Bom, chegamos ao fim. Queria agradecer primeiramente a Juliana749974 Por estar sempre comigo e me incentivar a terminar esse xodó que me rendeu muitos bans no Spirit. E a dona ohannasan por me dar a ideia linda da fic Um grande pagamento, o primeiro livro dessa sequência. E agradecer a todos que leram, riram odiaram e amaram essa história. 🌷✨
Sakura
O grande campo se estendia até o fim do vale, as montanhas faziam um oásis particular com direito a um pequeno lago. A casa ficava na parte mais baixa do campo e tinha uma pequena horta apenas para que alimentasse a própria família. Longe de qualquer coisa que pudesse tirar sua paz e finalmente felicidade, observava os limites do campo, onde seus quatro amores riam e brincavam aproveitando o fim daquela tarde quente.
A brisa leve passava por seus cabelos agora curtos, não precisava se esconder ou mostrar a ninguém o quanto era uma mulher contida e recatada. A paz de viver ali não tinha preço, construído por seu sogro que depois de descobrir sobre as atrocidades que sua ex-companheira de algumas aventuras havia feito.
Seus braços se mantinham enrolados em uma pequena menina de olhos verdes, com os cabelos pretos como os do pai, choramingava inquieta querendo se perder no meio do campo junto com os meninos que brincavam de luta entre si.
O calor que seu peito tinha desde que finalmente se estabilizaram ali, após todo aquele massacre foi a luz no fim do túnel. Aquele lugar era protegido tanto pela vila de seu sogro que voltou a viver no castelo quanto pelo lorde Itachi que, depois da noticia de seu amado que a mulher que ele amava estava viva graças a ela, prometeu ajudar na proteção de sua finalmente paz.
De longe via Akumi com um grande bico, enquanto tinha que esperar Hiroki conseguir derrotar seus pais apenas com uma espada de madeira e um escudo que haviam feito. Suas brincadeiras brutas faziam com que tivesse que segurar firme Shiori nos braços.
No dia em que finalmente foi salva pelo pequeno homem que tentava lutar sendo lançado entre risos e urros de raiva ao chão, não quis ver o que havia acontecido a mulher que a maltratou e usou como brinquedo. Não tinha como explicar a ele o sentimento que a cercava com toda aquela situação, mas sabia muito bem que os três que estavam no quarto florido quando acordou entendiam perfeitamente.
Kurenai havia drenado sua vida de uma forma que não achava possível, parecia que em todo o seu ser existia apenas ela e que nada e nem ninguém poderia lhe dar mais do que aquilo que recebia, claro que no fundo de seu interior tinha a certeza de que nada daquilo estava certo e de que não deveria estar ali, mas ela conseguia resgatar as pequenas memórias de seu ser quando estava ali.
Soube como foi seu fim e imagina o quanto deve ter sido para Hiroki ter tirado a vida dela antes de vê-la queimar, mas sentia um imenso orgulho de saber que havia deixado de considerar Kurenai desde que sua família o raptou para dar o amor que ele tanto merecia. Agradecia aos deuses por ele não ter puxado um traço sequer de sua mãe verdadeira, carinhoso e compreensivo, a ajudava sempre e como podia — tirando suas fugas para se aventurar pelas vilas no meio da madrugada.
Não tinha nada em sua vida que quisesse mudar, o companheirismo entre Kakashi e Shikamaru continuava o mesmo e depois que Shiori nasceu não havia nada no mundo que os fizesse brigar — tirando a pequenas discussões para saber quem era o pai daquela vez. Jurou para si mesma naquela época que sumiria com seus filhos para longe dos dois se continuassem com toda aquela confusão, mas ainda continuavam as sutis alfinetadas e mesmo assim se aceitavam e se ajudavam.
Em sua varanda brincava com a pequena de cabelos pretos em seu colo, naquele dia fazia exatamente dois anos que haviam saído do castelo e começou a tirar aquele único dia como apenas para ela, seus filhos junto com os dois homens que mais pareciam duas crianças quando queriam, cuidariam do jantar e daria a ela a folga que sempre precisava para não enlouquecer nesse dia.
