Capítulo 2

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Derek

Um dos seguranças do hospital já estava conversando com o homem e conseguindo o maior tempo possível até os policiais chegarem. A moça ainda não havia nos contato nada além de seu nome, eu, DeLuca e Addison estávamos tentando tirar tudo o que podíamos dela, mas ela só sabia desviar o assunto e pedir pelo cara.

-Por favor, só quero que me liberem logo! Se não algumas coisas acontecem comigo!- disse chorosa e assustada.

-Querida, que coisas? Nós queremos te ajudar. Mas precisa nos contar o que houve com você.- disse Addison á abraçando de lado. DeLuca me olhou e cruzou os braços.

-Eu sei bem o que esse desgraçado faz com ela.- disse ríspido e logo se virou para olhar o companheiro ou sei lá quem era aquele cara, da paciente. Addison me olhou e fez que não com a cabeça, dizendo que não havia conseguido tirar nada dela. Mas sem ela falar algo, não podíamos acusar ele de nada. Então a ruiva se afastou e eu sentei ao lado da paciente, segurei sua mão e ela olhou para mim. Senti uma angústia enorme, ela era meiga e linda demais para alguém tratá-la desse jeito. Como ele pode bater nesse belo rosto?

-Olha, não precisa ter mais medo dele, a partir do momento que você nos falar o que ele faz com você, nunca mais ele vai te ver e tocar em você.- disse meigo. Fazia tempo que eu não falava assim com alguém. Ela então começou a chorar forte e nos contou tudo.

Ela disse que não é daqui de Seattle, que era de Boston e lá conheceu esse cara. Achou que ele era seu "Príncipe Encantado" e veio morar aqui com ele, mas ela nunca tinha namorado antes, então tudo era muito novo pra ela. Ela não se sentia preparada para muitas coisas, e ele não aceitava isso, então batia nela. Ela disse que não faz muito que está aqui, em torno de duas semanas e meia. Fico pensando se ela não percebeu que ela era possessivo assim antes. Perguntei se a família dela ainda estava em Boston, mas então ela disse que não tinha família e nem ninguém, mas tinha um amigo que morava lá, mas não se falam desde que ela se mudou pra cá. Ela é sozinha.

Ouvi então a polícia chegar e pedir licença para falar com a paciente, enquanto outro policial interrogava Nathan. Me afastei dela e pisquei, indicando que iria ficar tudo bem. Agora aquele desgraçado paga pelo o que fez com ela.


                                        ~

-Ela está apanhando desde o dia em que chegou aqui. Olha.- Torres me mostrou no raio-x de Meredith.- os dedos da mão esquerda dela foram quase todos quebrados. E isso é uma calcificação mal feita por não terem sido imobilizados, e é de quase duas semanas.- fez cara de nojo e cruzou os braços.- ela provavelmente os quebrou tentando se defender.

-Que nojo desse cara. Ainda bem que o já levaram para a delegacia.- me levantei e então coloquei o raio-x do crânio no lugar. Analisamos e vimos que não parecia ter nada com o que se preocupar. Porém, no raio-x do tórax, uma de suas costelas estava trincada e um de seus pés tinha sido torcido feio, fora todos os cortes, arranhões e hematomas que ela tinha pelo corpo. Ela tinha uma anemia forte, recente mas forte, mas logo começamos a tratar isso.

Fui ao quarto dela, e vi que já tinha tomado banho e estava com o tronco quase que imobilizados e a mão esquerda enfaixada. Comia a comida do hospital como se fosse algo muito bom e maravilhoso. Entrei sorrindo ao ver isso. Ela fez o mesmo quando me viu.

-Está se sentindo melhor?- perguntei lendo seu prontuário.

-Sim, bastante. Ainda sinto algumas dores, mas nada comparado ao que senti antes.- disse tomando um pouco do seu suco de limão. Estava com soro nos dois braços por conta da desidratação. Agora que ela estava limpa e arrumada, consegui ver o quanto o conjunto de seu rosto e corpo eram lindos. Ela tinha uma aparência frágil e delicada, talvez fosse porque estava nessa situação, mas eu acho que não. Seu jeito de falar e de gesticular era fino e gracioso, parecia que tinha crescido em um castelo. Mas ao mesmo tempo era simples e quase comum.

-Está se sentindo tonta ou algo do tipo?- olhei seus olhos com uma lanterna ocular e eles acompanharam meu movimento. Seus olhos pareciam estar mais vivos agora.

-Não, na verdade não.- disse rindo quando guardei a mesma.- Ahh, eu não sei seu nome ainda. Como devo chamá-lo?- perguntou não tão alto.

-Eu sou o Dr.Shepherd, Derek Shepherd.- sorri.

-Então, Dr.Shepherded, vocês tem alguma coroa por aqui?

E aí gente? O que estão achando da história? mudei um pouco o rumo mas acho que vocês vão preferir assim. Já digo que é uma história bem fofa ☺️ e que Derek não é filho da puta aqui 😑 pra quem não entendeu, vai no meu perfil e leia a história "ammE", um fic minha cheia de reviravoltas e incertezas 😊
Obrigada por lerem ❤️

Meredith Onde histórias criam vida. Descubra agora