Nós fomos divididos em quartos com duas pessoas. Por sorte ou azar. Eu fiquei no mesmo quarto que Elizabeth, ela era animada mas parecia um pouco mais séria quando estávamos em público, talvez eu não seja a única que finge ser quem não é.
Pego um dos meus pacotes de Mochi – meu doce favorito. A maciez e o doce invadem minha boca logo na primeira mordida. Mamãe dizia que comer tanto me deixaria gorda. Mas papai nunca se importou. Além disso, existem diversos feitiços que me deixariam bonita, mas me recuso a usar eles.
Elizabeth me observa comer mais três mochis, antes de me perguntar o que eu estava comendo.
– São mochis, eu adoro eles desde que comi no Japão pela primeira vez.
– Você já morou no Japão? – Elizabeth perguntou confusa.
– Só por uns cinco meses. Quer um? – eu disse apontando para os mochis
– Claro!
E assim passamos a noite comendo mochis e vendo televisão.**********
Eis uma lista mental das coisas que sei sobre esses dois:
1- Eles são primos.
2- Eles são filhos de magos muito poderosos, mesmo que pareçam não saber como usar todo esse poder.
3- Meu medo de insetos vai piorar estando aqui. Tá, tá legal, eu sei que não tem nada haver com eles. Mas sério, vocês deveriam ver como está o castelo.
4- Sebastian é engraçado, o que faz sentido já que seu tio é Ronald Weasley.
5- Elizabeth é muito, muito, corajosa.
Eu pude descobrir o número cinco esta manhã quando um rato ENORME entrou no quarto, sério, eu nunca tinha visto um rato mas esse com certeza era maior do que o normal! E enquanto eu gritava que nem uma idiota, Elizabeth o expulsou do quarto (e tenho quase certeza de que o empurrou até o quarto de seu primo).
E ela ainda saiu para a aula como se não fosse nada! Eu tentei a seguir mas fui parada por um grupo de estudantes babacas que ficaram me chamando de monstro e perversa, ou sei lá o que. Acho que deveria ter me acostumado com isso depois que fui recebida com maus olhares e diversos xingamentos – alguns que nem ouso dizer em voz alta – nas lojas em que comprei meus materiais bruxos. Sem papai, claro. Eu não queria que ele fosse incomodado.
– Ei, vocês aí!
Ok, isso não é normal. Eu olho para a pessoa que disse isso, perto de mim e do grupo está parado um garoto de olhos cor de tempestade e cabelos tão escuros quanto a noite. Ele está vestindo uma jaqueta de couro preta e uma camisa social branca. Não me lembro de já tê-lo visto antes. Mas também faz menos de 24 horas desde que cheguei.
Ele caminha até mim e o grupo e se coloca em minha frente.
– Você está bem? – ele pergunta me tirando de meus devaneios. Ele está preocupado comigo? Não, isso não pode ser real. Ele deve ser alguma criação da minha mente. Mas ele parece tão real aqui parado na minha frente.
– Olha só que cena linda! Um grifinório protegendo uma sonserina. Acho que vou chorar – um dos garotos diz sarcástico – Sai da frente, seu merdinha.
– Ah por favor, me chame de Jonathan Lovegood.
Lovegood? Ah meu deus, se ele é quem estou pensando que é. Ele é mais importante que todo aquele grupo junto. Todos já ouviram histórias sobre os Lovegood, como são espertos, corajosos e como a matriarca Luna Lovegood foi de importante ajuda na Guerra.
Acho que o outro garoto também percebeu isso, porque toda a cor de seu rosto sumiu. Acho que nunca vi alguém ficar tão pálido.
– L-L-Love-e-e-good? – ele balbucia de modo tão amedrontado que sinto vontade de rir – Você é Jonathan Lovegood?
– O próprio – diz Jonathan com um sorriso – Precisam de mais alguma coisa?
O grupo faz que não com a cabeça e, rapidamente, se dissipa. Ele se vira para mim.
– Você está bem? – pergunta.
– Estou ótima, eu poderia muito bem ter lidado com eles – digo tentando manter a postura.
– Não tenho dúvidas – ele diz e se vira para ir embora.
– Por que você me ajudou? – digo fazendo-o parar e se virar novamente – Não vejo motivos para alguém como você ajudar alguém como eu.
– O filho de uma diretora e a filha do inimigo jurado do herói do mundo bruxo? – ele diz abrindo um sorriso sarcástico.
– Um grifinório e uma sonserina, seu besta – eu digo também sorrindo.
– Sabe, a maioria das pessoas normalmente diz "obrigada" depois de ter a vida salva por um bravo cavalheiro – diz Jonathan.
– Você não salvou minha vida, e com certeza não é um bravo cavalheiro – digo abrindo um sorriso ainda maior – Mas obrigada mesmo assim.
Me viro e volto a andar, deixando-o para trás com uma expressão de surpresa.
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Union of Kingdoms
FanfictionMackenzie Malfoy está indo para Hogwarts, no trem conhece duas pessoas que mudarão sua vida para todo o sempre, o divertido e animado Sebastian Potter e a bela e corajosa Elizabeth Granger. Desafios os unirão cada vez mais, mas será que a amizade do...