Capítulo 2

639 71 19
                                    

Uma ótima leitura

[...]

P.O.V ARIZONA ROBBINS

Após a festa, que em minha humilde opinião deveria ter durado mais, eu e Calliope viemos para nossa nova sala. Pelo menos nossos pais tiveram amor a minha vida e colocaram a mesa dela longe da minha. Imagina só, ela puxa uma faca e só aponta pro lado e eu caio morta... senti até um frio na barriga após esse pensamento. Era o primeiro dia, porém já haviam altas propostas para mim e olhando para frente, onde se localizava a mesa de minha querida também presidente, Calliope também tinha vários casos para ela.

Eu queria poder defender todas essas pessoas, porém não posso. Escolho os mais relevantes para mim e os não-escolhidos deixo do lado esquerdo de minha mesa. Callie parece fazer o mesmo, porém eu não sabia qual era a pilha que era relevante para ela. Volto a prestar atenção na minha pilha e pego o primeiro caso para começar o ciclo. "Kaitlyn Dever, 16 anos, denunciou seu pai por abuso sexual." Mais um para a cadeia.

Em sua papelada dizia que Kaitlyn era abusada sexualmente pelo pai desde os seis anos até os doze. Aos dezesseis, cansada dos abusos ela contou para sua tia, com isso logo foram até a polícia. O quão ruim deve ter sido isso. Após isso, o pai fugiu com a irmã mais nova, de doze anos. A mãe de Kaitlyn, mandou mensagens para o marido, mensagens essas que pareciam de fato não se preocupar com o bem estar da filha e sim com o do pai. Faço um barulho nasal negando com a cabeça e acabo atraindo atenção de Callie sem querer. Ela me olhava atentamente porém voltou a fazer o que estava fazendo.

– Como pode uma mãe continuar amando o marido mesmo depois de saber que ele abusa sexualmente da filha? Como pode continuar tão apaixonada? – Perguntei perplexa com o que eu acabei de ler – É realmente inacreditável o que eu acabei de ler. – Uma mãe que coloca um qualquer na frente dos filhos com certeza não deve ser considerada mais uma mãe.

– O caso que eu peguei também me deixou um pouco assim. – Olhei para ela surpresa por ter me respondido, ela tá falando comigo! – O filho de um casal atirou no pai, segundo ele, o pai chegava em casa bêbado e batia na mãe e as vezes nos irmãos mais novos dele. – Falava enquanto lia o papel em suas mãos – Ele pegou a arma que o pai tinha escondida, quando o pai chegou e começou a bater novamente na mãe ele disparou contra o homem. A mãe ligou para a ambulância e lá ela disse que o filho tentou matar o pai e omitiu a parte das agressões que ela sofria do marido. O garoto foi preso, porém quando os polícias ouviram sua versão decidiram emitir uma audiência com o Juiz. – Callie tinha uma feição em fúria. – Como pode uma mãe fazer isso? Tudo bem que ama o marido, mas são os filhos. – Ela cruzou os braços ainda com raiva.

– Quando descobrir, por favor me avise. Adoraria saber o porquê. – Comentei tentando dá um ar mais calmo naquela sala porém o que eu recebi foi uma sobrancelha erguida.

– Espera, por que mesmo eu estou falando contigo? – Antes que eu pudesse responder ela pegou o telefone discando algum número e o levando até seu ouvido – Addison, pode por favor vim buscar os casos que não atenderei e passar para os demais? – Ela ouvia atentamente e assentiu com a cabeça – Obrigado. – Colocou o telefone no local novamente e começou a escrever algo.

Faço o mesmo que Callie, porém quem vem buscar é Meredith. Já que eu e ela trabalhamos em departamentos diferentes, logicamente os casos descartados por nós serão passados para cada devido departamento. Minutos depois, ouço batidas na porta, com os casos em mãos eu abro a porta e vejo que é Addison.

– Pode entregar para mim Arizona, eu passo lá e entrego para Meredith. – Addison era o oposto de Callie, era simpática sempre. Dou espaço para ela entrar e assim ela faz, caminha até a mesa de Callie pegando os papéis. – Mega concentrada.

Meu Primeiro Amor || adp CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora