A Saga "Relíquias da Lua" 🌙

James se tornou um Hebrai ?

      Acordamos cedo, um pouco antes do sol começar a surgir. Precisávamos manter o máximo de alerta a qualquer ataque. E tínhamos ciência que precisávamos nos esconder o mais rápido possível. Longe de tudo e todos os olhares. Scott havia sugerido um lugar onde tem amizades antigas. Era uma casa que ficava no centro de Gorgigan. Uma cidade pequena e muito procurada, pelo fato de ser uma das cidades mais ricas do mundo mágico. Só gente de classe alta vivia por lá. Era um lugar longe de todo o caos que acontecia causado por Aisha. Pois tinham proteções fortes, exército bruxo protegendo a cidade, polícias e muitos feitiços antigos protegendo todo o lugar. Scott disse que pelo fato de ser uma cidade com classe alta a proteção era ainda maior. Ele iria conseguir nossa passagem para que pudéssemos entrar lá. No começo não acreditei, mas tinha que confiar. Precisávamos de um lugar para ficar um pouco.
Então fomos. Seguimos caminho até lá. Esse caminho durou 2 semanas inteiras para que pudéssemos começar a ver as casas enormes que tinham nessa cidade de ricos. Não nos teletransportamos por receio de saberem nossa localização, então era melhor evitar. O governo nos últimos meses tem confiscado quaisquer forma de se teletransportador como forma de nos atrair para uma armadilha. Mas de alguma forma não fomos pegos em nenhuma das tentativas, e isso me deixava em dúvida se minha tia estava me ajudando a manter tudo por debaixo dos panos ? E se for isso, por que ela não contou aos outros sobre onde eu estava ou vice-versa ?
Mas mesmo sem resposta, tivemos que nos manter desse mesmo jeito, bem discretos e sem usar muita magia a não ser na hora mais precisa. Qualquer tipo de exposição era evitada para que pudéssemos conquistar mais espaço no que estávamos fazendo.
  - Vamos nos trocar antes de entrar - Disse ele e com a varinha tentei ao máximo não caprichar tanto no feitiço, pois feitiços rápidos e muito chamativos podem nos denunciar. Mas consegui trocar nossas roupas e ficamos bem apresentáveis - Vamos lá !
Caminhamos por mais uns 15 minutos até chegar no muro muito alto que estava no meio de nós e a cidade. Tinha poucas portas para entrar e sair daquele lugar. Na verdade as portas, a maioria delas, nem se abriam pois o fluxo de entrada era tão pequena que era só eu e Scott que estávamos ali para entrar. Antes de entrarmos fomos parados por cerca de 6 homens encapuzados e com caras fechadas. Fizeram algumas perguntas tipo; Quem éramos e de onde viemos. Um dos homens parecia ter me reconhecido mas se manteve calado, apenas me encarando sem acreditar quem eu era. Não sabia se isso seria problema mas me mantive calado. Então Scott com seu jeito sedutor e experiente em falar a coisa certa, nos garantiu uma entrada na cidade pequena. Ele tinha uma estadia ali, onde viveu por um tempo e nem sequer me contou sobre isso. Isso nos garantiu um passe para a cidade, e eu estava como acompanhante dele. Mas claro que fiquei com raiva dele, mas algo de estranho me fez sentir como se eu estivesse preste a ficar bem. Uma sensação de alívio me dominou do nada e não recuso a sentir isso. Fazia tempo que não sentia essa paz em mim.
   - Podem entrar ! - O guarda a nossa frente indicou os o braço a porta de Carvalho preto.
      Andamos rapidamente até a porta e pude perceber pelo canto do olho que alguns guardas ainda nos olhavam desconfiados e esperando qualquer movimento errado, e os outros caçavam alguma coisa por trás de nós, na floresta, como se esperassem um ataque vindo de lá.
