Shikamaru
Dormiram naquela maldita sala de tecidos, seu corpo doía como nunca. A raiva que consumiu seu corpo quando ouviu os gritos desesperados de Sakura ecoarem pelos corredores eram avassaladoras. Kakashi o segurou para que não saísse e invadisse o maldito quarto em que Kurenai a tinha presa, foram minutos que pareciam horas. Não havia tortura maior do que saber que sua amada estava sendo torturada como um animal.
Kakashi tinha o rosto impassível, e como ele, tinha puro brilho de ódio e revolta nos olhos. Faria com que aquela mulher pagasse cada coisa que havia feito a Sakura.
Shikamaru não era de subjugar ou castigar, gostava de ter Sakura apenas com as marcas quentes que lhe foram afligidas em sua delicada pele, mas Kurenai havia tomado um enorme espaço em seu desejo de vingança. Faria questão de ele mesmo torturá-la pelo fio de sua espada e matá-la lentamente.
Quando os gritos doídos dela cessaram, seu gemido ecoou logo depois e os fez rosnar de raiva. Shikamaru sabia melhor que ninguém o que ela estava fazendo, já passou dias completamente dependente daquela mulher e desejando estar apenas ao seu lado. Cruel, narcisista. Sua vontade de diminuir as pessoas por puro prazer o causava repulsa, era um ódio que esquentava seu corpo com força.
Esperaram a hora do almoço chegar, dali, podiam ouvir os barulhos das panelas baterem com força e os murmúrios dos trabalhadores do castelo. Tudo tão silencioso era completamente diferente de quando moravam ali, ouviram Kurenai gritar do outro lado da porta, provavelmente para algum dos empregados que havia feito algo de errado.
Shikamaru abriu a porta devagar, o corredor vazio, dava acesso ao calabouço e ao grande salão. Não estava mais suportando esperar ali, era uma cruel tortura.
— Eu irei primeiro, esperarei ela chegar no quarto e a pegarei. — Disse abrindo a porta devagar. — Passe no calabouço e pegue a pá, você sabe qual é.
Kakashi sorriu maldoso, sabia que, depois do dia que ele havia colocado Kurenai de joelhos ele havia mudado nessa questão. Minimamente, não era perceptivel para Sakura, mas para ele que, sempre partilhou de suas sessões com outras mulheres, podia notar a diferença.
— Não se preocupe com isso, levarei o necessário. Ela desejará nunca em sua vida ter tocado em Sakura.
Shikamaru assentiu e aproveitou a pouca movimentação, passou devagar ainda vestindo a longa capa preta. Subiu pelas escadas de cima do calabouço e abriu a primeira porta em busca de encontrar o lugar onde ela se acostumou a dormir depois que abandonaram o castelo.
Sorte de principiante, ela havia escolhido o quarto da falecida esposa de Jiraiya. Entrou devagar e fechou a porta atrás de si, abriu as gavetas sem se dar o trabalho de procurar por Kurenai, já que ainda berrava dentro da sala de refeições. Uma comprida corda que costumava prender as cortinas do quarto estava no fundo da gaveta, Shikamaru sorriu para si mesmo e a retirou dali.
O resmungo em suas costas o fez pular, não havia visto ninguém quando entrou e devagar, segurou firme a corda em sua mão andando em direção ao outro lado da cama.
Não queria tê-la visto.Encostada sobre a cama, estava sentada no chão. Seus olhos encaravam alguma coisa que era impossível de ser vista, a fita com uma pequena bola estava presa em sua boca e ela tinha sua pele das nádegas tão vermelhas feridas, que, se continuasse sentada sobre o chão, adoeceria.
Shikamaru se lembrava desses olhos perdidos, passou mais de um mês tentando fazê-la voltar a sã consciência. Pegou seu pequeno corpo no colo e ela se assustou, tentou não tocar em nenhuma das feridas que cobriam suas nádegas, era difícil.— Meu amor... — Ele não suportava ver ela naquela posição, era sempre dona da própria razão e tão cheia de vida. Duvidava que se lembrasse se quer dos próprios filhos. — Ninguém nunca mais a tocará assim, eu prometo isso a você.
