Disse que era pra eu esqueçer que já fomos amigos! - a esse ponto eu já estava chorando um rio.

Jap: DESGRAÇADO!! ESSE ITALIANO FILHO DA MÃE!! - Nossa, agora ela ficou brava, mas logo se acalmou.

Ame: sabe eu nem sei se ainda quero continuar com o nosso plano... - a garota me olhou abismada.

Jap: não fale assim América! Eu sei que aquilo doeu mas não podemos jogar tudo pro ar, não agora que temos provas! - ela falou enquanto enxugava minhas lágrimas.

Ame: provas?

Jap: sim, Bélgica me ligou avisando que o Holanda topou nos ajudar e que iriam atrás de outras pessoas que sofreram na mão do Itália!

Ame: sério? Caramba isso é ótimo!- falei me animando.

Jap: nós vamos falar com o Holanda amanhã e se tudo der certo vamos derrubar aquele cretino!

$$$$Quebra de tempo$$$$

Mais uma vez estamos sentados na biblioteca. O Alemão deve estar com o italiano tentando pega-lo falando mal das pessoas. Dessa vez Holanda também estava presente.

Hol: então, vamos começar?

Jap: claro!- a asiática apontou a câmera para o holandês e assim iniciou o vídeo.

Hol: bom, o Itália começou a pegar no meu pé no final do sétimo ano. Não durou muito tempo, mas foi bem doloroso. Eu tinha notas altas então ele começou a me usar pra fazer suas tarefas. No início ele dava uma desculpa, mas depois aquilo foi se tornando minha obrigação. E se eu recusasse ele me batia! Foi numa dessas vezes que ele me bateu que eu conheci o Bel. - depois que o europeu terminou de falar a garota parou a gravação.

Bel: nós encontramos mais três vítimas do Itália. Pedimos pra elas virem amanhã falar com vocês.

Ame: nossa, muito obrigado a vocês dois! Nao fazem ideia do quanto estão ajudando!

Hol: não podemos mais ficar calados e deixar que aquele imbecil mimado continue maltratando os outros! - disse ele se levantando de sua cadeira e envolvendo o namorado em seus braços.

Bel: acho melhor irmos pras nossas salas, o sinal já vai tocar. Nos despedimos e fomos.

$$$$Quebra de tempo$$$$

Pov. Japão

Eu e o americano estamos de novo na biblioteca, esperando pelas outras vítimas. Não me importa quantos dias eu tenha que ficar nesse lugar, quero que todos que sofreram possam falar.

Três figuras pararam em frente a nossa mesa. Eram Taiwan, Peru e Bolívia. Nos cumprimentamos e logo começamos a gravar. Taiwan foi a primeira.

Tai: o Itália fazia o mesmo que com Holanda. Ele me batia se eu não fizesse o que ele mandava ou se tentasse falar algo. - logo foi a vez do Peru.

Per: o Itália geralmente pegava minha comida e até levava meu dinheiro! Ele dizia que eu estava gordo demais e que não podia comer... -finalmente foi a vez da boliviana.

Bol: bom, comigo foi só uma vez mais ele pegou pesado. Naquele dia eu tinha ido comprar uma pomada pro joelho do Argie e vi ele roubando alguns cigarros da farmácia. Ele me viu e esperou do lado de fora até eu sair...- a garota começou a fitar o chão com um olhar vazio. -  ele me puxou para um beco e me espancou, disse que faria de novo caso contasse pra alguém. Depois que terminou furou os pneus da minha bicicleta e foi embora. - eu estava horrorizada com o que ouvia. - eu fiquei no chão sangrando uns 40 minutos, não tinha forças, mas levantei e fui empurrando a bike até em casa. Quando cheguei meu pai me perguntou o que tinha acontecido, mas eu fiquei com vergonha de admitir que apanhei. Então eu disse que tinha caído da bicicleta numa ladeira depois que o pneu furou. - eu parei a gravação.

Ficamos espantados com o que ouvimos. Esse cara merece ir pro inferno! Logo o sinal tocou e os três saíram.

Ame: japa...

Jap: hum?

Ame: eu tenho uma ideia.

Jap: então fale.

Ame: eu quero espionar o Itália!

Jap: que??

Ame: sim! Você ouviu o que a Bolívia falou, ela viu o Itália roubando! Aposto que deve continuar fazendo isso. Se eu puder gravar ele roubando podemos usar isso!

Jap: tem certeza? Se quiser eu e o Alê podemos fazer isso.

Ame: não, eu quero fazer. - respondeu sorrindo. - você viu o que eles disseram, esse garoto precisa pagar por tudo que fez!

Jap: bom se é assim  nos três vamos fazer isso! - respondi e ele concordou sorridente.

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O Itália merece levar um tiro

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É isso! Beijinhos✨✨✨


















Sweet American BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora