Operação Brasil pt2

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A Baronesa e Silver se encontram na base.

—Nossa, tão bonita hoje. Vai sair para algum lugar especial?
—Apenas gosto de me vestir bem.

Ela está com um vestido longo com cores separadas na diagonal, na parte superior tem preto e na debaixo roxo bem forte, as alças fazem um "X" e há um pequeno decote nas costas.

—Parece até que vai seduzir alguém. Já apareceu algum gado nas redes sociais?
—Não sou do tipo femme fatale. Sou que faço o meu próprio tipo de mulher, que sabe exatamente o que quer.
—Está tão obcecada pelo trabalho, não quer ir numa balada?
—E me drogar? Eu não quero estragar o meu corpo, quando morrer, quero doar todos os órgãos no melhor estado possível.
—Isso que é visionária, já pensa o que vai acontecer mesmo depois da morte.

O Autor também...

—Ter este corpo não é mole, quase desenvolvi anorexia.
—Ah quê é isso? Para, você é linda. - Ele conseguiu arrancar um breve riso de sua amiga.
—Por que conversar contigo sempre levanta minha estima?
—Não é isso que os verdadeiros amigos fazem? - Aquele momento que o Autor faz uma indireta para as pessoas que conheceu. -Ao invés disso, alguns tentam melhorar a sua aparência, como se fosse significativo para sua vida.

Você percebe que o Autor está sentimental quando ele faz indiretas para pessoas que (Im)provavelmente nem vão chegar a ler estes trechos.

—Pois é... A grande hipocrisia de quem diz não julgar os outros pela aparência e está rindo da pessoa, tão comum nas redes sociais encontrar alguém tão sujo.
—Estamos falando de redes sociais? Achei que eram de nerds da direita.
—Oh, esses são os piores. Interpretam quadrinhos com o mesmo entendimento que uma pedra teria.
—Isso é bullyng! Está zoando as pedras? - Eles gargalhavam. A Baronesa ao parar de rir, abraçou fortemente Silver.
—Oh, que fofo... Mas o motivo desse abraço foi apenas por uma piada?
—Eu já estava querendo te contar... - Ela se afasta de seu amigo e fica com cara de entristecida, cruzando os braços e olhando para os lados. -Hoje de manhã, fiz gás do riso para as crianças brincarem amanhã... Eu pedi para uma pessoa daqui me ajudar a colocar no armazém.
—Inalou?
—Sim, eu dei permissão para ele abrir um pouco e acabou deixando o gás inteiro vazar na sala fechada. Ele riu como louco.
—E o que tem? Tinha algo errado no gás e ele passou mal?
—Não... Quem está mal sou eu, tinha algo de errado comigo.
—O que aconteceu?
—Nada aconteceu. Eu não ri... Eu passei tanta tristeza na vida que não consigo rir mais, por isso estou valorizando tanto meus momentos com você.

Essas palavras foram muito tocantes para Silver

—Só não fica carente. - Disse ele abraçando-a por trás.

Os óculos caem de seu rosto, ela tenta pegar com sua mão esquerda e acaba jogando para trás, ambos se separam.

—Droga de miopia. - Ela olha para o chão tentando achar.

O óculos acaba caindo entre os dois, V consegue avistá-lo.

—Deixa que eu pego. - Disse Sylvester.

Os dois se abaixam e colidem as testas um no outro.

—Não é possível, você me tira do sério! - Ela se abaixa novamente pegando os óculos. Ambos olham um pro outro. -Parecemos como antigamente.
—Saudades de ser criança. Saudades do que a gente ainda não viveu.
—Filósofo contemporâneo. - Disse mudando para o tom de ironia enquanto ela se levanta.
—E o Cavaleiro Negro? Não estão mais se falando muito.
—Terminei com ele. - Leia The Dark Legend: Me diga porquê!

De volta ao esquadrão. Matt se sentiu curioso.

—Aí, Ibrahim. Sua metralhadora atira laser ou foi impressão minha?
—Laser? De onde tirou isso? Os projéteis apenas tem cor amarela ao atirar. Deve ter sido um efeito de ótica, os tiros são normais.

Cavaleiro CibernéticoOnde histórias criam vida. Descubra agora