      Então, atravessamos a porta de Carvalho preta, como se fôssemos fumaça e adentramos a cidade. Pelo o que vi, o lugar era sofisticado e fino. Bruxos e bruxas com trajes caros e que sempre mostrava que estavam com frio. No caso o lugar era realmente frio que havia nos encontrado, depois de anos.
      O lugar me lembrava a época de 1980. Era o mesmo cenário de filmes antigos só que não tinha ruas e nem carros, o que permitia a passagem de vários bruxos e bruxas andando para todo lado, e sim o lugar era agitado. Como um lugar bem procurado ali havia muitas pessoas e o movimentos não era calmo. Então dava pra entender que ser discreto nós daria vantagens de conseguir passar por tanta gente sem sermos reconhecidos por alguém. O lugar em si não tinha muita coisa de especial, o mesmo cenário de cidade dos anos 90 com lojas de marcas bruxas com roupas e acessório caros demais para poder comprar e muitas pessoas de pele branca. Sim, era um lugar difícil de se achar alguém com pele em um tom mais escuro ou negro. Senti que havia muita coisa de errada nisso pois também não havia sequer uma pessoa idosa ou criança no local, fora a que todos seguiam o padrão de mulher bem vestidas com cabelos longos e pernas a mostra e homens bem vestidos com cabelos curtos.
  - Lugar estranho - sussurro e Scott me encara confuso.
  - Essa aqui e a parte menos estranha daqui, estamos onde o poder maior vive, até mesmo Alex que governa tudo não conseguiria ter tanto poder nesse aqui - Ele então desviou seu olhar e seguiu com uma expressão de medo - Estamos em uma cidade que foi separada do mapa mágico depois da última guerra dos anos 80. Então toda a tecnologia que a cidade Odso recebia, essa aqui foi deixada pra trás. E como se a cidade tivesse parado no tempo, e ficado cara pela decoração conservada e antiga. Isso atraiu boa partes dos bilionários do mundo mágico, e muito se associaram ao governo que protege essa cidade. Um lugar poderoso que nem Alex conseguirá destruir.
Sabia que Alex tinha um poder incrível no mundo mágico, mas como o mundo mágico era muito expansivo, o seu poder não chegava em partes que já tinham seu próprio governo. Mas mesmo assim era um risco, já que todos os governos se conheciam e poderiam ter recebidos notícias sobre mim e Scott. Se fosse isso mesmo, nesse exato momentos eles já sabiam que estávamos ali, e a qualquer momento seríamos levados por alguns guardas para algum lugar, e sermos interrogados. Então já fiquei com a varinha preparada para não defender e correr o mais rápido possível longe dali.
  - Não se preocupe, está cidade não recebe informações de fora - Diz ele me olhando agora mais calmo - Tudo aqui é focado apenas na cidade. Todas as notícias são sobre cantores, atores, vendas e produtos da cidade. Nada relacionado ao mundo exterior entra aqui. Mas tenho certeza que sabem sobre nós, mas duvido que queiram nosso mal, pois o governo aqui não é bom amigo de Alex, pelo o que soube quando morava aqui e trabalhava no governo - Olho para ele e me sinto bem mal por não ter me contado boa parte do que sabia. Era como estar andando com um estranho, já não sabia quem realmente era Scott.
Andamos por alguns minutos e então noto que Scott havia parado seu andar e ficou procurando por alguém e quando encontrou sorriu brevemente ainda em receio. Então sigo seu olhar animado e desconfiado e não acredito no que vejo. O seu olhar encontrou o meu e subitamente fomos atingido pela surpresa. Ficamos parados nos encarando como se isso dependesse de nossas vidas. Sentia sua presença mesmo ainda de longe, me encarando com os olhos começando a ficar cheios de lágrimas. Era como voltar a algo bom. Vê-lo me deu esperança de algo que eu pensei nunca mais existir dentro de mim. Esperança.
