O que você roubou de mim

Vá com Deus!

# Vejam o vídeo da mídia 💔

Só sinto o gosto de sangue após a bofetada de Evan, em seguida, mais socos e pontapés na pernas, Evan continua me batendo, por instinto protejo minha barriga com as mãos.
_Não vou bater na sua barriga, não quero prejudicar meu filho.
_Seu estúpido. _Grito cuspindo sangue em seu pé.
_Eu vou embora daqui Evan e você vai ficar sem mim e sem o seu bebê.

Evan me levanta e agarra meu pescoço, sinto que vou desmaiar, ele puxa meu cabelo fazendo com que minha cabeça seja jogada para trás, me defere dois tapas em minha cara me fazendo acordar, olha em meu olhos e diz: _Se você ousar ir embora ou levar meu filho pra longe de mim eu mato você, você me escutou?

Sinto as lágrimas escorrerem por meu rosto, o que eu vou fazer agora.

_Você me escutou ?
_Sim. _respondo desmaiando em seguida.

Acordo no chão do quarto, olha em volta e não vejo Evan, tento me levantar, mas não consigo, então me arrasto até a beirada da cama e tento me deitar na mesma, preciso descansar o meu corpo um pouco, passo a língua nos lábios e posso sentir o enorme caroço em minha boca, meu corpo todo doi, me permito adormecer por um tempo, ao menos o suficiente para que a dor diminua.

Acordo com a claridade do sol invadindo o quarto, me levanto devagar e vou até o banheiro, entro na água quente rezando que ela me ajude a amenizar a dor em meu corpo, até porque a da alma sei que será impossível, passo a mão na minha barriga e não posso evitar as lágrimas que agora caem.

Fico alguns minutos a mais no boxe, em seguida vou direto pro quarto me vestir, me olho no espelho e não consigo me reconhecer, estou toda roxa, meu rosto está horrível, todo enchado, todo roxo, estou toda machucada, o que está acontecendo, eu preciso sair daqui.

Me visto e pego o meu celular, saio em direção a porta, mas ela está trancada, tento encontrar a chave, mas não está em lugar algum, Evan me trancou aqui.

Meu celular toca, é do trabalho, tudo o que me disseram é que estou demitida pelo atraso de hoje e de outros dias. Acabei esquecendo do meu trabalho.

Tento ligar para Pedro mas ninguém atende, ligo para Alana e da desligado, não posso ligar para polícia, isso deixaria Evan mais irritado do que já está, eu não quero que ele me machuque mais.

Ouve um tempo em que eu me culpava por tudo o que acontecia, cada vez que ele me batia eu achava um motivo para justificar, hoje eu vejo que a culpa jamais foi minha, Evan é doente.Ligo para ele.

_O que você quer?
_Você me trancou em casa, quero sair.
_Vai ter que esperar, já estou indo embora.
_Não vai... _Escuto Eduarda dizer ao fundo.
_Você está com essa vagabunda ne.
_Para com isso.
_Me deixa falar com ela
_O que quer Valentina?
_Pensei que fosse minha amiga, sempre confiei em você!
_Não tem nada haver com amizade, aconteceu.
_Aconteceu? Por isso não atende as minhas ligações.
_Olha eu amo o Evan e ele me ama, só fique ciente disso.
_Ah não se preucupe, eu não quero nada com ele Eduarda, o único motivo de estarmos juntos é a minha gravidez, será que pode pedir pra esse estrume vir abrir a porta, ele me deixou trancada e eu quero ir embora.
_Você está grávida?
_Ah sim, ele não te contou querida? Pensei que ele te amasse.

Desligo e espero que ele chegue, vou para o quarto e pego minha mala e começo a arrumar minhas coisas, deixo a mesma na sala, e ligo para o Pedro de novo.

_Pedro pode me ajudar, estou presa em casa, Evan me trancou depois de me dar uma surra.
_O quê?! Estou indo pra i.
_Pedro porfavor tome cuidado com Evan, não quero que ele venha atrás de mim, estou grávida!
_É sério?
_Sim.
_Ah ruivinha, eu não sei o que te dizer. Estou indo pra ai.

Passam dez minutos e nada de Pedro ou Evan, começo a ficar agoniada, derrepente escuto o trinco da porta sendo aberto.

_Já cheguei, o que você está pensando, porque contou pra Eduarda que está grávida?
_Me desculpa atrapalhar o "romance" de vocês, mas você me deixou trancada e eu quero ir embora.
_Já disse que você não vai a lugar algum.

Evan coloca a mão na cintura e tira uma arma, chega mais perto de mim e quando vai dizer algo escutamos o barulho da moto de Pedro, só rezo para que não seja mesmo ele.

_Sai de perto dela otário.
_Ele é minha mulher, o que você acha que veio fazer aqui?
_Pedro vai embora porfavor, ele está armado!
_Meu Deus Valentina você está horrível, você é um maluco de merda Evan, como tem coragem de bater nela grávida, você não vale nada mesmo.

Escuto um barulho alto e corro na direção de Pedro que agora grita, Evan atirou em seu braço.

_Se for embora, na próxima eu mato vocês dois. _Tento ajudá-lo mas Evan me puxa.
_Se disser pra polícia que eu atirei em você eu mato a Valentina seu babaca.
_Você não vale nada. _Pedro diz segurando o braço agora ensanguentado.
_Porfavor Evan chame a ambulância pra ele, tem muito sangue.
_Chame você!

Diz isso e sai andando para o quarto, eu ligo para emergência e espero com ele.

_Você vai ficar bem pe.
_Você tem que sair daqui.
_Para onde, ele me mataria, eu não tenho escolha, ele mataria você pe.
_Eu não ligo.
_Mais eu ligo, eu amo você, e me desculpe por perceber isso tarde demais, e nos meter nessa bagunça, oh céus você levou um tiro por minha culpa, me perdoa.
_Você disse que me ama?
_Foi  só isso que você escutou ?
_Você demorou muito a dizer.
_Eu amo você Pedro, de uma forma que não pensei que pudesse amar, você me traz tanta paz, mas estou ferrada demais nessa zona em que me enfiei, porfavor prometa que não vai vir mais atrás de mim, e que vai se cuidar e viver, eu não posso te oferecer nada agora, eu tenho que proteger esse bebê, mas para isso, terei que viver nos termos do Evan, me doi, mas sei que assim vou te proteger também.
_Eu amo você Valentina.

Sem perceber já estou chorando, enchugo às lágrimas que descem sem permissão, vejo a ambulância vindo.

_Vá com Deus Pedro.