Capítulo 16
Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Aquela era sem dúvida a pior semana da minha vida, depois daquela em que a minha mãe morreu para me salvar da queda de uma árvore.
Eu tinha acabado de desligar o telefone do que que tinha sido a ligação mais surreal que eu já fizera.
Meu namorado, meu noivo, o homem com quem eu dividia a vida, o amor da minha vida, havia passado a noite transando com um dos nossos melhores amigos. Amigo esse que deveria supostamente estar de luto pela morte do homem com quem se casaria em poucos dias.
Atirei o celular com tanta força que se espatifou no espelho do outro lado do quarto. Em um ataque de fúria comecei a quebrar tudo o que eu via pela frente.
Não poupei nem um objeto.
Peguei uma faca e rasguei todo o colchão da cama. Virei do outro lado e fiz a mesma coisa.
Ergui o estrado da cama e joguei quantas vezes foi preciso para quebrar em vários pedaços. Assim eu fiz com todo o resto da cama. Quando eu terminei peguei as minhas duas sacolas de viagem e coloquei todas as minhas roupas e miudezas dentro. Tive o cuidado de deixar absolutamente tudo o que Tomás houvesse me dado.
Levei todas as coisas para dentro do Benedito e retornei para fazer uma última coisa.
Entrei no quarto retirei minha aliança e o cordão com os nossos nomes e coloquei na mesa.Fechei a porta e fui para o alojamento.
Nesse momento fiquei feliz por Marli, a madrasta de Tomás ser mesquinha e cruel.
Porque se não fosse por isso, eu não teria mantido o alojamento e estaria sem teto.
Entrei no meu antigo quarto, dei um tapa na limpeza e fui para o CPEER.
Contei para Alice o que havia acontecido.
Incrédula ela disse que devia haver uma boa explicação e que tudo não devia passar de um mal entendido. Mas eu não tinha a menor dúvida.
Meu ódio não tinha tamanho.
Para mim Tomás era passado.
Eu fiquei responsável por ajudar a família de Bruno a providenciar o funeral.
Tudo já estava pronto. Eu inclusive havia feito todos os cancelamentos referente a despedida de solteiro e ao casamento.
Ainda bem, porque eu não tinha cabeça para mais nada. Só pensava no quanto eu estava desapontado, decepcionado, arrasado e humilhado com o que Tomás havia feito.
Alice ficou de pegar a picape e buscar a todos no aeroporto.
Avisei a ela para não avisar onde eu estava e deixar bem claro para Tomás que se ele me procurasse eu faria com ele pior do que eu havia feito com a cama.
Mas a sorte não estava do meu lado. A 1:30h fui acordado por batidas fortes na minha porta.
-Por favor Leonardo! Abre a porta.
Era Tomás.
-Eu sei que você está aí dentro.
- Por favor bebê me deixe explicar.
Ele batia na porta insistentemente. E eu tampava meus ouvidos com as mãos.
Ele então começou a bater mais forte e disse que se eu não abrisse ele arrombaria à porta.
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Um Amor Diferente
AcakTomás vindo de família muito rica e Leonardo criado em um orfanato, não sabiam, mas tinham muito em comum em seus passados. Ambos tinham trabalhado arduamente para superar os seus traumas. Eles amavam o seu trabalho no centro de pesquisa da univer...