Cavaleiro Cibernético

Final de Arco

Durante as férias que Verônica estava esperando, ela resolve ir até a base da Anarquia, onde os irmãos estão sendo mantidos prisioneiros. Ela resolve dar uma festa num shopping center local ajeitando tudo no que a mais recente filha dela possa querer, ainda entristecida e se recuperando do trauma de ter perdido os pais.
Tudo está decorado de vermelho e rosa, as crianças que vieram à festa vestiram-se formalmente, com exceção dos filhos de Verônica que estão com roupas casuais... Enquanto a própria verônica, está de cabelos presos e um longo vestido roxo escuro muito lindo. Para a tristeza dela, o Cavaleiro Negro jurou que não iria participar da festa, ficando no estacionamento comendo lanches. As crianças logo foram para os arcades, a mãe deles observava tudo ao fundo.
Ela usou o elevador e foi para o andar de cima, chamando a atenção de todos.

—Um momento por favor, assim que eu terminar podem continuar as suas vidas e boletos que tanto se preocupam em pagar mas estão aqui comprando produtos demasiadamente falsos! Me alegro em lhes informar que conseguimos recuperar este mês, cerca de meio milhão de euros que os corruptos tanto nos roubam e devolvemos tudo à vocês. A economia está subindo muito desde que eu assumi a secretária da presidência... - Disse ela fazendo novamente o truque dos óculos brilharem como faróis, então um anão apareceu e causou risos no público. -O presidente de vocês não passa literalmente de um cão adestrado, não é mesmo?

O anão de cabelos compridos como se estivessem sendo cuidados como os de um collie, vestido também formalmente com terno e gravata e monocelha, estava latindo e mostrava a língua pra fora... Este era o presidente Francisco, antes de virar o cachorrinho de Verônica.

—Felizmente esse bandido corrupto não estará mais em suas eleições, mas eu gostaria de assumir a presidência, visto que provei que não só a França, como o mundo precisa de mim. Levantem as cortinas, o show está só começando...

Matt e Vert foram trazidos da base da Anarquia até o local, estavam acorrentados à uma parede...

—Estes são os dois dinamarqueses que estão vendendo bombas atômicas para terroristas.

Vert então entrou em desespero e angústia, afirmando:

—Eu não vendo as armas, apenas fabrico! Você não pode condenar o metalúrgico que fez a arma pelo que o bandido que a conseguiu de forma ilegal fez com ela!
—Você tem razão... Mas que tal vermos o que você falou ao vivo diante uma câmera sobre o terrorismo?

E no telão, apareceram imagens de Vert ao lado da limousine.

—Este vídeo é de quando? - Perguntou Matt.
—Daquele dia com a sua amiguinha.

Uma mulher de cabelos negros, estava de costas à câmera usando um microfone para falar a distância com Vert.

—Ei, Vert White!
—Diga que eu te escuto.
—O que você acha sobre a guerra na Síria?
—Estou pouco me f******! - O vídeo censurou o palavrão.
—Diga de novo, por favor.
—Estou pouco me f******.
—Qual é a sua posição sobre o conflito?
—Por enquanto me mantenho neutro.
—Você não apoia ninguém, mesmo?
—Eu estou torcendo pra quem ganhar.
—Qual a sua posição sobre o crescimento significativo do lucro da empresa sobre essa guerra?
—Eu não me importo... Estou torcendo pra quem ganhar, ao mesmo tempo que estamos financiando a guerra, nós estamos tentando fazer nossa parte para que ela consiga acabar rápido.
—O que acontece se a guerra pender ao lado da Síria, Irã, China e Rússia?
—Nesse caso, nós iremos apoiar a oposição.
—Por que? Você não era neutro?
—Esses muçulmanos são terroristas. Esses islamistas que não conhecem a "Deus".
—Mas vocês estão vendendo armas para eles.
—E eu vou fazer o quê? A empresa não pode entrar em crise financeira!
—Você sabe que esses muçulmanos não são terroristas, não é? São apenas a parte dos extremistas, existem islamistas que conheço totalmente diferente do que você definiu... - Vert perdeu a paciência e se aproximou da moça.
—Você é uma daquelas feministas chatas, não é? Vai a merda! Você e toda a esquerda, Deus só existe um! Você está defendendo estes terroristas que matam por Maomé, não tem o mínimo respeito a família tradicional.
—Você sabe que é xenofobia e intolerância religiosa, não é?
—Vai a merda!
—Sabe que não existe apenas a sua religião, não é? Eles creem em uma divindade assim como a sua.
—Meu Deus é puro amor!
—O que os extremistas religiosos estão fazendo é a mesma coisa que os cristãos fizeram na época da inquisição.
—A inquisição foi necessária para nos proteger deles, desse falso deus que eles creem.
—Então, você disse que era neutro... Como você pode ser neutro se está claramente chamando pessoas que não haver com a guerra, só seguem uma religião em comum de terroristas?
—Quer lacrar? É isso?
—Não, eu não estou querendo lacrar, eu vim querendo saber a sua opinião.
—A minha opinião é que você deveria ir se f**** pra lá e procurar um pinto, feminista do c******!
—É isso o que você tem a dizer sobre as crianças que estão morrendo por causa do seu armamento nuclear?
—Vai se f****!
—É isso o que tem a falar pra elas?
—Vai se f****!