Meredith

Capítulo 66

Derek

Corri o mais rápido possível para a sala de exames, mas só encontrei uma enfermeira que disse que Mer estava no quarto a alguns corredores dali, esperando para ir para casa. Fui direto pra lá, eu precisava dela e ela precisava de mim, eu fui um imbecil, meu Deus, quanto tempo eu a ignorei! Eu não a olhava porquê achava que ela era uma completa desconhecida pra mim, sendo que ela continuava sendo o amor da minha vida.

Quando achei o quarto, nem pensei duas vezes em entrar e a abraçar com força. Meredith que estava dormindo não entendeu direito, mas quando percebeu que era eu, relaxou em meus braços. A loira apoiou seu queixo no meu peito e me olhou de baixo com os olhos pidonhos e cheio de lágrimas, seu lábio tremia querendo começar a chorar. Não consegui dizer nada primeiramente, apenas acariciei seu belo rosto com ambas as mãos e a fiquei admirando. Eu tenho a mulher mais linda do mundo nas minhas mãos, e não a compreendi, a promessa que fizemos "na saúde e na doença" eu não cumpri. Sequei as lágrimas dela que começaram a cair, enquanto as minhas ainda estavam seguras em meus olhos, mas eu sentia que logo não estariam mais.

-Derek...me desculpe por...- soluçou.- eu te magoei e...

-Não. Não diz nada, Mer.- me sentei ao seu lado e depois a puxei para meu colo, deixando meus dois braços em volta da sua cintura para garantir que ela não caísse e ninguém a tirasse de mim.- quem tem que pedir desculpas aqui sou eu, eu que fui o babaca da história. Você em hipótese alguma errou comigo, me decepcionou ou agiu de má vontade, mesmo quando estava sendo estupido com você. Você cuidou de mim, já eu não.- a puxei para mim e beijei a bochecha dela.- estou te pedindo perdão por tudo que já te falei e como agi com você, meu bem. Prometo a você que isso nunca mais vai acontecer, prometo entender cada fase sua e te aceitar como você é.- a vi sorrir e seus lindos olhos verdes brilharem para mim.- você perdoa seu marido imbecil?

-Eu perdoo meu marido imbecil.- me abraçou forte e eu retribui do mesmo jeito.

Me deitei com ela na cama do hospital e deixei Mer com a cabeça em meu peito, e olhando para o teto do hospital fiquei acariciando seus cabelos, corpo e rosto.

-Eu amo você, Mer. Você é o amor da minha vida. Nunca mais vou falar daquele jeito com você.- beijei os cabelos loiros, e logo após isso, Mer veio pra cima de mim e se sentou no meu colo, apoiando suas pequenas mãos no meu peito.

-Tudo bem, eu já te desculpei. Eu amo você também.- disse meiga. Muito meiga. Estranhei um pouco então me sentei ereto novamente ainda a deixando sobre minhas pernas. Assim que pousei meus olhos nos dela, vi que estavam calmos e ternos, o mesmo olhar de quando nos conhecemos. Será que...?

-Mer, o que acha de transarmos?- perguntei sorrindo e deixando seu rosto entre minhas mãos. Automaticamente depois da pergunta as bochechas dela ficaram vermelhas, ela mordeu os lábios e olhou para baixo. Era isso que eu queria ver! A minha Meredith que ama algodão doce voltou! Mesmo que seja transição ou só por um momento, ela está agora comigo. Quero ela assim nem que seja pela última vez, para nos despedirmos.

-E-eu...agora? - olhou para mim e a única reação que tive foi apertar suas bochechas e lhe encher de beijos pelo rosto. Ela ria enquanto fazia isso, e eu só conseguia pensar que não vivo mais sem ela, sem sua risada. Por último beijei a testa dela demoradamente e deixei a minha colada a dela.

-Minha vida.- passei meus polegares pelo seu rosto.- Podemos fazer amor quando chegarmos? Eu estou louco pra fazer amor com você, te ter toda de volta pra mim.- falei tentando deixar a frase menos tarada e mais fofa possível.

-Por que temos que esperar chegarmos?- me olhou sapeca e com as bochechas coradas. Ri sem mostrar os dentes.

-Pra não nos pegarem aqui. A não ser que você queira fazer algo aqui, danadinha.- apertei seu nariz, e meu membro começou a crescer em minha calça só de pensar na possibilidade de transar as escondidas com Mer ali.