2013: EACSN

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Depois de muitos anos desenvolvendo tecnologia para o exército e ter largado os pais, Matt seguiu sua carreira focando em cursos profissionalizantes, já sabia falar quatro línguas: inglês, espanhol, dinamarquês e o mais difícil, o português. O próprio construiu sua empresa em oposição ao que ele próprio faz, uma empresa de Reparos, assim ele ganha dinheiro ao invés de perder com a própria bagunça. Seus maiores projetos eram sobre armas, ele aparenta não ter noção do que fala em discurso, sempre metendo piadinhas de xenofobia sempre que pode.

—Disse uma vez, um cara que não sou muito fã: Ser amado ou odiado? 

Um painel de bombardeios é mostrado atrás dele.

—Creio que ser odiado. Ódio é uma coisa simples, você só precisa jogar a sua opinião na internet e um bando de idiotas vão querer dar "piti".

Ele olhou para a plateia e viu uma mulher da religião do islã.

—Você aí, eu estou vendo seu pé safadinha.

Ele fez uma cara maliciosa, todos os empregados e sócios rindo da cara dele. Todos igualmente xenofóbicos.

—Muito bem, voltando aos assuntos... - Ele bebe uma taça de vinho. -Por que estamos aqui? Como sabem, o crime aumentou muito no mundo após as armas de fogo, então... Que tal criarmos uma defesa contra elas? Eu lembro... De quando meus pais foram assassinados naquele beco, que noite trágica.

Os empregados fizeram cara de pena para a rede nacional.

—Então, eu estive desenvolvendo a EACSN: Exo-Armadura de Combate e Sobrevivência Nuclear. Esta armadura contém um esqueleto mecânico que aumenta em cinco vezes as capacidades físicas do usuário, pretendo vender ela livremente no mercado por um preço acessível.

Matt começa a olhar para o teto que se modifica, mostrando trechos de guerras pelo mundo através da história. Guerra no Paquistão e na Síria são destaques fundamentais de sua alienação.

—Somos mais do que humanos, vocês percebem que estamos até hoje na Guerra Fria? Nós precisamos de armamento nuclear para garantir que nossos filhos sobrevivam até ficarem adultos, hoje por causa dos americanos que disponibilizaram tal conhecimento, todos estão aprendendo à fazer bombas atômicas! E como a Primeira Guerra Mundial começou? Com a morte de um político... Agora imaginem, se os Estados Unidos perdem algum prefeitinho, e colocarem a culpa em nós!?

Ele consegue colocar medo em seus ouvintes, convencendo-os com uma solução imaginária para uma situação inexistente.

—Ainda não é hora disso, me deixem terminar... Quem irá nos defender? Não temos um superhomem... Mas podemos ter e ser nossos próprios heróis! A armadura contém seis slots de armas na perna, duas são de pistola que ficam na altura da cintura, duas para revólver na altura do fêmur e duas para submetralhadoras nas canelas, além de ter um cinto apenas para granadas, nas costas há três slots, uma que fica na parte inferior para espingarda, as outras duas que fica no ombro direito para sniper e outra, recomendo armas mais pesadas. Podem aplaudir.

Muitos aplaudiam, outros poucos nem demonstraram interesse naquilo.

—Sobre a armadura: Ela contém interface para baixar dados, regulamento térmico para o ambiente, ela conta com luvas e botas de borracha para isolar a eletricidade.

Uma repórter perguntou:

—Do que ela é feita?
—Tungstênio com revestimentos de Grafeno, além de usar pouca borracha para isolar eletricidade como antes dito. O Tungstênio é ótimo contra radiação e contra projéteis, assim como é um material que tem as suas resistências e também uma incrível dureza.
—Quanto vai custar?
—Eu fiz os cálculos em dólar americano, vai dar entre $3.000 à $6.000 mas em compensação você estará à salvo num apocalypse nuclear.

Cavaleiro CibernéticoOnde histórias criam vida. Descubra agora