- Elano ! - Murilo correu entre a multidão até meu encontro e deixou Scott a ver navios. Scott ficou até meio triste de não ter sido cumprimentado primeiro, e estranhou Murilo me conhecer e vir até meu encontro me abraçar forte - Como é possível, que esteja vivo ?
A perplexidade de Murilo me deixava confuso. Ele achava que eu estava morto ? Eu devia estar morto, mas por ter Scott como aliado sei que tive sorte com ele. E me surpreendeu Murilo olhar para Scott como se o conhecesse, pois Murilo tinha muitos amigos, não muito confiáveis, e isso me assustou um pouco.
- Que inferno foi ficar sem saber sobre você - Murilo tocou meu rosto com as duas mãos e me olhava chorando rios de lágrimas pela emoção.
Eu também chorava. Era incrível poder vê-lo novamente, mesmo até usando roupas chiques e de estar novamente com seu cabelo longo até os ombros com ondulações leves e com fios brilhosos e meio molhados - como sempre indo contra o padrão e regras - e seus olhos azuis mar, me fitando sem acreditar na minha existência. E saber que ele estava bem e que eu não estava realmente sozinho nisso me deixou mais aliviado. Depois de anos essa era a sensação mais gostosa que senti na vida. Alívio.
- Tinha me esquecido de que se conheciam - Scott se aproximou de nós - Nos jornais tinha fotos de vocês juntos e outros amigos, e por alguma razão senti que deveríamos vir aqui - Ele agora surpreendeu Murilo que o abraçou brevemente e o encarou.
- Você é um cretino - Murilo parecia bravo - Por que não me avisou sobre estar com Elano !?
- Qualquer noticia que fizéssemos poderiam nos achar, estávamos em situações de morte, quase todos os dias, o que esperava ? - Scott era bravo e isso mostrava a Murilo como uma personalidade forte pode ser muitas vezes um ponto fraco - E se dissese a Elano sobre saber de sua amizade ele iria querer me matar já que você não tem boa fama com as amizades, né ? Sabia que precisava encontrar você, para que pudessem se ver novamente, mas ficamos encrencados com os ataques e isso só prolongou nossa vinda aqui. Não sabia se iria encontrar você aqui, mas tinha que tentar, tanto por Elano quanto para mim... e sentir que deveria vir aqui depois de ver a foto que Elano me mostrou, me deu mais certeza de que deveríamos vir.
Scott sabia sobre minha amizade com Murilo e isso me deixou confuso sobre ele. Mas ele tinha me ajudado, foi meu amigo, não podia questiona-lo de fato pois graças a ele e sua ajuda, ainda estou vivo. E ele me trouxe aqui na esperança de meus amigos também estarem aqui. Ele queria que eu pudesse vê-los, mesmo sem saber se estavam vivos ele também queria poder ter um recomeço em algum lugar. Então veio em minha mente o que mais ansiava saber.
- Onde estão os outros ? - Digo subitamente enquanto espero Murilo me responder, mas ele não me olha e nem se quer mostra vontade de me responder. Parece que a resposta não lhe fazia jus de prazer.
- Estão aqui... Mas houveram outras mortes - Diz ele me dando um olhar mais obscuro e com medo - Depois do ataque perto da casa de James... E James acabou morrendo depois...
Caio no chão com a notícia antes mesmo dele continuar pois só de ouvir que James havia morrido me deixou ser visão ou audição. Foi súbito e não tinha controle. Não sei o que aconteceu comigo naquele momento, mas tudo em mim se desligou quando ouvi "James acabou morrendo" é isso me tirou a concentração de imediato. Não sabia como falar, não sabia o que fazer. Murilo falou sobre a morte de James e isso me desconectou da realidade no mesmo instante. Estávamos nos aproximando e nos conhecendo ainda mais, cada mês era bom tê-lo comigo. Ele não poderia ter morrido, não quero perdê-lo, não apenas por ser o único em minha vida, mas por que ele era o amor da minha vida, alguém que amo, que eu quero casar e viver sempre com ele. A esperança que tinha nascido novamente em mim, só pelo fato de ter encontrado Murilo, senti que iria encontrar todos, e isso sumiu dentro de mim.