Seus olhos verdes estavam tão apagados que acreditava que ela não podia ouvi-lo. Mas ainda assim ela o fixou em sua direção, juntou as mãos no corpo e se encolheu sobre a cama. Shikamaru retirou a bola que lhe impedia de falar e beijou seus lábios com doçura, ele cobriu seu corpo nu com os lençóis e se levantou.
Esperou atrás de sua porta, até ouvir suas risadas em direção ao quarto. A porta abriu com velocidade enquanto se colocava dentro do quarto.
— Hora de brincarmos, boneca. — A bile subiu no estômago dele, foi o momento certo.
Ele esticou a corda e colocou sobre a boca dela, Kurenai se debateu com força até que conseguiu derrubá-la no chão. Aproveitou a corda e a puxou fazendo com que se curvasse para trás, puxou uma mão de cada vez e as amarrou nas costas. Sem poder gritar ou se mover, não tinha mais como fugir. Puxou o restante da corda e passou pelo seu pescoço, sem poder respirar, ela se debatia o olhando com espanto e ódio.
Shikamaru pegou a bola que ainda tinha parte da saliva de Sakura e deixou com que Kurenai visse o brilho. Apertou ainda mais o aperto em seu pescoço até que ela revirou os olhos e caiu com o corpo mole de lado.
Soltou as cordas rapidamente e como ela já havia feito em seu corpo e lhe ensinado, a passou por seu pescoço, deu a volta por seus seios, os apertou e deixou tão redondos e expostos que ficariam parcialmente roxos.Deu a volta por suas costas e com firmeza fez um nó, a virou de frente, passou as pontas por seus joelhos e prendeu suas mãos nas sobras da corda fixa em seu joelho.
Virou seu corpo de bruços, exposta, bastava apenas levantar a saia de seu vestido para que visse sua nudez. Ela não faria mal a ninguém mais assim.
-x-
Kakashi
Saiu logo após seu amigo, seguiu em silêncio atrás das portas de seu calabouço. Entrou rápido, como se nunca tivesse passado por ali. Abriu as últimas portas e seguiu para os ganchos que pendiam seus chicotes e as pás de diferentes pesos e formas.
Pegou a pá que com pequenas elevações, se assemelhava com um batedor de carne. Seu amado chicote de fios compridos e o de equino com um pequeno pedaço de couro na ponta. A faria sofrer desesperadamente.
Saiu em direção a as escadas, com cuidado, subiu silencioso e com extrema cautela. Abriu a porta do quarto de sua falecida mãe, e seus olhos brilharam ao ver o que seu amigo havia conseguido. Não chegou se quer imaginar que chegaria a esse ponto, olhou pelo quarto em busca dele e o encontrou com Sakura em seu colo.
Largou seus pertences no chão e se aproximou, ela tinha os olhos roxos e fundos, sua pele estava judiada e com feridas profundas. Kakashi puxou seu rosto com cuidado e não viu o brilho que sempre amou em seus olhos verdes.
— Me dê a espada, Kakashi. — Shikamaru pediu firme.
Deu um breve beijo nos lábios de sua amada e soltou a espada que havia preso em sua cintura depois de tê-la roubado na festa.
Shikamaru a pegou a espada com seriedade, entregou sua amada para ele, seguiu para onde Kurenai permanecia desacordada e com a espada rasgou as partes de seu vestido. Passou o trinco na porta e terminou de puxar as sobras de tecido, nua e amarrada no chão, Kurenai abriu os olhos devagar.A bola impedia que fizesse mais do que salivar tentando falar, escorria por sua bochecha com os olhos espantados. Shikamaru apertou seu pescoço e puxou seus cabelos para trás, tirou o laço que prendia o seu próprio e amarrou os dela.
— Não se preocupe, só quero a visão de seu rosto limpa. Hoje se arrependerá de ter feito isso com a minha mulher.
Kakashi que a segurava depois de seu amigo lhe dar seu corpo fraco, deitou Sakura na cama e se levantou, se aproximou de seu rosto molhado e puxou seus cabelos presos.
— Muito melhor para segurar, Shikamaru. — Ele havia se superado. — Nunca mais fará isso a ninguém, deveria ter me deixado tirar sua vida da primeira vez.
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Destrua-me - Parte 4 - Kakasaku/ShikaSaku
FanfictionEla sumiu, depois de finalmente poder estarem os três juntos, achar seu corpo seria fácil... Achar sua mente, seria outra história.