Depois de sua partida, quase oito anos depois, seus pais enviaram uma carta. Ainda estava no castelo e apenas a deixou onde estava. Mesmo que o casamento que foi arranjado para ela tivesse dado certo e frutos, tinha ainda a mágoa de nunca terem se importado para saber como ela estava. Kakashi sempre liberou sua ida a eles e nunca escondeu nada dela, mas a falta de interesse e mesmo depois do nascimento de Akumi, não teve qualquer noticia deles.
Não queria estragar a paz que tanto demorou para ter, Sakura sofreu muito com o passar dos anos em que se tornou uma mulher casada, não se arrependia de ter conhecido Kakashi e muito menos Shikamaru, por mais que as circunstancias fosses terríveis para os determinados momentos. Colocou em sua cabeça que ninguém além da família que construiu ali devia saber sobre a felicidade e estabilidade que encontraram, não importava quem poderia ser, sua família estava ali. No amor que via nos olhos escuros dos dois homens que hora ou outra olhava do limite do campo em direção a varanda.
Amava desesperadamente Kakashi, e a loucura que foi aceitar o amor que também desesperava seu coração por Shikamaru, deixou seu mundo completo. Receber Hiroki como filho foi apenas um bônus em sua vida, Akumi e Shiori eram junto com o mais velho, a razão de seu viver.
Sakura colocou a pequena no chão e ainda com os passinhos cambaleantes a seguiu enquanto ia em direção a bagunça que os homens faziam mais a frente. Na guerra de força que agora travavam, Kakashi se jogou no chão com Hiroki e Akumi pulou nas costas de Shikamaru tentando derruba-lo. Mas o moreno vendo a aproximação das duas colocou o pequeno de agora seus sete anos nos ombros e correu em direção de Shiori que gritava por ele tentando correr por entre a grama alta.
Kakashi jogou o mais velho para o lado e deixou o corpo apoiado nos cotovelos enquanto observava sua aproximação, ele havia desistido de sua máscara e sorriu abertamente depois que viu Shiori dar apenas um beijo no rosto do pai e se jogar no chão para correr em sua direção.
Shikamaru bufou com a cena e depois de colocar Akumi no chão enlaçou sua cintura para poder beijar seus lábios, Sakura riu por causa da competição boba pelo amor dos filhos. Era algo bobo que eles pegaram o costume com o tempo, mesmo tendo que chamar a atenção dos dois constantemente, acabava rindo das caras feias que um fazia pro outro.
— Quando ele vai aceitar que Shiori é mais minha que dele? — Shikamaru bufou acompanhando seus passos devagar até onde a garotinha ria e se jogava junto com Akumi em cima do pai.
— Quando você aceitar que Akumi e Hiroki são mais dele.
— Jamais.
Sakura riu enquanto os dois pequenos corriam em direção ao moreno, se sentou ao lado do homem que sempre esteve do seu lado e ele a abraçou devagar. Hiroki se levantou revirando os olhos e correu para pegar Shiori antes que se machucasse.
— Reclamando de novo sobre Shiori?
— Sempre.
Kakashi riu e girou seu rosto com a pontas dos dedos, tomou seus lábios e invadiu os limites de sua boca lentamente.
Não havia certo e errado em sua casa, e nunca precisou explicar para seus filhos que o amor entre os três era algo que jamais acabaria ou quebraria. Viviam em paz como qualquer família com um pouco da felicidade que se deixavam ter, amava os dois e eles a amavam da mesma forma. E independente de como viviam, seus filhos nunca mais choraram por nada que os pudessem machucar como antes.
Finalmente uma grande e completa paz, observando a linda família que havia construído com a mesma pessoa que esteve com ela desde o começo, Kakashi a abraçou enquanto ela observava seu outro amor brincar com seus filhos, Shikamaru sorriu de volta apertando a pequena nos braços e era assim que deveria ter sido desde o inicio e era assim que iria terminar.
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Destrua-me - Parte 4 - Kakasaku/ShikaSaku
FanfictionEla sumiu, depois de finalmente poder estarem os três juntos, achar seu corpo seria fácil... Achar sua mente, seria outra história.