Ainda ali no chão, sentindo varias pontadas de dor em meu coração pelas palavras de Murilo que me revelou a morte de James, de uma forma tão indelicada e rápida que me fez chorar muito. Chorar ao ponto de não ouvir nada, só chorar mesmo. Mas uma energia diferente me envolve e sou tocado por uma mão, sua sombra me deixou confuso pois não o enxergava bem, não através de varias lágrimas que me cegavam. Sabia que meu choro era exagero, mas já estava exausto demais e perder ele era o fim de tudo.
      O seu cheiro era doce e amargo, misturados em um aroma diferente e viciante. Minha garganta se aliviava com o odor. Sua mão parecia estar tirando boa parte de minhas angústias e tudo que sentia era amor. Então sua outra mão delicadamente limpa meus olhos e então consigo ver seus olhos me encarando. Suas mãos estão tremendo, o ar que respira esta sendo inalado rápido demais, o seu desespero era óbvio, ele estava emocionado tanto quanto eu.
- Você tá vivo - Sua voz, depois de 2 anos, me fez voltar a vida novamente, que meu corpo queimou em varias emoções ao mesmo tempo.
James me puxou para ficar em pé e colocou suas duas mãos em meu rosto. Era tão bom vê-lo novamente. Seu rosto tinha mudado um pouco, ele estava um pouco mais magro, sua barba estava por fazer, seus cabelos curtos e tinha um topete e seu corpo continuava musculoso e perfeito dentro de uma roupa bruxa, sofisticada e chique. Mas os seus olhos, verdes-esmeraldas eram ainda mais lindos do que antes.
- Nunca estive tão vivo como estou agora - Digo o abraçando e sentindo toda sua energia em mim.
Seus dedos me puxavam no abraço, como se a qualquer momento minha existência não passasse de ilusão para ele. Seus dedos se prendiam a mim como forma de não me deixar mais escapar, ele me puxava forte demais com medo de eu sumir. Mas eu estava vivo e ele também e depois de tanto tempo podemos ficar juntos novamente. Sentir toda a angústia e dor irem embora. Não deixar nada mais nos separar e nem mesmo nada nos jogar um contra o outro.
- Calma James - Digo pois ele respirava rápido demais em meu pescoço, como se tivesse a ponto de morrer por falta de ar. Ele tremia demais, seu desespero agora me deixava preocupado. Ele chorava muito e quase não parava. Não me soltava por nada e sei que isso era resultado de tanto tempo longe um do outro. Eu também não consegui soltá-lo.
- A dor é insuportável... ficar longe você me trás dor - Diz ele com sua voz grossa e solta ao vento como um suspiro de alívio - Por que temos que ser separados sempre ? O que fizemos pra merece tanta dor ?
Enquanto James falava algo me chamou bastante atenção. Seu pescoço estava com uma cicatriz, como se ele tivesse sido mordido por um vampiro ou algo do tipo. Então com mais força eu tento soltá-lo de nosso abraço e sinto que sua força está maior que a minha. Normalmente por eu ser Hebrai, James seria vulnerável a minha força, e até mesmo eu o afastando seria fácil. Mas ali não estava. O seu cheiro estava diferente também, mais atraente e sua temperatura corporal estava baixa.
- Quem te mordeu ? - Pergunto passando o dedo por cima da cicatriz.
James logo recuou e se afastou de mim muito rápido. Não se desgrudou de mim, mas afastou o rosto o suficiente para poder vê-lo melhor. Ele é tão lindo e perfeito. O jeito como me olha não parecia ser algo normal. Ele me desejava. Era coisa rara encontrar alguém que tivesse esse desejo no olhar e poder retribuir isso a ele.
      Ele parecia estar fechado a me responder. Sua raiva e nojo estavam ficando mais aparente em sua expressão cada vez que sua boca abria para falar.
- Agora eu sou como você - Seu olhar caiu como se estivesse decepcionado - A maldição foi quebrada, e nossa ligação também - Seu olhar não voltou a me fixar. Ele parecia ter entrado em um estado de transe. Sua insatisfação e nojo eram evidentes. Então era isso. James havia se tornado um Hebrai. Mas foi por sacrifício ou necessidade ?
  - Agora você é um Hebrai - Falo tão baixo que temo que ele não tenha escutado.
  - Sim - Responde ele com um tom de nojo na voz - Mas não me importo Elano, você não tem ideia de como a dor de ficar sem você foi grande e foi Murilo que me transformou... Não tem ideia de como eu o odeio por isso, mas ele fez o que precisava, ou era me transformar ou me deixar morto perto de onde havíamos fugido. Então Anne nós trouxe para cá, onde pude aprender mais sobre ser Habrai. Aqui tenho uma amiga que me ensina todo dia a me controlar....  Meu lado bruxo sumiu, não consigo ter na magia desde então, só o lado vampiro que se manifestou em mim... - Agora seu ódio estampou-se em seu rosto - E isso que me faz sentir mais raiva de tudo !!!
      Eu o encaro sem saber o que dizer. Se seu lado bruxo sumiu e o vampiro que está 100% em si, então isso significa que ele está mais propenso a matar alguém por conta de sangue ? Ele realmente teria se tornado um vampiro de verdade ?
  - E eu matei pessoas por conta disso, eu não consigo me controlar, eu tô descontrolado....
  - Ei calma ! Eu tô aqui agora eu vou te ajudar em tudo ! - E o abraço sentindo seu desespero em tudo que tem acontecido com ele nesses últimos tempos. Acho que muita coisa rolou depois dessa separação e temo descobrir coisas que podem me decepcionar não só de James mas dos outros também. Ele agora está com as emoções ampliadas e isso faz ele sentir tudo tão intensamente que parece que cada emoção sua irá se explodir dentro dele. Ele já era intenso, sendo vampiro parecia ser sufocante para ele.
      Olho para Murilo e ele me retribui um olhar mais apavorado. Deve ter acontecido muita coisa em 2 anos separados, coisas que fizeram até o jeito de Murilo olhar para James ficar diferente. De indiferente para apavorado. Então, com toda certeza, estava em minhas mãos ajudar James nisso pois se ele está descontrolado pela sua sede de sangue e seu lado bruxo sumiu dele, temo que teremos muitos problemas pela frente.
- Eu tô com medo, eu não quero ficar preso nisso - Diz ele segurando o choro e se mostrando mais sério - Como pode só de você estar aqui e mudar todas as vontades de dentro de mim ?
- Me faço essa pergunta a anos - Digo sério e carinhoso ao mesmo tempo, notando que a intensidade em James parecia deixar sua mente falar mais pela boca do que só observar. Esse novo James mais intenso era novidade para mim e espero que seja uma novidade que siga para o bem.
      Me mantenho abraçado a ele para poder acalma-lo, mais novas preocupações começam a deixar minha cabeça pesada e mais agitada, novamente. James já tinha um problema com álcool, algo que somente eu e Anne sabíamos e éramos discretos com o assunto. Então por ser vampiro isso iria intensificar a forma como sua sede iria irradiar diante de um corpo fresco para ele atacar.
  - O importante é que estamos novamente juntos - Agora era eu o segurando forte com medo dele sumir e tudo ao meu redor também, como se tudo isso não passa-se de um sonho.
      Mesmo depois de anos, amando James fielmente e estando feliz agora sabendo que voltaremos a ter tudo que queríamos quando estávamos juntos, temo que esse lado vampiro dele possa ocasionar algo que nos fará ficar, mesmo próximos, ainda mais distantes pelas diferenças.