Capítulo 12

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    – O que você fez? – Elizabeth grita ao meu lado. Dou meu sorriso mais angelical antes de virar minha cabeça para ela.
    – Por que você acha que eu fiz algo? – digo e volto a olhar para a quadra.
    Estamos assistindo ao jogo mais importante da temporada, tão importante que não temos nem aula. O que me irrita um pouco, mas também acontecia quando morava nos Estados Unidos, então creio que estou mais acostumada que os outros.
    Eu realmente não sei como esse jogo funciona, mas vou tentar dizer o que está acontecendo mesmo assim. Já estamos quase no final, então todos estão tensos. Sebastian joga na defesa, e sério, se ele já é bonito no chão, voando é ainda mais. Seus cabelos estão bagunçados pelo vento, e sua roupa voa conforme ele se movimenta. Não sei se você consegue visualizar a cena, mas eu estou visualizando, e é linda.
    Onde estávamos? Ah é, o jogo. Um dos alunos da Sonserina está com aquela bolinha brilhante e fofa e está indo até aquele treco estranho onde se faz o gol. Ok, ok, eu sou pior do que pensava. E meu plano ainda não deu certo, o que está começando a me irritar.
    Quando o sonserino estava chegando ao que vou chamar de gol, para facilitar, Jonathan pega a bola e o desorienta. Vários jogadores tentam derrubá-lo, mas ele é mais rápido.
    Elizabeth continua me encarando com desconfiança, então dou um sorriso sincero para ela.
    Quando Jonathan está chegando ao gol, com todos seus adversários longe demais para o interromper, sua vassoura começa a falhar. Ele tenta jogar a bolinha voadora antes de cair em queda livre. Mas como vocês já devem saber, a bola tem asas, e sai voando para o outro lado. Nenhum jogador consegue chegar a Jonathan a tempo, e vejo um dos professores lançar um feitiço que retarda sua queda. Ainda assim, sua queda causa alguns ferimentos, mas pelo menos ele não morreu como era esperado.
    Vejo várias expressões preocupadas, inclusive a de Sebastian. Mas quando olho para Elizabeth vejo que ela está segurando uma risada, ela me olha de volta e quando torna a olhar para o campo fica repentinamente séria.
    Sigo seu olhar e vejo apenas uma pessoa que não olha na mesma direção que os outros.
    Jonathan.
    Ele me encara com ódio e sinto algo revirar dentro de mim. Ignoro e sorrio para ele, pisco meus olhos com inocência e inclino a cabeça para o lado.
    Pouco tempo depois, todos estão se dirigindo para o campo. Professores ajudam Jonathan a se levantar e ele continua me encarando. Algumas garotas usam seus ferimentos como uma desculpa para flertar com ele, mas isso não me irrita mais.
    Me misturo com a multidão e saio para os quartos.

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