Cavaleiro Cibernético

Epílogo

—Libere a BNR. - Disse Verônica para a base.

A batalha contra o exército, marinha e aeronáutica francesa duraram bastante tempo até que a Anarquia aos poucos começa a recuar, o governo acha que é uma vitória... Mas a tal Bomba NR foi ativada e todos os alvos não-vivos que foram pegos por ela foram desintegrados, como roupas, prédios e armas, de restante apenas os soldados sobreviveram, prometendo e cumprindo o motivo do nome ser bomba de nêutrons reversa. Os anarquistas voltaram ao combate e como era de se esperar... Sem armamentos e em campo aberto, eles foram rapidamente massacrados pelos anarquistas. Jatos e helicópteros? Todos desfeitos. Paraquedas? Desfeitos. Não tiveram nenhuma misericórdia em matá-los. Essa culpa cai por cima de Caçador e Matt, que poderiam ter evitado tudo aquilo se não fosse a negociação, por isso, o povo francês nunca esqueceria dessa guerra civil, os anarquistas pegaram Vert que estava mortalmente ferido, mas Silver teve um plano. Ele comanda seu povo para colocarem-no em sua base, ele terá uma utilidade mais para frente.
A Baronesa rastreia os dois, estão indo para o litoral através dos esgotos.

—É agora que tenho que te pagar, não é? - Perguntou Matt.
—Sim, ou explodo seus miolos. - Respondeu o Caçador.

Ambos foram num caixa eletrônico, Matt colocou seu email, Caçador passa um cartão-clone fantasma, e todo o dinheiro prometido foi transferido para a conta anônima do mascarado. Nesse curto prazo de tempo, a conta bancária dele ficou online nos servidores da França.

—Interessante... - A Baronesa sorriu enquanto alisava o queixo.

Neste prazo de tempo na internet, Matt chamou a polícia dinamarquesa. Enquanto passavam na rua para ir de lugar ao encontro do helicóptero, ele viu uma figura negra com capuz quase como uma assombração, em seu dedo havia um anel que marcava a constelação de dragão.

—Que belo anel, senhor. Onde o comprou?
—Eles não estão fabricando nesse momento.
—Ah, obrigado. - Ele sentiu o ar ficando frio repentinamente.

Depois da conversa, o Caçador largou Matt e foi embora do próprio jeito dele.

—Está na hora de ir, minha carona chegou. - Disse o mascarado assobiando para um helicóptero e pedindo carona com a mão. - Taxi!
—Mas e eu!?
—Se vira, meu fi.

Ele segura na corda do helicóptero e voa para longe. Os anarquistas continuam procurando por Matt pelas ruas, até que um aparente morador de rua pega Matt por trás.

—Quem é você!?
—Sou a reencarnação de Cristo, você não deveria estar nas ruas em um momento desses.
—É que eles estão me procurando. E que papo é esse de reencarnação? Tá louco nas drogas?
—Eu sei quem é você. Matthew White Nert, ativo na política como armamentista.

Eles tentam andar apressadamente, mas ele teima.

—Eu não vou confiar num drogado.

Foi então que o homem lhe soltou e Matt pôde vê-lo olhos nos olhos.

—Eu me chamo Heitor. Sou médico.

Heitor era um pouco menor do que os 1,88 de Matt, chegando à exatamente 1,80, ele tinha olhos verdes e cabelos castanho-claro, pele rosada, utilizava roupas que lhe deixavam parecido com um mafioso, um chapéu máfia preto com uma linha branca e um cachecol branco sobre o pescoço, uma longa gravata vermelha e luvas brancas na palma e pretas por trás.

—Nunca ouvi falar de você.
—Eu compreendo, eu não sou do tipo famoso. O que está fazendo aqui? A França é território dos anarquistas.
—Eu fui sequestrado.
—Você está ferido?
—Um pouco.
—Mostre.

Matt não confiava tanto naquele homem, mas ele mostra os hematomas que estão em seu corpo desde sua captura. Heitor retirou as luvas e passou a analisar com as mãos as feridas.

—Você vai ficar bom em breve. - Disse Heitor sorrindo enorme carisma.
—Você pode me ajudar?
—É claro que sim, o que precisa?
—Eu perdi um dos meus aparelhos auditivos no caminho para cá, preciso que me ajude a dialogar com as pessoas daqui.
—Claro que te ajudo.

Foi então que eles cruzaram boa parte da França a pé, Heitor sempre estava andando com seu sorriso confiante no rosto. Se não fosse por ele e sua tradução de francês, Matt não saberia por onde ir ou com quem falar, Matt é pego pelo resgate, mas não é sua empresa que atende, e sim a Interpol lhe oferecendo ajuda. Matt e Heitor se despediram fazendo um joia.

—Nós rapidamente notamos a guerra civil, interceptamos o seu pedido de ajuda. Está ferido? - Perguntou o oficial.
—Sim, mas já pedi para um médico ver os ferimentos e... - Disse ele enquanto levantava suas roupas para mostrar os hematomas. -Sumiram, haviam um monte de hematomas e lugares inchados, todos sumiram!

 Enquanto isso, na base da Anarquia...

—Interessante... - A Baronesa está vendo em sua tela uma misteriosa tempestade de nuvens vermelhas acontecendo na Grécia. Este fenômeno não acontecia há mais de dois mil anos. -Isto realmente não é um fenômeno natural...
—Os cientistas estão chamando de "Mancha Vermelha da Terra". - Disse Silver.
—Há muita coisa aí...
—São apenas ventos.
—Não... É uma força da natureza. - Disse ela retirando os óculos.

Semanas depois, o Caçador em algum lugar do mundo, visita sua filha adolescente que chega lhe abraçando.

—Oi meu amor, sentiu saudades?
—Sim, pai. Eu amo você.

Sua filha tinha cabelo crespo enorme, era uma moça inteligente que se dedicava nos estudos, atingia menos de 1,65 de altura, vestia um jeans branco e uma camiseta rosa, enquanto o gêmeo dela olhava tudo por baixo da cortina. O Caçador retira seu chapéu e mascara. Nesse momento, a ex dele chegou.

—O que veio fazer aqui!?

Ela acabou com o momento de felicidade dos dois que aos poucos se separavam do abraço.

—Toma aí! - Disse ele jogando uma mochila perto dos pés da mulher.
—O que é?
—O dinheiro da pensão, dinheiro para vocês pagarem as contas, e também o dinheiro para pagar a faculdade da Núbia.

O Caçador beija a testa de sua filha. Sheila, a sua ex mulher pega o dinheiro e leva para casa. Nesse momento começa a chover, ele protege sua filha com sua capa, eles andaram pelas ruas e chegaram num playground, ele empurra sua filha em um balanço. Eles aproveitam o momento que não tiveram na vida, Núbia recebe um empurrão tão forte que faz uma volta inteira ao redor do brinquedo. Os dois se divertem durante a chuva. Núbia com toda sua tristeza guardada no peito, pega nas mãos de seu pai e diz:

—Eu senti saudades, papai.

Ele, emocionado pelo momento, olha no fundo de seus olhos e diz:

—Eu também senti, filha. Eu também...