Onde está você?

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Pov. América

Passei a noite em claro pensando em como estaria o Brasil agora... minhas olheiras estão um pouco aparentes, mas nada tão chamativo.

Saí de casa e começei a andar na direção da casa onde mora o sul americano e sua família. Ja são 11 horas da manhã. Liguei para o celular dele como havia feito mais cedo, mas não obtive resultado.Parei na frente da porta e respirei fundo. Apertei a campainha e esperei. A porta foi aberta revelando o pai do garoto.

Port: ahh, oi América! Tudo bem? - perguntou simpático.

Ame: oi senhor Portugal! Eu vim ver o Brasil! - respondi sorrindo.

Port: huh, eu pensei que ele estivesse com você ou com o Itália! - disse ficando confuso.

Ame: não, ele e o Itália terminaram ontem..

Port: nossa! Isso é uma pena! Aconteceu algo? Olha se aquele moleque fez algo pro meu filho pode me falar que eu vou pegar a espingarda  e...

Ame: pode ficar tranquilo senhor Portugal! Eu e o resto do pessoal já cuidamos dele! - disse cortando a fala do português, que pareceu se acalmar ao me ouvir. - então o Brasil não voltou pra casa ontem?

Port: não, pensei que ele tivesse na casa de alguém. Mas tenho certeza que logo ele aparece. Você sabe como o Brasil é.

Ame: está bem, eu vou ir atrás dele só pra ver se está tudo bem!

Port: se achar ele me avise!

Ame: pode deixar! Tchau senhor Portugal!

Port: tchau América! - Saí da frente da sua porta e voltei a andar na calçada. Onde raios esse menino se meteu?

Sentei no meio fio e tentei ligar pra ele novamente. Só deu caixa postal. Liguei pra japa perguntar se o Bra ligou pra ela ou deu algum sinal de vida. Ela disse que não. Liguei pro argentino e a resposta foi a mesma. Liguei pro Ale e foi tudo a mesma coisa. Talvez ele só precise de mais um tempo sozinho. Mas estou começando a ficar preocupado, a essa altura ele teria pelo menos ligado pra casa avisar onde estava.

Pov. Brasil

Acoredei com a luz cegante dos raios de sol batendo no meu rosto. Levantei meu tronco da superfície sólida e abri os olhos. Caramba! Eu dormi mesmo aqui? Olhei pra água lá em baixo e os acontecimentos de ontem voltaram a minha mente. Senti vontade de chorar mais uma vez, mas segurei as lágrimas. Olhei pro céu e o sol já estava alto. Deve ser perto do meio dia. Me levantei e fui na direção oposta à trilha. Preciso de mais tempo pra pensar. Não quero voltar e ter que me explicar. Isso seria doloroso.

Fui entrando na mata sem me importar  em olhar onde estava indo. Pensando em todos os momentos que havia dividido com o europeu de olhos verdes. Aquilo foi uma mentira. Ele era uma mentira! Mesmo que estivéssemos juntos por pouco tempo eu realmente sentia que aquilo duraria pra sempre. Mas fui enganado e agora estou em pedaços. Via a pessoa incrível que ele era, pelo menos era isso que eu enxergava. Mas no fim, acabou tudo sendo uma máscara que escondia um verdadeiro monstro. O amor realmente me cegou. Perdi meu amigo por causa disso.  Pensando nisso... O que teria acontecido se eu não tivesse visto o vídeo e tivesse ficado com o Itália?
Ele mudaria com o passar do tempo? Ficaria agressivo? Controlador? Eu não sei e nem quero saber. Talvez eu realmente tenha escapado das garras de um maníaco. Mas mesmo que as coisas sejam dessa maneira, a dor continua a mesma...

Parei de andar e olhei ao meu redor. Estava rodeado por altas árvores e não faço a menor ideia de onde estou. Minha cabeça está tão mal que nem dei importância a isso. Me aproximei de uma das árvores e sentei em suas raízes. Eu só queria que a dor desaparecesse. Sem nem perceber as lágrimas voltaram a escorrer dos meus olhos e eu apenas deixei elas caírem.
Abracei meus joelhos e continuei a chorar.

Fiquei nisso por um bom tempo, com vários pensamentos passando na minha cabeça. Meus olhos ficaram ainda mais inchados assim como o nariz, que já começava a escorrer. Provavelmente meu rosto também estava do mesmo jeito. Os meus olhos começaram a arder e a ficar pesados por conta do choro. Eu só deixei eles fecharem e caí na escuridão.

Pov. América

Já são as 18:00 horas. Desde que voltei pra casa eu fiquei com o celular na mão  esperando que o esverdeado me ligasse pra avisar que estava bem. Saí do meu transe por culpa do toque do meu celular. Peguei o aparelho rapidamente  e olhei para a tela.

Era o pai do Bra. Atendi a ligação.

Chamada On

Ame: oi senhor Portugal! O Bra já voltou pra casa? - perguntei esperançoso.

Port: não, ele ainda não voltou. Tentei ligar no celular dele mas não atende! Já estou preocupado!

Ame: eu também, mas até agora ele não deu nenhum sinal de vida!

Port: será que algo aconteceu com ele? - perguntou com um leve tom de medo na voz.

Ame: não pense assim! Eu vou achar ele!

Port: é sério? Muito obrigado América!

Ame : não precisa agradecer! Pode ter certeza que vou trazer ele pra casa! Vou ir agora mesmo!

Port: se cuide América! Tchau e boa sorte!

Ame: tchau senhor Portugal!

Chamada Off

Minha preocupação aumentou. Fui na lista de contatos e apertei onde dizia Japão. Coloquei o celular na orelha e esperei que ela atendesse.

Chamada On

Jap: alô?

Ame: japa! Preciso de ajuda! O Bra sumiu! - falei me exaltando.

Jap: ele não apareceu até agora? - a garota começou a ficar preocupada.

Ame: não, o pai dele me ligou agora e disse que ele não voltou e ainda não está atendendo o celular. Então nós iremos atrás dele!

Jap: então eu vou me arrumar. É melhor que a gente não perca tempo. Eu vou chamar o Ale e depois a gente se encontra na sua casa!

Ame: ok, seja rápida japinha, eu tô ficando muito preocupado.

Jap: okay, te vejo depois. Tchau Ame!

Ame: tchau!

Chamada Off

Larguei o celular na cama, fui até meu armário e peguei uma mochila.

Onde está você, Brasil?

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Espero que tenham gostado!

Mais 2 ou 3 capítulos e a fic acaba.

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É isso! Beijinhos✨✨✨




 

Sweet American BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora