|𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐈𝐑𝐓𝐄𝐄𝐍: 𝐋𝐀𝐒𝐓𝐈𝐍𝐆 𝐌𝐎𝐌𝐄𝐍𝐓|

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| 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐈𝐑𝐓𝐄𝐄𝐍 |
𝐋𝐀𝐒𝐓𝐈𝐍𝐆 𝐌𝐎𝐌𝐄𝐍𝐓

ADELAINE LEMBRAVA-SE DETALHADAMENTE da última vez que esteve em um cemitério, principalmente porque não tinha sido há muito tempo

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ADELAINE LEMBRAVA-SE DETALHADAMENTE da última vez que esteve em um cemitério, principalmente porque não tinha sido há muito tempo. Mesmo assim, ela nunca havia se sentido como estava se sentindo naquele exato momento.

O funeral de seus pais não lhe causou muitos problemas. Não havia corpos para enterrar, já que o fogo que tirou sua vida queimou tudo ao seu alcance, e ela também não tinha o melhor relacionamento com eles. Mesmo que ela nunca tenha admitido para si mesma, a única coisa que realmente sentiu quando seus pais morreram foi puro alívio. Adelaine havia ficado lá com uma falsa expressão triste, segurando as mãos de pessoas que ela nunca tinha visto em toda a sua vida que afirmavam que Dimitri e Maria Donchaster eram duas almas boas que deixaram o mundo muito cedo.

Ah se soubessem que ambos eram tudo menos boas almas.

Mas aquele enterro era diferente. Ela se sentiu como se tivesse sido apunhalada e, mesmo que ela não pudesse ver o sangue saindo de si, doía. Doía profundamente. A turma toda estava presente com seus familiares, todos vestidos de preto enquanto seguiam a carruagem que movia o caixão, contrastando com a paisagem branca que os rodeava. Gilbert estava na frente, ao lado do Ministro.

Ela queria se aproximar dele, mas toda vez que caminhava em sua direção, alguém a chamava ou a impedia de fazê-lo. Ela sabia que provavelmente era a última pessoa que ele queria ver naquele momento, já que as coisas estavam estranhas entre eles desde a coisa do beijo, mas Adelaine queria estar lá para ele.

Gilbert sempre se mostrou forte para o mundo. Mesmo nos momentos em que falava sobre o estado do pai, Adelaine nunca o via chorar. Dessa forma, ele a lembrava de si mesma. Ele queria ser forte pelo pai, por isso colocou a casa sobre os ombros e cuidou de tudo. E agora, com a morte de seu pai, ela tinha certeza de que Gilbert manteria suas paredes erguidas. Ele colocaria uma fachada forte e diria a todos que estava bem quando, na realidade, não estava. Pelo menos foi o que ela fez.

— Não se turbe o vosso coração. Vocês acreditam em Deus, creiam também em mim.

Sam passou o braço dela sobre o ombro de Adelaine, segurando-a com força, enquanto ela virava a cabeça para olhar para a irmã mais nova. Elas estavam quase na frente, com os Cuthbert de pé ao seu lado. Adelaine ficou lá, seus olhos sobre a figura de Gilbert, não ousando levá-los para longe dele com medo de que ele iria desaparecer de repente.

— Na casa de meu pai há muitas mansões. Se não fosse assim, eu teria lhe contado. Vou preparar um lugar para você. — Adelaine estava lutando profundamente para não deixar seu instinto decidir por ela e caminhar em direção a Gilbert para apenas ficar ao lado dele e segurar sua mão durante o funeral. Ele não deveria passar por isso sozinho, simplesmente não parecia certo para ela.

Ela suspirou suavemente, olhando para suas botas pretas, balançando a cabeça suavemente enquanto uma única lágrima rolava por sua bochecha.

— Vá. — Ela ouviu Sam sussurrar baixinho em seu ouvido, fazendo Adelaine se virar e olhar para ela com os olhos arregalados. Samantha simplesmente assentiu, apontando para Gilbert com a cabeça. Os olhos de Adelaine viajaram para ele, antes de respirar fundo e mover seus pés em direção a ele.

𝐏𝐑𝐎𝐌𝐄𝐒𝐒𝐀𝐒, 𝘨𝘪𝘭𝘣𝘦𝘳𝘵 𝘣𝘭𝘺𝘵𝘩𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora