Capítulo 11

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    Elizabeth

    Mackenzie adormece em meu colo enquanto acaricio seu cabelo. A luz da lua bate em seu rosto, de modo que a deixa parecendo um anjo. Nunca vi um anjo, mas posso dizer, facilmente, que ela está mais bonita do que qualquer um deles. Tão linda.
    Ficamos nessa posição por mais alguns minutos. Depois, Seb e eu concordamos que é melhor irmos para nossos quartos. Ele pega Mackenzie com uma gentileza que nunca o vi usar com mais ninguém. Sinto uma pontada de ciúme, mas tento ignorar. Ainda não entendo como Mackenzie conseguiu passar pelos portões.
    A dúvida faz com que não consiga dormir a noite inteira.

    Mackenzie

    – Como você abriu os portões?
    Acordo com Elizabeth em cima de mim (literalmente, sentada em mim) me encarando.
    – Sabe, se alguém entrasse no quarto agora, poderia pensar coisas erradas... – digo e dou um sorriso malicioso, ela, por sua vez, apenas revira os olhos – Mas, devo admitir, que você fica muito bonita nessa posição.
    Vejo ela se irritar, mas suas orelhas ficam vermelhas, denunciando seus reais sentimentos. Sorrio novamente, e dessa vez até me permito soltar uma risada, algo que não fazia há tempos.
    Elizabeth também sorri, mas logo fica séria de novo.
    – O que você fez para os portões se abrirem?
    Dou de ombros.
    – Sei lá, eu só quis que ele abrisse e, bum, ele abriu.
    – Isso deveria ser impossível, ele só abre para os Potters! Nem eu consigo abri-lo – ela diz parecendo um pouco irritada.
    – Você já tentou pedir "por favor"? – digo apenas para vê-la revirar os olhos novamente .
    – Você não deveria conseguir abrir... – ela parece genuinamente confusa, o que me deixa com um pouco de medo.
    – Talvez o portão só goste mais de mim do que dos outros – digo me divertindo com sua irritação.
    Ela vai para o banheiro se trocar e logo depois sai do quarto. Decido então realizar meu plano.

                

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