Capítulo 3

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Minhas aulas passam depressa e quando percebo já estou na última: Quadribol, com a Madame Lee. Ela se tornou professora depois da morte da Madame Hooch alguns anos depois da Guerra. Alguns dizem que foi um dos discípulos de Voldemort, mas eu, pessoalmente, duvido. Tipo, se você realmente quisesse ferir os magos do "bem", não seria melhor matar a diretora ou a Professora McGonagall? Mesmo que elas sejam muito fortes, ainda assim depois de um tempo deveria ser possível.
Mas enfim, Madame Lee é uma mulher tão forte quanto a diretora, senão até mais. Por isso é uma das minhas professoras favoritas. Gostaria de poder aprender mais com ela, mas papai me ensinou como voar numa vassoura quando tinha apenas 7 anos.
– Boa tarde alunos, por favor se posicionem ao lado de suas vassouras e mantenham uma boa distância dos outros, não queremos feridos, não é mesmo? – ela diz saindo de trás de uma árvore. Outra coisa que adoro nela, ela é como um ninja que se esconde nas sombras.
– Agora coloquem suas mãos acima delas e digam "suba".
– Suba – todos disseram ao mesmo tempo.
A vassoura de alguns subiu na mesma hora, assim como a minha. A de outros apenas ficou tremendo. Já a de Jonathan apenas ficou parada, fazendo todos o encararem. Por ser o filho de uma bruxa tão forte, todos imaginavam que ele teria facilidade em todas as aulas. O pensamento de ele não ser tão poderoso faz um pequeno sorriso brotar em minha face. O que ele deve ter percebido pois no fim da aula vem falar comigo:
– E-eu – ele pigarreia, claramente tentando não demonstrar sua vergonha – Eu vi que você foi muito bem na aula e...
– Meu pai me dava aulas quando era pequena – eu o interrompo, começando a me irritar com a enrolação.
– Certo, eu só queria que você, sei lá, me desse aulas de voo... – ele diz arregalando os olhos e fazendo uma cara de cachorrinho abandonado.
– Isso – digo apontando para seu rosto – foi quase fofo. Mas sou imune a esses jogos que os garotos fazem.
– Tem certeza? – ele diz abrindo um sorriso no canto da boca e virando a cabeça levemente para a esquerda.
Aceno com a cabeça, sentindo meu coração bater mais forte em meu peito. Ok, talvez não tão imune.
– Certo, eu te ajudo. Amanhã de tarde, por você tudo bem? – eu finalmente cedo.
– Para mim está ótimo! – ele diz e sai quase saltitando.
Um sorriso brota em meus lábios, e logo o expulso. Não posso me apaixonar agora. Tenho apenas 14 anos! E por mais que muitos bruxos se casem logo após a escola, prefiro focar nos estudos. Mas não posso deixar de admitir que ele é muito bonito, muito mesmo.

E aí? O que estão achando desses dois juntos? Preciso admitir que amo essa química dos dois.

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